Segredos e Desejos.

Capitulo 58

Eu estava ainda encantando as cartas e o diário da minha mãe que estão espalhados no chão encima do tapete, eu estava ainda mais curiosa para saber sobre a vida da minha mãe, era como se eu tivesse achado mais um parte dela, me levanto indo atrás da outra caixa e ao abrir vejo alguns galhos de folhas de decoração, alguns pequenos pingente é uma toca fitas antigos, tinha uma fita que eu havia encontrado mais cedo o pego colocando no toca fita.

A voz de Elvis Presley "Can't help fulling in love" começou a surgir a melodia tão nostálgico pois minha mãe passava o dia ouvido essa música e dançando, ela dizia que lembra momentos especiais de sua vida e que eu era muito nova para entender, que assim que eu ficasse mais velha ela me diria muitas coisas que eu teria maturidade para saber, infelizmente esse dia nunca chegou.

Fico entretida ouvindo a bela música enquanto volta a pegar mais uma carta e lê-la com empolgação, era como se eu estivesse espiando atrás de uma cortina a vida de alguém, com uma espectadora vendo um espetáculo.

" Querida Claire.

Sabia que você franze o nariz quando descorda de algo? Além disso eu não deveria ter dito que Elvis Presley era comum como qualquer outro cantor, eu só queria ver sua expressão de surpressa ao me ouvir falar, você faz um biquinho lindo quando esta brava, e também porque queria deixar registrado a minha paixao por melodias instrumentais, as clássicas músicas com seus infinitos acordes que deixam tudo mais mágico, música é a pura forma de magia minha doce Claire.

Giuppe me contou que você perguntou por mim hoje, fiquei feliz em saber que minha ausência te trouxe questionamentos e curiosidades sobre meu paradeiro, devo dizer que meu ego está novamente imaginando coisas. Sinto muito não poder ter comparecido ao seu espetáculo mas eu estive ocupado no trabalho, coisas chatas, eu preferia ter ido ver você brilhando nos palcos, amanhã eu estarei aí na primeira fileira e eu serei o primeiro a aplaudir por você quando as cortinas se fecharem.

Com carinho M."

Ao terminar a carta eu estava com a cabeça encostada na cama olhando para janelas, as luzes de fora estavam me hipnotizando enquanto eu assemelhava essa última carta.

Ele também achava que música é uma forma de arte, possivelmente foi com ele que minha mãe aprendeu.

Quem será esse homem, eu tinha tantas dúvidas rondando minha cabeça, infinitas perguntas que eu ansiava por resposta dentro de cartas e um diário Velho.

Quem era esse homem?
E se ele for meu pai?
Foi por parte dele o meu gosto por músicas clássicas.
Qual seria sua música favorita?.

Eu parecia uma criança empolgada com uma nova descoberta e esperançosa para o próximo capítulo do que poderia ser minha vida ou pelo menos uma parte dela afinal foi a vida da minha mãe e sinto como se ela estivesse me contando, de algum modo eu me sentia mais próxima dela, eu pensei em ter perdido a conexão com ela, ter a esquecido mas agora, estando aqui em seu quarto, ouvindo sua música favorita e lendo sobre sua vida eu me sinto mais conectada a ela.

Meu celular toca me tirando do devaneio, o primeiro toque me faz levantar em um salto e eu passo a mão no cabelo bagunçando a franja enquanto tento me lembrar de aonde joguei meu celular, O segundo toque me faz jogar as almofadas para cima e me frustrar quando não o encontro ali, já no terceiro me faz soltar um palavrão, no quarto toque vejo debaixo de uma bilha de roupas e corro para atender, arregalo os olhos assim que vejo o nome de Peter, sem pensar muito eu atendo.

— Peter?.— Pergunto ouvindo um suspiro do outro lado mas nada dela falar.

Será que foi engano?.
Não, não seria.
Seria?.