Segredos e Desejos.

Capitulo 56

— Eu comi tanto, Deus eu amo essa cidade.— Minha Tia diz assim que entramos em casa.

Ela tira os sapatos e o casaco se jogando no sofá e pegando o controle da tv.

— A culinária francesa tem meu coração.— Digo me sentando ao seu lado no sofá.

— Queridas, vou tomar um banho.

Minha avó avisa se retirando da sala, Tia rose coloca em algum filme de romance e eu começo a ler o livro que o senhor Meteo tinha me emprestado, leio algumas páginas era uma história de uma garota que viajava para outro país em busca de alguma aventura para sua vida e acaba indo para na Grécia, até onde eu estou ela já conheceu algumas pessoas que noto que serão seus amigos, logo minha tia já estava cochilando e jogando seus pés encima da mim, leio mais algumas capítulos e decido fazer um chá para mim, coloco a água na chaleira procuro nos armários da minha vó algumas sachês até encontrar de morango e outro de maracujá, parece uma mistura interessante.

Enquanto eu colocava a água quente no copo fico pensando em Peter.

O que será que ele está fazendo?
Onde será que ele está?
Será que ele está bem?

Óbvio que não, você quebrou o coração dele.

Minha expressão muda para triste, eu era uma péssima pessoa que fazia péssimas escolhas, ouço meu telefone tocar e eu atendendo no segundo toque.

— Louise?.— Ouço a voz serena do outro lado.

— Senhor Mateo.— Digo animada.

— Céus meninas, como você decidi viajar e eu só fico sabendo por Cecília.— Ele diz me repreendendo e eu rio.

— Me desculpe foi de última hora, vim visitar minha avó.— Explico.

— Ela está bem?.— Ele pergunta preocupado.

— Hum está sim, só aproveitei que estou de férias e as passagens em promoção.— Rio com a última parte.

Pobre não pode ver uma promoção, é o que nos motiva.

— Então aproveite muito para tentar se divertir.— Ele diz empolgado.— Quando você volta?.

— Eu não sei, acho que semana que vem.— Pego o bote de açúcar.

— Um tempo tolerável.— Ele brinca.— Divertia-se e traga um presente para o velho aqui.

— Sim senhor.— Digo rindo.

Coloco o açúcar na xícara e mexo com uma colherzinha.

— Não quero chaveiro.— Ele diz e eu abro a boca.

Que velho abusado.

— O senhor quer o que então, vou te dar um abridor de lata.

Ouço sua risada do outro lado da linha.

— Eu aceito qualquer coisa querida, desde de que seja de coração.

— Prometo levar algo legal.— Digo.

Conversamos mais um pouco, acabo xingando Felippo que se intromete na ligação dizendo que Cecília havia feito um bolo de chocolate somente para ele e que era mais legal que eu, digo que não sabia o que a Vivian tinha visto nele, depois me despeço pegando minha xícara de chá e indo para meu quarto, minha avó ficou na sala assistindo o filme com minha tia que havia acordado do seu cochilo breve.

Entro no meu quarto e deixo a xícara de chá encima da mesinha, dou um gole sentindo o gosto azedinho e delicioso, me sento no tapete fofinho bege que tinha olho as caixas que eu havia derrubado mais cedo em um canto e me lembro das cartas que eu havia encontrado, engatinho até a caixa e a abro novamente, havia um pequeno montinho de cartas e por baixo um caderno a capa era escura e tinhas alguns detalhes ao abrir eu vejo a caligrafia da minha mãe, ele estava em francês mas graças a Deus minha mãe me ensinou desde pequena os dois idiomas afinal eu precisava saber falar com o vovô que se recusava a aprender outras línguas.

Minha mãe tinha um diário assim como eu.

Abro lendo a primeira página, a caligrafia delicada e a caneta usada deveria ser a de tinta minha amava amava a estética romântica clássica.

" Querido diario, hoje será um dia de muitas emoções pois eu finalmente poderei ir à Itália. Consegui um papel na peça que eu tanto amava ensaiar em meu quarto, houve muita recusa e impedimento de papai ele dizia que isso não era algo que uma moça pudesse fazer, ir para outro país sozinha mas mamãe o convenceu e agora estou aqui partido para viver meu sonho.

Mal posso esperar para lhe escrever o próximo capítulo da minha vida."

Folhei algumas páginas lendo um pouco mais sobre sua aventura até chegar em uma parte que me chama atenção, seu encontro com o homem a qual mamãe o descreve como " incrivelmente lindo que fez meu coração acelerar".

Olho para as cartas ao meu lado pensando se havia alguma coisas que interligava a isso, como uma boa curiosa que sou eu decido abrir a primeira carta, a caligrafia carrancuda nada delicada mas com palavras gentil já no primeira frase me fez querer continuar, tomo mais um gole do meu chá e volto a encarar a carta a minha frente, o papel velho com o tom de creme e a tinta borrando o final.

"Querida Claire.

Estive pensando em você, desde que te vi novamente em sua apresentação, essa deve ser a terceira vez que venho mas nunca me canso, você estava linda e seu talento brilhava mais do que as estrelas, gosto quando você termina o espetáculo e sorri para todos na plateia por mais que eu saiba que esse sorriso não seja só para mim, meu ego me permite imaginar que sim, e talvez algum dia ele seja somente meu mas chega de falar sobre minhas vontades ou essa carta não terá um fim, como está sua garganta?, espero que melhor, do palco não se podia notar diferença alguma, como eu lhe disse, você estava perfeita. Anseio por sua resposta.

Com carinho M."

M? O que é, quem é M ?

Marcos?
Maurício?
Marcelo?

Quem porra é esse M? Eu precisava descobri não havia seu nome anotado no diário da minha mãe até onde eu li.

O fim de um curioso é uma informação pela metade, sério isso é de matar qualquer um.

Beberico meu chá o tomando de uma vez, droga, deveria ter colocado um pouco de vodka se eu soubesse que ia achar ouro escondido no quarto da minha mãe, como ela escondeu essas cartas e esse diário por tanto tempo.

Meus dedos estavam coçando para abrir a próxima carta mas minha doce e nada paciente vó me grita pedindo para que eu descesse e comece um pedaço de bolo que ela tinha feito, eu até pensei em recusar mas todos sabemos que avós se transformam quando sua comida e recusada, deixo as cartas dentro da caixa velha e saio do quarto com uma ansiedade de voltar novamente para ele.

🖤🍒🖤🍒🖤🍒
Bom dia, prontos para continuar.
Morgana achou ouro.
Beijinhos da autora.
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Livre arbítrio que chama.