Capítulo 3.

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Meus olhos se forçam para abrir, minha cama estava tão gostosa, tão convidativa a ficar um pouco mais. Sinto a respiração no meu nariz, alguém estava me cheirando, abro somente um olho e vejo noite me encarando.

— Bom dia, noite.— Toda manhã digo essa mesma frase.

Porque toda manhã meu gato, fúria da noite vinha me acordar, não por não querer que eu me atrase, o não, o real motivo é sua comida, não posso me esquecer de colocar sua ração.

— Mamãe já vai colocar.— Fecho os olhos por mais alguns segundos e o ouço reclamar, miando.

Abro apenas um olho novamente o encarando.

— Para que tanto show?.— Pergunto me espreguiçando.

Me levanto e coloco sua razão, depois volto para meu quarto separo a roupa que eu irei usar hoje no trabalho, lembrando que hoje teria que ir para o restaurante. Tomo um banho lavo meu cabelo e ao pentear percebo que ele está realmente enorme, passo meu perfume com cheiro de morango e coloco minha roupa.

— Fiz seu chá.— Gael diz me entregando uma xícara.

— Muito gentil da sua parte.— Digo pegando minha xícara e dando uma golada.

— Irá para o restaurante hoje depois do trabalho?.— Ele pergunta sabendo que de quinta eu sempre ia.

— Sim.— Digo roubando um pão de queijo da sua mão.

— Me traga algo gostoso para comer.— ele pede, como todas as quintas.

— Tentarei.— Respondo o mesmo de todas as quintas.— O que você fará hoje?.

Todo dia Gael tinha algo novo para fazer, ele sempre estava se reiventando.

— Alguns trabalho e depois... não sei se, talvez eu dê uma saída.— Ele diz parecendo incerto.

— Sair? Com alguém?.— Pergunto curiosa, o que eu sou.

— Não! Mas posso encontrar alguém por lá, um bar.— Ele diz piscando.

— Me mande mensagem, não suma.— Digo seria.— Ou irei atrás de você com Lilith, sabe como ela é.

Faço meu tom de ameaça e ele sorri concordando.

— Sim mamãe.— Ele responde.

— Quem tem filho barbado é gato.— Falo uma expressão muito conhecida no Brasil.

Pego minha bolsa e vou em direção a porta a abrindo, hoje o dia estava ventando bastante então decidi levar um blusa para caso esfriasse mais.

— Até mais querido.— Mando um beijo para ele.

— Até mais tarde minha querida.— Ele diz.

— "Não me chame de querida.".— Repito a frase de um livro, o meu primeiro livro de romance, chamado a seleção.

Pego minha bicicleta e começo a pedalar até meu trabalho, como todos os dias desde que eu cheguei aqui, admirando a paisagem.

— Hoje você terá que me ajudar.— Vívian aparece repentinamente do meu lado, enquanto eu prendia minha bicicleta.

—Primeiro dizemos bom dia.— Digo tirando o cabelo do meu rosto.— Seria no que essa ajuda?.

— Oras, no trabalho.— Ela limpa a garganta antes de continuar.— Não, na verdade é um conselho amoroso.

— Conselho amoroso?.— Repito para ter certeza se tinha ouvido certo.

Onde ela acho que eu sei dar algum conselho sobre questões amorosa.

Segredos e Desejos.Where stories live. Discover now