Capitulo 78

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Término de arrumar Madalena na cadeirinha de transporte enquanto a mesmo não parava de falar sobre como o quadro que ela havia pintado estava lindo.

— Você me mostra quando voltarmos?.— Pergunto entrando no carro.

— Vou fazer um lindo pa você.— Ela diz animada.

Peter teve que passar na empresa para assinar alguns contratos, então eu fui pegar as meninas e agora estou as levando até a casa do senhor Mateo, ele fica muito feliz todas as vezes que digo que vou buscá-las e pede para que eu as leve até ele.

Madalena foi cantando o caminho todos, já Ophelia ia observando a paisagem, ela era uma neném muito quieta não chora muito e gosta bastante de dormir. Assim que chegamos Madalena mal esperou eu tirá-la do carro para correr até a frente da casa, ela tocou a campainha e seus olhos brilharam quando o senhor Mateo apareceu na porta.

— Vovô.— Ela grita animada pulando no colo dele.

— Minha Moranguinho.— Ele diz beijando suas bochechas.

— Olá.— Aceno dando a volta no carro e tirando Ophelia, que tinha um sorriso gostoso no rosto.

— Ola querida.— Ele diz vindo até mim.— Olha aqui minha outra bonequinha.

Ele segura Ophelia a girando no ar, ela da uma risada gostosa se divertindo.

— Você falou com a Cecy?.— Ele pergunta enquanto entramos.

— Eu a vi ontem, lá em casa.— Comento. — Por que?.

— Nada, não a vejo faz uns dois dias, ela recebeu uma ligação na quinta passada e teve que sair às presas, queria saber se estava tudo bem.— Ele diz e eu fico com um sinal de alerta na testa.

— Bom, eu acho que ela está de namoradinho mas não quer dizer nada, ela é muito reservada mal fala da vida dela.— Explico e ele concorda com a cabeça.

— Pode ser também.— Ele da os ombros.— Bonequinha do vovô quer ir fazer um bolo comigo?.

Ele pergunta a Madalena que imediatamente começa a pular de alegria, e gritar "sim" prendo seu cabelo em um coque para que não caísse nenhum fio no bolo, eles começam a pegar as coisas e a deixar separado todos os ingredientes que iria usar, enquanto isso eu fazia vídeo chamada com Peter e Ophelia.

— Papai, eu tô fazendo bolo com o vovô.— Ela mostra a colher de pau.

— Que delícia moranguinho.— Ele sorri para ela.

— Vou guarda pedacinho pra você.— Ela some na mesma velocidade em que apareceu na tela.

Essa menina tem uma energia absurda, ela faz tudo em sua volta parecer uma parque de diversões, converso mais um pouco com Peter e decidimos nos encontrar na casa de Lexi, ouço o barulho da porta e logo Cecília avisa que havia chegado.

— Oi.— Ela diz entrando na cozinha e Madalena pula em seu colo.— Oi Princesa do fogo.

— Tia Cecy eu tô fazendo bolinho.

Nunca tinha visto ficar tão feliz em fazer um bolo, na verdade não sei quem estava mais empolgado ali, se era ela ou o senhor Mateo.

— Eu senti o cheiro de coisas gostosas sendo feitas.— Cecy beija sua bochecha.— Posso ajudar?.

— Claro.— Mada entrega a colher de pau para ela.

A tarde se passou muito rápido, a cozinha estava um completo caos farinha espalhada em cada canto daquele lugar, a boca de Madalena estava complementarmente suja com a cobertura do bolo que ela fez com Cecília, o senho Mateo tira o bolo do forno e depois de esperar até que o mesmo esfriasse um pouco, voltamos para a cozinha e começamos a decorar o bolo, Ophelia tirava um belo cochilo enquanto isso.

— Tá muito gotoso.— Ela diz sentada na mesa se deliciando com o bolo.

— Esta maravilhoso maranguinho, estou muito orgulhosa de você.— Digo vendo a abrir um sorriso.

Ouvimos o barulho da porta e Madalena vai correndo ver quem é.

— Titio chegou o titio chegou.

Segundos depois ela aparece no colo de Felippo.

— Olá a todos.— Eles diz a nos.— Uma princesa me contou que vocês fizeram um bolo incrível.

— Comento titio.— Ela diz apontando para a mesa.

Era incrível a energia infinita dessa menina, as vezes me pergunto se ela poderia manter um vilarejo acesso por um dia.

— Bolo de chocolate meu preferido.— Ele diz se sentando e pegando um pedaço generoso.

Ficamos conversando por mais um tempo, Felippo contava sobre seu dia e senhor Mateo nos avisou que ficaria uma semana na sua fazendo para resolver os últimos detalhes da próxima safra, ele parecia empolgado com os resultados e nos igualmente felizes por isso.

— Uma fazenda? Com cavalo di verdade?.— Madalena se interessa.

— Claro querida.

— Posso ir ver um?.— Ela pergunta a ele que ri.

— Pode ir quando quiser e quantas vezes você quiser moranguinho, lá também será um lar para você e sua irmãzinha.— Ele diz limpando o chocolate do canto de sua boca.

— Uau obigada.— Ela diz a ele mas volta seu olhar para mim.— Quando podemos ir?.

— Temos que ver quando podemos levar vocês mas vou perguntar a senhora Magda, está bem?.— Pergunto e ela acena que sim com a cabeça.

— Sim sim.

— Então que tal a gente ir se arrumar para o aniversário da tia Lexa?.

Ela da um pulo da cadeira e coloca seu prato encima da pia e vai saltitante até o quarto onde estão suas roupas, aproveito que Ophelia ainda está dormindo para da um pequeno banho em Madalena, apenas para tirar todo o chocolate e farinha que estava em seu rosto, coloco sua roupa um vestido verde musgo lindo cheio de florzinhas e sua sandália preta, arrumo seu cabelo em uma trança única e passo um perfume de criança que ela ganho do Felippo, depois arrumo Ophelia mesmo dormindo e por último enquanto as meninas ficaram na sala com o senhor Mateo e Felippo e fui me arrumar na companhia de Cecília.

— Então, algum possível namorado.— Sugiro como quem não quer nada, olhando para ela pelo o espelho.

Cecília arregala os olhos e depois faz uma expressão de confusa.

— O que? Por que diabos acha que tenho um namorado?.— Ela parecia perdida com a suposição.

— Você fica no celular e bem, as vezes some do nada.— Digo alguns fatos.

— Trabalho! É só trabalho.— Ela da os ombros como se fosse um detalhe cansativo.— Muitas reuniões e eventos, aposto que Ly também deve estar assim.

— Talvez.

Continuo olhando para ela enquanto arruma minha franja rebelde, eu queria ela para um lado e ela simplesmente ia para outra.

— Quando acontecer de eu gostar de alguém.— Ela fala já rindo ironicamente, como se fosse algo inexistente.— Eu comunico a vocês.

— Porque diz a vocês?.— Pergunto cautelosa.

— Se você pensa isso, a possível ideia de um namorado, sei que os demais também pensam então, curiosos, vocês irão saber.— Ela diz sentada na cama mexendo os pés.

— Aham, sei.— Colo as mãos na cintura me virando para ela.— Senhorita mistério.

Ela me mostra o dedo do meio, as vezes me assusto em como algumas coisas eu e Cecília somos tão parecidas.

Segredos e Desejos.Where stories live. Discover now