Capitulo 76// Peter

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Oi gente tudo bem? Falta alguns capítulos para eu finalizar mas quero dizer que meu sumiço foi devido a perda do meu gatinho preto lindo, estou melhorando agora do acontecido.
Peço desculpas e paciente. 💕

As meninas brincaram bastante na festa de Mel, até mesmo Ophelia se cansou de tanto brincar com Luna, a filha de Ana que ficou encantada pela bebê e não saia mais de perto, ficava a todo momento a chamando de " boneca de verdade." Não havíamos percebido que estava chovendo demais, achamos melhor que elas dormissem conosco por ser mais seguro e mais perto do que levá-las direto para o orfanato, claro que nós entramos em contato com a senhora Magda para explicar e pedir a autorização, ela ficou meio receosa no começo mas devidas as inúmeras vezes que os trovões atrapalharam nossa conversa ela finalmente permitiu.

Eu estava fazendo carinho nos cabelos negros e macios de Morgana enquanto a mesma já estava no décimo sono, afinal ela ficou brincando com a crianças e rindo com as meninas, até mesmo dançaram então quando chegamos em casa ela deu um banho em Madalena e tomou um banho e capotou na cama, a chuva ainda estava muito forte, o vento batia forte contra a janela, os trovão eram altos e os raios cintilantes, iluminando todo o céu nessa escuridão noturna, me lembro que a janela do escritório poderia estar aberta, me desvencilho de Morgana que dormia agarrada a mim, coloco minhas pantufas e vou andando pelo corredor, vejo que a janela estava fechada e solto um suspiro pois não iria precisar limpar toda possível água que iria ter, eu quando estou voltando para o quarto ouço soluços baixinhos que automaticamente me deixam em estado de alerta, empurro a porta de vagar sem fazer barulho e escuto novamente um choro baixo, Ophelia dormia tranquilamente, já Madalena tremia.

— Moranguinho.— A chamo sussurrando, ela se descobre colocando a cabeça para fora.— O que houve?.

Adentro o quarto de vagar não querendo acordar Ophelia que dormia com um lindo biquinho enquanto sugava sua chupeta, enquanto eu observava ela um raio atravessou o céu e em seguida o som do trovão se fez presente, Madalena deu um pequeno gritinho e se escondeu novamente debaixo do cobertor.

— Moranguinho.— Me aproximo rápido tocando o cobertor.

— Tenho medo do tovao.— Ela diz saindo debaixo da coberta.

— Medo? Mas olha, ele não faz nada.— Digo encorajando ela.

— Ele fez, ele bateu o carro.— Ela diz com os olhinhos marejados.

A senhora Magda comentou que os pais de Madalena faleceu em um acidente, acredito que tenha sido de carro em uma noite chuvosa já que Madalena parecia ter algum tipo de trauma, seu corpinho tremia e seus olhos estavam arregalados como se a qualquer momento fosse acontecer alguma coisa.

— O trovão bateu o carro?.— Pergunto e ela concorda com a cabeça.— Moranguinho ele, o trovão, não faz nada, ele apenas faz som.

Ela pisca os olhos verdes prestando atenção em tudo o que dizia.

— Como uma música, esse barulho é como a bateria do céu.— Digo e ela sorri.

O quarto se iluminou deixando a cor lilás presente e logo Madalena apertou os lábios e as lágrimas desceram, ela estava tentando se fazer de forte mas assim que um travão surgiu novamente o soluço preso em sua garganta se libertou.

— Papai.— Ela aperta minha mão como se isso de alguma forma fosse a proteger.

Sorrio com o modo que ela me chama, admito que vai demorar um tempo para que eu possa me acostumar com isso.

— Tudo bem querida, estou aqui.— Digo me sentando no tapete enquanto faço carinho em seus cabelos de fogo.

Ouço um barulho atrás de mim e vejo Morgana com cara de sono na porta nos fitando.

— O que está acontecendo?.— Ela sussurra.

— A princesa de fogo tem medo dos trovões.— Explico e Morgana sorri de lado.

— Quando eu era pequena também tinha mas a minha mãe, que virou estrelinha, me disse que não precisava ter medo, os trovões são como uma sinfonia no céu, como se estivesse tendo uma festa no céu e as luzes lilás, são as luzes da iluminando todinho céu.

— Conta história.— Ele pede com os olhinhos mais doce que eu já vi.

—Certo, era uma vez uma pequena princesinha muito corajosa, ela tinha cabelos de fogos e olhos de esmeralda.

— Como meus cabelos?.— Ela pergunta animada.

— Sim moranguinho, como você.

Continuo a historia e Madalena ficava cada vez mais empolgada, como se estivesse entrando em um mundo encantado completamente cheio de magia, alguns minutos depois a vejo coçando os olhinhos e não demorou muito para que ela voltasse a pegar no sono.

No outro dia foi difícil deixar Madalena e Ophelia no orfanato novamente, principalmente porque Mada chorava compulsivamente pedindo que não a deixássemos lá, até mesmo Morgana chorou prometendo que iria voltar em breve e que um dia nós iríamos vir busca-las para nunca mais devolvê-las, a mesma se alegra e nós abraça fortemente, Ophelia chorou um pouco ao ser tirada do colo de Morgana, fomos ao escritório da senhora Magda para falar sobre a entrada dos papéis para adoção, ele explicou como funciona e disse que como eu e Morgana já éramos conhecido isso ajudava bastante pois ela podia nos ajudar a acelerar o processo de adoção, sabemos que o processo de adoção é complicado é super cansativo além de que algumas vezes não poderia dar certo, principalmente pelo fato das meninas terem um parente vivo, tal parente a qual eu não queria elas perto, um alcoólatra com diversos problemas não só com álcool, só de pensar na hipótese desse homem perto delas me causa náuseas e uma fúria crescente.

Deixei Morgana em sua casa depois que saímos do orfanato feliz por saber que iríamos adotar as meninas, gostaria de passar o dia todo com ela mas ela precisava fazer alguma coisa com o grupo, beijo sua testa para se despedir e ela me dá um beijo nos lábios tão sereno e doce que me fez até suspirar.

Okay, sou um romântico, assumo.

Quando estava entrando em meu carro percebo que esqueci as chaves da minha casa na bolsa de Morgana, quando eu estava preste a bater na porta ouço a conversa que chama atenção.

— O safado não vai assumir a paternidade não?.— Ouço a voz de Miguel perguntar.

Isso me deixa em alerta.

— De novo essa história?.— Morgana diz suspirando impaciente.

Porque ela estaria impaciente?.

— Ele não é o Pai!.— Ela diz firme.

— Não entendo como um ser daquele, uma bruxa velha, pode ter uma ser tão fofo como aquele.— Ly disse.

Óbvio que Ly também não iria gostar da minha mãe, ela é a melhor amiga da minha bruxinha, compartilham tudo.

— Enfim, se ela acha que esse golpe vai rolar mas não vai mesmo.— Morgana esbraveja.

Estava pronto para bater na porta e acabar com essa história de vez, eu não aguentava mais nenhum segundo parado olhando para a porta de madeira imaginado mil cenários diferentes e tendo milhões de pensamento nada agradáveis, entretanto sou impedido quando Gael abre a porta dando de cara comigo.

— Peter.— Ele diz confuso.

Logo vejo Morgana se levantando e todos me encarando.

— Quem é o pai Morgana?.— Foi a única coisa que digo.

Queria a verdade e eu a queria agora.

Seus olhos se arregalam, Morgana olha para todos e depois eles todos caem na gargalhada me deixando ainda mais perdido.

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