Segredos e Desejos.

Capitulo 68

Pisco meus olhos não acreditando que aquilo estava acontecendo, outra vez.

— Gente que isso, genteeee.— Miguel grita.

Isso era nossa humilhação anual, de todas vezes nos momentos mais marcantes.

— Aí meu Deus, aí meu Deus.— Ana começa a ficar nervosa, agitando os dedos da mão.

O policial de cabelos castanho sai do carro junto com um outro de cabelo raspado, eles se aproximam desconfiado.

— Recebemos uma denúncia, algo sobre perturbação fora do horário, invasão de propriedade.— O policial se aproxima, já o outro está com os dedos tocando sua arma ao lado da cintura.

— Olá policiais, desculpem o incômodo, é que eu esqueci as chaves de casa e meu... noivo e ele não está.— Tento explicar.

O policial ainda não olha desconfiado mas logo se assusta quando vê as pernas de Miguel balançando enquanto o mesmo cantarola alguma coisa.

— Certo, pode me emprestar o seu documento?.— Ele pergunta e eu rio.

— História engraçada, eu deixei os documentos junto com as chaves... que estão na minha bolsa, dentro da casa.

— Nessa casa?.— Ele pergunta ironicamente.

Quanto mais eu explicava mais eu estava me enrolando, os polícias se entreolham e depois voltam a focar na gente.

— Teve uma acusação de disparo, tiro.— Ele continua sério.

— Tiro?.— Cecília arregala os olhos.

Pobrezinha deve estar surtando por estar nesse situação novamente.

— Não houve nenhum tiro.— Gael diz rapidamente.

— Eu posso lig...

Faço menção em mexer no meu bolso e o policial levanta a arma em minha direção, Ana solta um grito assustada, eu dou um passo para trás assim como todo mundo, um carro preto estaciona logo em seguida rapidamente vejo Felippo saindo do carro e vindo em nossa direção.

— O que está acontecendo?.— Ele pergunta irritado ao policial.

— Delegado, Recebemos uma denúncia de invasão e um possível disparo de tiro.— O policial de cabelos raspado diz.

— Abaixa essa arma agora.— Ele diz nervoso para o de cabelos castanho que nós apontava a arma.

— Mas che...

O cabelo castanho tenta argumentar mas Felippo explode em um grito.

— AGORA PORRA.

O moreno abaixa a arma e da uns passos para trás, recuando mesmo que contra gosto.

— Nunca mais aponte uma arma para minha irmã, tá entendendo?.— Felippo diz passando por ele e vindo até nos.

Todos ficamos em choque com o momento, Felippo se aproxima de mim tocando meus ombros delicadamente, me olhando com atenção.

— Você está bem?.— Ele pergunta.

— Estou, ele apontou uma arma na minha direção.— Estava indignada com o que tinha acontecido.

— É ele apontou, eu vi mas o que vocês estão fazendo aqui a essas horas, eu vi a intercorrência no mesmo endereço que seu namorado mora e imaginei que talvez estivesse por aqui, surpresa, são vocês.— Ele falo com cara de tédio.

— OI SEU DELEGAAA.— Miguel grita animado.

— Que porra é essa?.— A voz que fizeram meus olhos buscarem por toda lugar pararam em Peter com as mãos no bolso, uma expressão de confuso e nos olhando igualzinho perdido como Erick e Aaron que estava com ele.