Capítulo 30•

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A noite depois que todos já haviam tomado banho, o senhor Mateo sugeriu fazermos uma fogueira e assarmos alguma coisas para comer envolta dela, milho, legumes, Marshmallow e outras coisas enquanto apreciamos o delicioso vinho.

— A eu amo cavalgar por toda essa fazendo, ver o nascer do sol, o por do sol, admirar a paisagem. Aqui é meu paraíso particular.— Ele diz com os brilhos nos olhos.

— Isso seria o paraíso para qualquer um.— Cecy diz tentando morder um o milho quente.

— Não para meu filho.— Ele diz sorrindo e Felippo revira os olhos.— ele gosta do barulho e agitação da cidade.

— O meu emprego está lá.— Ele diz como se quisesse dar uma desculpa plausível para o pai.

— Há outra coisa que te prende lá agora.— Senhor Mateo mudo o olhar em direção a Vivi.

Senhor Mateo contou alguns histórias de superstições e mitos que tinhas no lugar, o vento batendo dramaticamente nas folhas das árvores e os barulhos dos animais noturnos traziam vida a história, eu amava ouvir histórias mal assombradas, ao contrário de Ana que já estava toda encolhida agarrada a Aaron que sorria do seu medo.

— Trouxe algo para você.— Sinto algo nos meus ombros me aquecendo.

Era uma manta vermelha quente.

— Obrigada.— Digo sem jeito, ele me faz ficar assim.

— Não quero que fique doente.— Ele explica se sentando ao meu lado.

Depois de algumas horas sentada em frente aquela fogueira ouvindo diversas histórias assombrada e outras de aventura, eu estava sentindo meus olhos pesados, minha boca se abria para bocejar e não estava mais prestando atenção em nada, o calor do fogo estava me deixando mole, sonolenta e relaxada.

— Acho que chega de história por hoje pessoal.— Ouço a voz do senhor Mateo.

— A não.— Protesto mesmo que não me aguentando mais.

— Ainda terá muito mais.— Ele avisa se levantando.

Nos despedimos e seguimos para o nossos quartos, a casa do senhor Mateo era de fato enorme, podia ser até mesmo um labirinto eu estaria perdida aqui. Encontro a porta do meu quarto e entro já tirando a roupa e colocando um pijama fofinho, escovo os dentes e penteio meu cabelo para ele não acordar parecendo um ninho de passarinho, meus cabelos tem os fios finos e por isso ele se embaraça rapidamente com facilidade. Coloco um pouco de água no copo, o deixando na cabeceira do lado da minha cama, jamais dormiria sem água, não gosto de me levantar e ir a cozinha pegar.

— Que quentinho.— Digo fechando os olhos já embaixo das cobertas.

Estou quase pegando no sono quando ouço a porta do meu quarto ser aberta, ainda com os olhos fechados sinto a presença de alguém atrás de mim me observando.

Droga, porque eu fiquei a noite toda ouvindo histórias de terror.

O piso de madeira rangeu quando houve um passo, me encolho mais debaixo da coberta apertando tão forte que já nem sentia mais meus dedos, meus olhos ainda continuam fechados, "se eu não o vejo não é real". Era assim que eu pensava até sentir dedos gelados tocando minha bochecha, e movimentos rápidos eu seguro a mão que me toca e a giro torcendo, um grito silencioso me faz abrir os olhos.

— Porra Morgana.— Peter xinga baixinho enquanto massageia sua mão.

— O que esta fazendo aqui?.— Pergunto me sentando.— Achei que era um Fantasma ou um tarado.

— Você achou que ia assustar um fantasma assim? Quebrando os dedos dele?.— Ele pergunta indignado.

— Não ia quebrar, somente torcê-los.— explico.

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