Capitulo 88

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Passar a noite inteira no hospital com Ophelia foi sem duvidas exaustivo, eu e Peter revisamos para cochilar um pouco e também para dar de mamar a pequena que com certeza já estava melhor, a febre passou e ela estava mais brincalhona, na madrugada colheram exames dela novamente para verificar se estava tudo bem, graças a Deus as respostas foram boas, o doutor disse que se ela continuasse bem até pelo meio dia podíamos ir embora e continuar os cuidados em casa mesmo, assim que amanheceu eu e Peter aproveitamos o cochilo de Ophelia para irmos tornar café, nesse tempo meu irmão, Felippo e Vivi ficaram no quarto com a bebê, eu podia ver o semblante de cansaço no rosto de Peter, seus olhos fundo e não meios fechados, as olheiras de uma noite mal dormida, o cabelo desarrumado e a roupa amassada com os botões abertos.

— Você me parece exausto.— Comento e ele solta um riso.

— Digo o mesmo a você.— Ele segura minha mão.— Mas logo vamos sair daqui.

— Você já mandou mensagem para sua mãe?.— Não pude evitar a careta ao mencionar a cobra.

— Já sim, ela disse que Madalena ainda está dormindo.— Ele não prolonga a conversa.

— Eu vou buscá-la.— Informo.

Vejo Peter abrir a boca para rebater mas ele parece pensar um pouco sobre e no fim acaba concordando, por mais que eu não queira ver nunca mais a cara da mãe dele sei que isso acabaria com Peter, toda essa situação então eu prometi a mim mesma tentar ser passiva nesse conflito, minha bandeira branca de paz estaria estendia mas se eu notasse que ela fez algo que se quer possa magoar Madalena, qualquer comentário desnecessário ou maldoso, minha bandeira irá se torna vermelho, o mais puro vermelho sangue.

Dei mais alguns beijos na cabeça de Ophelia antes de sair, prometi a Peter não demorar para voltar a busca-los, entrei no carro e coloquei uma música relaxante para tocar, qualquer coisa que me deixasse serena para aquele momento estressante a qual eu passaria. Assim que cheguei em frente a casa da bruxa não demorei a descer e tocar a campainha, queria sair dali com Mada o mais rápido possível.

— Bom dia, achei que fosse Peter.— Ela diz com uma certa tristeza.

A qual não me abalou em nada.

— Azar, sou eu.— Digo sem humor.— Cade Madalena?.

Era a única coisa ali que me importava.

— Está tomando café da manhã.— Ela diz calma.

— Eu vim buscá-la.— Aviso.

— Mais já? Quer dizer, ainda é cedo posso ficar mais um tempo com ela se quiser.— Ela diz meio incerta.

— Agradeço a gentileza, agradeço por ter ficado com ela ontem à noite mas não, eu vou levá-la.— Informo olhando para dentro.

Ela me dá espaço para que eu pudesse entrar, sigo em direção a enorme cozinha e vejo Madalena sentada na mesa com seus dedos melados de bolo e seu leite no copo, ela abre um sorriso enorme ao me ver.

— Mamãe.— Ela diz.

Céus era tão bom ser chamada assim, era como escutar um anjo.

— Oi meu amor, como você passou a noite?.— Pergunto me aproximando.

— Bem, eu e a vovó brincamos muito.— Ela diz contente.— Onde está minha irmã?.

— Ainda no hospital mas nos vamos buscá-la então vá pegar suas coisas quando terminar o café, está bem?.

Não precisei terminar de falar para quê Madalena se pusesse a correr subindo as escadas é isso fez meu coração palpitar.

— Não corra nas escadas.

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