Capitulo 2.

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— Seu cabelo esta enorme.— Lilith minha melhor amiga, praticamente irmã diz me vendo pela tela do celular.

Estamos em uma vídeo chamada, enquanto me arrumo para o trabalho, praticamente todas as manhãs fazíamos isso, conversar por chamada enquanto ela opinava sem meu consentimento em minhas roupas, como uma irmã mais velha faria mesmo.

— Não o corto desde do casamento de Ana.— Digo o penteando.

— A meses então.— Ela responde.

— Irei procurar um cabeleireiro, assim que possível.— Término de colocar minha buena.

— Não se atrase.— Ly diz olhando para as crianças.

— Então deixe me ir.— Me levanto pegando minha bolsa e conferindo meu relógio de pulso.

— Talvez amanhã eu me arisque a fazer uma sobremesa.— Ly diz pensativa.

— O que terá de especial amanhã?.— Pergunto.

Não era sempre que Lilith cozinhava, na verdade Lilith não cozinhava.

— Nada de importante, só testando meus dotes culinários.— Ela responde checando se suas crianças estão bem.

— Deixe os dotes culinários para a Cecília.— Respondo vendo ela me olhar indagada pelo meu comentário.— Preciso de flores para me inspirarem e também porque fúria da noite acabou com aquela que me deu.

Lilith cerra os olhos para meu gato que estava na poltrona do outro lado dormindo tranquilamente.

— O que ele tem contra minhas flores?.— Ela pergunta.

— Talvez não goste do cheiro.— Digo pegando minhas chaves. — Au revoir, chérie.

Despeço-me abrindo a porta de casa, pego minha bicicleta azul clara e subo nela indo em direção ao trabalho, eu gosto de ir pedalando e constatando a cidade, por mais que faça algum tempo que já estou morando aqui, ainda se tem tantas coisas para admirar.

Hoje o dia seria muito produtivo, eu sou restauradora em museu de artes antigo da cidade, simplesmente adoro esse trabalho, pode ver o quanto de história tem num lugar e ajudar a trazer sua beleza clássica de volta era como fazer magia para mim. Às vezes eu também faço um bico no restaurante da senhorita Lexi Montanari.

— A flor do jardim chegou.— Ouço a voz de vivi, uma amiga que fiz quando vim pela primeira vez aqui.

— Não achou que iria passar o dia sem me ver, não é mesmo.— Digo com humor prendendo minha bicicleta.

— Quer um pedaço de pão?.— Ela me oferece se aproximando.

— Estou satisfeita.

Minha tia diz se você não toma um bom café da manhã reforçado, o seu dia não começou ainda. O bom é velho café preto, somente esse para despertar.

— Parem de bater papo furado.

Stefano, nosso chefe diz com a mão na cintura, parece ser uma ameaça mas na verdade é um verdadeiro manteiga derretida.

— Como vai Stefano?.— Digo rindo se sua expressão.

— Cansado, estressado e cheio de fome.— Ele diz adentrando o grande Museu de arte.

— Isso afeta o coração.— Vivi comenta.

— Alguém me traga um doce, rápido, estou a beira de um colapso.— Ele diz chamando atenção do pessoal que já havia chegado.

— Porque tanto nervoso?.— Pergunto curiosa.

O que deixaria Stefano tão nervoso assim, deveria ser algo grande.

Segredos e Desejos.Where stories live. Discover now