Capitulo 66

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Comunicado no final do capítulo.🖤
Aproveitem agora.

Senhor Mateo afasta a cadeira pronto para se levantar e eu faço um sinal com a mão indicando que não era necessário, me sento na cadeira em sua frente, ele tentava disfarçar o sorriso mas era péssimo nisso.

— Então o que quer pedir?.— Ele pergunta e eu pego o cardápio.— Alguma coisa leve, salada?.

O olho por cima do cardápio com cara de tédio e ele da uma risada.

— Estou brincando, sei que não pediria salada a não ser que ela venha acompanhada de um hambúrguer.

— Talvez eu peça uma parmegiana, faz tempo que não como uma, minha ama amava era seu prato favorito.— Comento distraída olhando as opções de carne ou de frango.

— Ela amava mesmo.

Só então me dou conta de que agora ele sabia exatamente de quem eu estava falando.

— Ela fazia todo domingo praticamente.— Comento dando os ombros.

— Eu a ensinei empanar, ela aprendeu?.— Ele pergunta.

— Não.— Deixa um sorriso escapar mas logo volta a ficar seria.

Isso era novo e muito estranho ainda, muito.

— Acho que vou querer um nhoque com molho de tomates frescos, sem pimenta é claro.— Ele pisca para mim.

Volto a encarar o cardápio, ele está sendo meu escudo no momento era atrás dele que eu me escondia.

— Que tal um vinho, olha só aqui ele tem o nosso vinho.— Ele diz alegre.

— Nosso vinho?.— Pergunto levantando uma sobrancelha.

— Da nossa família querida.— Ele diz passando a folha do cardápio e eu dou um sorriso debochado.

Um vinho da nossa família, eu tenho uma outra parte da família, a do meu pai.

Céus isso é assustador.

A garçonete se aproxima pegando nosso pedido e por mais que eu amasse o vinho do senhor Mateo ou como ele agora gosta de dizer, da "nossa família."eu preferi tomar um suco refrescante, ele não se opôs ou se sentiu atacado. A garçonete atenciosa nos trouxe alguns petiscos para beliscar enquanto o nosso prato principal não chegava mas assim que ela nos trouxe, meu Deus era maravilhoso tão suculento e macio, tão temperado.

— Caralho isso é tá incrível.— Senhor Mateo xinga.

Abro minha boca surpresa pois nunca o tinha visto xingar assim.

— O que foi? Por que tá me olhando assim.— Ele questiona comendo um nhoque.

— Nunca tinha ouvido o senhor Xingar.— Admito e ele limpa a boca e depois sorri.

— Eu sei, tenho uma boca suja mas melhorei.— Ele me encara divertido.— Tive que ficar sem falar por um tempinho devido a uma pessoa.

— Foi a promessa que você fez a ela?.— Questiono.

— Sim mas como eu estava certo, você tem uma boca pior que a minha.— Ele ri.

— Deve tá no sangue.— Zombo.

Durante o almoço eu não pude mais me aguentar e ao que percebi, senhor Mateo também estava esperando por minha perguntas.

— Você nunca tentou procurá-la?.— Eu precisava saber.

— Eu tentei de tudo para achá-la, até para Paris eu fui atrás dela.— Ele limpa a boca e continua.— Mas sua mãe sabia fugir bem e se esconder melhor ainda.

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