Cecília Bonus.🐯

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Eu estava escondida, atrás de um barril velho e fedido,o cheiro forte de bebida impregna o ambiente, ele estava aqui, claro que ele estava, eu podia ouvi-lo xingar a quilômetros,qualquer um nessa maldita casa podia, meus pés doíam, minha barriga doíam, eu queria tanto um lugar para descansar.

— ROMINA.— Ele grita, era toda noite, gritos.

Ele gritava por ela, pela minha mãe,faz quatro dias que eu não a vejo, me encolho mais atrás daquele barril implorando para que os passos parecem, que ele fosse embora.

— ROMINA.— Outro grito, tampo minha boca para que nenhum som saísse dela.

Meu coração batia tão rápido que eu não sabia se eu estava ouvindo meu próprio coração ou os passos dele vindo até mim.

— Olha o que eu achei, uma ratinha.— Ele sorri perversamente me olhando.

Começo a me debater quando sinto dedos me tocando, grito pedindo ajuda, as lágrimas escorrem pelos meus olhos, tudo estava embaçado.

— Cecília acorda, Acorda.

— Cecília...

Alguém me balançava pelos ombros, abro os olhos e vejo Felippo com uma cara assustada enquanto me apertava pelo ombros.

— O que houve?.— Digo me acalmando.

— Você teve um pesadelo, eu estava indo pegar água e ouvi gritos, vim ver se estava tudo bem.— Ele diz me soltando devagar.

— Me desculpe, eu só... é, eu estava tendo um péssimo sonho.— Admito passando as mãos no cabelo.

— Acho que essa água será melhor para você.— ele estende o copo e eu aceito.

— Obrigada.

— Sempre tem esses pesadelos?.— Ele pergunta curioso.

— A maior parte das vezes.— Admito novamente.

— Sei como é, os pesadelos.— Ele suspira.— Quer conversar sobre?

— Não.— Digo rapidamente.

— Entendo, não é fácil falar.— Felippo estava sendo bem compreensivo.

— Não é.

— Certo, voltarei para meu quarto mas se precisar é só bater lá ou me chamar.

Aceno com a cabeça e sem saber muito o que fazer, Felippo passa a mão no meu cabelo bagunçado.

— Foi mal por isso...

— Tá bem, vou culpar o sono.— Digo sorrindo.

Ele sai do meu quarto fechando a porta, encosto a cabeça no travesseiro mas mesmo se eu quisesse não iria conseguir dormir novamente, a noite foi assim, rola para direita, vira para esquerda, senta, levanta, volta a fechar os olhos e fica com medo do escuro. Quando resolvi me levantar de vez vejo no relógio que já era umas cinco e meia da manhã, coloco um vestido leve e um casaco fino para me proteger dos ventos, vou até o banheiro arrumar meu cabelo e escovo os dentes.

A casa estava silenciosa todos ainda estavam dormindo, passo cuidadosamente pelo corredor evitando de fazer qualquer barulho possível até chegar na cozinha, pego um pouco de água e esquento, no pequeno jardim na frente da cozinha onde se podia observar pela janela havia algumas folhas de erva doce, daria um ótimo chá, esperei até que a água atingisse um ponto para ficar perfeitos e coloquei as folhas, depois de alguns minutos o chá de erva doce estava pronto, por sorte o pote de açúcar estava encima da banqueta.

A casa estava silenciosa todos ainda estavam dormindo, passo cuidadosamente pelo corredor evitando de fazer qualquer barulho possível até chegar na cozinha, pego um pouco de água e esquento, no pequeno jardim na frente da cozinha onde se podia obs...

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