Capitulo 54/ Peter

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Dias preto e branco, eram assim que meus dias estavam sendo, do trabalho para casa, de casa para o trabalho, noites que duravam uma eternidade para passar e dias tão cinzas que não faziam querer sair da cama.

Sinto algo fofinho com garras afiadas agarrarem meu pé e depois de um gemido de dor a pequena criatura solta saindo correndo, ela me olha desconfiada mas logo pula de volta na cama escalando, se aproxima de mim com nariz molhado e começa a cheirar meu rosto, quando menos percebo a feroz criatura esta amassando pãozinho em mim.

— Abriu a padaria cedo hoje, dia.— Digo passando a mão na sua cabeça branca.

Depois daquela noite desastrosa a qual meu cérebro faz questão de me lembrar a cada minuto, só havia uma pessoa naquela casa que não se incomodava com meu choro excessivo e consegui dormir tranquilamente, a gatinha branca, ela ficou comigo a noite toda e assim que eu consegui para de soluçar e me acalmar ela decidiu que um ótimo lugar para ela dormir seria grudado em mim, eu não reclamei, na verdade aquela noite eu não fiz nada além de chorar.

— Você tem comida no potinho fúria do dia?.— Pergunto mesmo sabendo que ela não me responderia, a não ser por um miado fofo.

Eu não tive ideias para chamá-la, eu a vi na minha frente e isso me lembrava Morgana e lembra Morgana e gatos, me lembrava seu gato preto, fúria da noite sendo assim o nome ideal para ela não seria outro como "fúria do dia."

Ela passa a cabeça em mim miando ainda mais, desisto de tentar dormir mais um pouco e decido levantar e começar mais um dia cinza, tomo um banho me arrumo, penteio meu cabelo e desço para tomar um café a senhora que me ajuda aqui em casa já estava terminando meu café quando eu desci, ela coloca um pouco na minha xícara e se vai ajeitando as coisas, verifico meu e-mail.

Quando chego na empresa minha secretária me passa vários relatórios que eu precisava assinar, alguns e-mail que eu precisava, além de alguns documentos para assinar.

— O senhor se lembra que esse final de semana terá a festa de inauguração do museu.— Minha secreta avisa e eu coço a testa pois havia esquecido completamente disso.

— Gostaria que eu colocasse o nome da sua acompanhante na lista ou ela irá chegar com o senhor?.— Ela pergunta e eu tiro os óculos de graus.

— Como?.

— Bom é que o senhor disse que iria acompanhado pela sua namorada nesse evento...

Porra.

Quando eu ia responder o telefone de sua mesa toca e ela saiu correndo para atender.

A tarde de arrastou eu passei enfiado em meu escritório resolvendo milhares de burocracia com a minha secretária, houve algumas reuniões e até mesmo ligações perdidas da minha mãe e da minha irmã, quando olhei no relógio percebi que já estava a noite, as luzes já estavam apagadas indicando que havia apenas restado eu naquele lugar, desligo meu computador desbotou minha camisa social e checo novamente meu celular, minha mãe havia me ligado mais duas vezes porém não estava com cabeça para lidar com todo o drama feito por ela hoje. Erick me convidou para assistir o jogo em sua casa.

Era melhor que ficar em casa, sozinho e deprimido.

Fecho minha sala e vou direto para o estacionamento onde estava meu Audi preto, cumprimento o guarda, senhor Antônio, e vou em direção a sua casa, sou recebido por uma pequena Mel com sua fantasia de abelinha e meia calça combinando ela sorri para mim e pede colo.

— Tio Pee.— Ela diz fofinha.

Eu desejava tanto ter isso aqui um dia.

— Ele chegou!.— Informa Aaron gritando para Erick que logo surgi.

Segredos e Desejos.Where stories live. Discover now