Capitulo 43

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Peter faz as melhores panquecas que eu já comi, eu amo quando ele cozinha e amo mais quando ele faz o que eu gosto de comer, a maioria das vezes são bastante coisas eu não sou tão frescurenta em relação a comida em geral, na verdade sou bem aberta a experimentar coisas novas.

— Sua vitamina senhorita.— Ele coloca o copo cheio de vitamina de frutas vermelhas na minha frente.

— Obrigada senhor.— Agradeço com humor.

— O que irá fazer pela manhã? Tem trabalho na senhora Ângela ou no Restaurante?.— Ele questiona mordendo seu pão.

— Não, na verdade tenho que ir pegar os resultados dos meus exames.—Me levanto arrumando minha franja.

— Esse final de semana será muito especial.— Ele diz se aproximando de mim e deixando um beijo carinhoso na minha testa.

— Será?.— Pergunto com humor.

— Será sim senhorita.— Ele beija a ponta do meu nariz.— Tenho que ir trabalhar mas quando voltar podemos sair para jantar.

— Eu gosto dessa ideia.— Arrumo a gola de sua camisa social.

— Algum planos para hoje?.— Ele pergunta.

— Terminar meu trabalho com a senhora Ângela e ver se Lexi precisa de alguma ajuda no restaurante.— Dou os ombros, era o normal do meu cotidiano.

— Parece interessante, aposto que se diverte mais do que eu, enfiado o dia inteiro em papeladas e problemas.

Seus ombros caem como se ele estivesse exausto.

— Pelo menos você não tem que ter mais de um emprego para ganhar bem, quer dizer, não que eu ganhe ruim mas para algumas despesas e luxos dois empregos é o ideal.

— Sempre que precisar de algo pode pedir a mim.— Ele diz carinhoso mas isso me fez pensar na sua mãe, aquela víbora.

— Eu não quero que você me de nada Peter, eu não preciso.

Minhas palavras saíra mais grossas do que eu gostaria, Peter levanta uma sobrancelha sem entender.

— Me desculpe, só não gosto da ideia de acharem que eu estou com só por conta disto tudo.— Giro o dedo me referindo ao incrível luxo dessa casa.

— Quem acharia isso?.— Ele está desconfiado.

Não respondo, o silêncio seria a melhor resposta para essa situação. Peter segura meu rosto delicada enquanto acaricia com o polegar.

— Alguém te disse algo?.— Ele pergunta novamente.

Abro minha boca se abre por alguns segundos mas repenso milhões de coisas na minha cabeça, novamente a culpa me atingi com uma ideia de causa algum arteiro entre ele e a mãe, claramente não pela a mãe dele, a velhota não merece nenhum piedade minha mas Peter sim, vejo como a ausência de seu pai —por mais distante que os dois fossem.— impactou sua família e como ele se põe no papel masculino da família, não seria justo então disse as palavras que eu queria que ele acreditasse.

— Nada!.

Eu sabia que Peter era inteligente o suficiente para não acreditar em uma palavra tão fula e solta como um simples "Nada" então completei.

— Quer dizer, você sabe o que as pessoas com o ciclo social como o seu diz sobre algo como eu, os milhares de julgamentos.

— Desde e quando você se importa com julgamentos ?.— Ele tinha um ponto.

— Eu não me importo, de fato mas também não é agradável ouvir cochichos sobre eu ou você por aqui ou por ali.— Mordo o lábio e desvio o olhar.

Segredos e Desejos.Where stories live. Discover now