Segredos e Desejos.

Capítulo 63

A música era clássica combinava perfeitamente com o ambiente tão sofisticado quanto aqui era, todas as pessoas em seus trajes elegantes e com colares e brincos que valia um rim provavelmente, como uma boa fujona que eu sou estou observando tudo isso do lado de fora do salão, um lugar ao ar livre é pequeno mas reconfortante para se esconder.

— Você está linda nesse vestido.

Me viro rapidamente surpresa e lá estava os olhos azuis e o sorriso educado que só ele tinha.

— Isso? É velho.— Digo me comprando as demais no salão.

Sei que não deveria fazer isso mas não pude evitar.

— Não faça isso.— Ele chama minha atenção, Peter estava me olhando atentamente.— Não se compare.

— É só que, todos aqui são tão chiques e elegantes e carregam um rim no pescoço ou orelha.

Peter solta uma risada e eu sorrio satisfeita por ter feito isso.

— Não são tão importantes assim.— Ele da os ombros.

Torço o nariz contrariada.

— Como foi em Paris?.

— Foi ótimo, eu vi minha avó e eu fiquei com a minha tia que a propósito está namorando e vai se mudar para a França.— Conto e ele parece interessado.

— Minha avó tem um novo namorado, senhor Jean um doce se senhorzinho.

— E as cartas?.— Ele pergunta me pegando de surpresa.

— Eu pensei que acharia algo lá sobre... bem você sabe, infelizmente não tinha nada de esclarecedor mas tá tudo bem porque eu decidi que isso é só um detalhe na minha vida e que eu não tenho que parar por isso.— Admito.

Peter me olhava com uma certa admiração.

— Eu estou bem Peter.— Dou um sorriso.— E você?.

— Eu viajei com os meninos em um final de semana escolhido por Ly que achou que estaria um ótimo dia para praia, ela tinha razão.

— Oh, ela sempre tem.— Comento.

— Eu estou bem Morgan.— Ele diz e eu pisco.

Como eu queria pular nele a abraçar tão apertado e beijar aqueles lábios carnudos e irresistível.

— Eu senti...

Passo minha mão suada no meu vestido e olho para ele que me olhava com atenção.

— Sentiu?.— Ele incentiva a continuar.

— Senti sua..

— Olha você aí cara!.— Alguém nos interrompe.

Era o mesmo homem que eu encontrei no aeroporto quando fui para França, ele parece me reconhecer também.

— Olha só, a dorminhoca.— Ele coloca as mãos no bolso.— Que mundinho pequeno.

Peter o olha e depois me olha confuso.

— Eu peguei um avião com ele.— Explico.

— E depois ajudei a achar um taxi, não se esqueça.— Ele complementa.

— A sério, que legal.— Peter diz sem nenhuma animação.

— Sim.— Digo sem qualquer animação.

— Achou o que procurava em Paris?.— Ele pergunta cauteloso.

Concordo com a cabeça.

Peter observava tudo com muita atenção, seus olhos estavam fixo no cara a nossa frente.