Capítulo 4

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— Aí.— Marta pula outra vez com o barulho alto do trovão.

Estava caindo uma tempestade lá fora, os raios iluminava o céu de lilás a cada dez minutos, o trovão em seguida assustava a todos que não o esperava.

— Que chuva.— Comento espiando pela janela enquanto espero o prato da mesa quatro sair.

— Eu odeio esse barulho, horrendo.— Marta diz balançando o corpo.

— São apenas trovões.— Dou um sorriso para ela.

— Aqui os pratos.— Ela coloca na bandeja e eu pego.

Vou caminhando devagar com medo de derrubar tudo que tinha da enorme bandeja.

— Senhores, o pedido de vocês.— Vou colocando os pratos e dizendo o que cada um estava pedindo.

Agradeço e me retiro da mesa indo atender a próxima, desvio o olhar por segundos para balcão e meus olhos se encontram com o de Peter, que pisco os dois continuando a me encarar, balanço a cabeça e volto atenção a mesa.

— Boa noite, bem-vindas, já conhecem ó restaurante?.— Pergunto e as duas acena com a cabeça que sim.

— Eu quero esse a moda do chef.— A ruiva diz.

— Certo!

— Eu quero essa lagosta com purê de mandioquinha.

— Anotado, já trago para as senhorita.— Informo voltando para a cozinha.

Entrego o papel e remexo todo meu corpo, como se eu quisesse me livrar de alguma coisas que não conseguia ver.

— Que isso menina, tá louca?.— Miguel pergunta.

— Tô com uma sensação.— Digo mexendo os braços.

— Sensação ruim?.— ele pergunta assustado.

— Não, eu só... não sei, uma sensação.— Digo tentando encontrar palavras.— Meu coração está um pouco acelerado, minha respiração está estranha.

— Isso aí é asma.— Miguel diz e eu acerto seu braço com um tapa.

— Vão ficar de papinho?.— Peter pergunta.

Olho para Miguel e depois para ele, me seguro para não revirar os olhos.

— Morgana não se sente bem.— Miguel diz como uma desculpa.

O olho indignada, o safado jogou o que eu acabei de dizer como uma carta.

— O que você tem?.— Peter pergunta alarmado.

— Nada.— Miguel falto me queimar com o olhar.— Quer dizer, só algumas coisas estranhas, estou bem.

— Se precisa de uma pausa ou ....

— Estou bem! Não é nada.— Digo firme.

— Mesa sete.— Marta avisa me entregando os pratos.

— Voltando o trabalho.— Olha para Peter.— Chefinho.

Sim isso foi em um tom de deboche, não sei explicar algo em mim gostava de fazer isso, o desafiar.

A noite no restaurante foi bem agitada, apesar da chuva teve muitos clientes, meus pés estavam me matando, ainda bem que só restava mais um cliente.

— Aqui está seu pedido senhor.— Digo a um cara de cabelos castanhos e olhos pretos.

— A sobremesa, posso pedir qualquer coisa?.— ele pergunta me olhando.

— Claro!.— Respondo olhando para meu bloquinho, pronta para anotar.

— Então eu vou querer você.— ele diz abrindo um sorriso.

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