Capítulo 15

1.5K 173 4
                                    

— Tia você e a vovó não pode discutir desse jeito.— Comento enquanto a gente se falava por vídeo chamada.

— Sua vó me deixa louca.— Minha tia cometa enquanto dobrava as roupas.

— Será que quando eu ficar mais velha seremos assim também?.— Pergunto rindo.

— Minha lua você é uma de nós.

— É verdade.— Dou uma risada.

Eu estava com tantas saudades da minha tia e da vó que estava entre risada e lágrimas.

— Quando vem me visitar?.— Ela pergunta.

— Acho que a senhora que deveria vir para Europa, me visitar na Itália, ir a França ver a vovó podíamos viajar um pouco.

— Seria ótimo! Preciso de um descanso.— Ela diz parecendo exausta.

— A senhora precisa de férias.

— Preciso a muito tempo.— Ela diz sorrindo.

Depois da morte da minha mãe a tia Rose assumiu toda responsabilidade sobre mim, ela deixou todas as coisas da vida dela para garantir que eu crescesse e tivesse todas as oportunidade que eu desejasse, abriu mão por muito tempo de si para viver no meu ritmo e agora eu quero que ela volte a viver somente por ela, que saia para se divertir, para dar uns beijos e viver o que nunca pode por talvez minha culpa.

— A senhora deveria arrumar um namoradinho.— Aconselho vendo ela fazer careta.

— Não preciso de namorado.— Ele diz me encarando.

— Acho que a senhora precisa dar uns beijos, transar...

— Morgana!!

— Que ? Aí tia todo mundo precisa dar pelos menos uma rapinha.

— Você não tem jeito e eu não quero um namorado.— Ela reclama.— E por falar nisso, onde está o seu namoradinho?.

— Eu não tenho.— Reviro os olhos.

Ela e minha vó estão cansadas de saber que eu não quero um namorado.

— Minha lua...

— Não! Não começa com esse papo de novo...

— Precisa se permitir a amar.— Ela completa a frase.

— Mas eu amo, quem disse que eu não amo ninguém.— Me defendo.

— Não estou falando de amigos e família, você sabe do assunto que estou falando.

— Tia...

— Não é porque algo aconteceu comigo e sua mãe que você tem que seguir esse caminho.

— A está falando da maldição...

Digo que nossa família tem uma maldição que nenhuma de nós costuma a ficar com uma pessoa por muito tempo, sempre somos abandonadas, trocadas ou ...

— Sua vó não sofreu dessa tal "maldição " que você inventou.— Ela diz como se tivesse me pegado.

— O vovô morreu.— Digo como se fosse óbvio.

— Mas a morte vai acontecer com todos.— Ela levanta as sobrancelhas.

— De qualquer forma vale.— Dou os ombros.

— Você é impossível me lembra muito uma pessoa.— Ela sorri balançando a cabeça.

— Quem é essa pessoa?.— Pergunto curiosa.

— Sua mãe.— Ela diz sem parecendo um pouco sem graça.

Claro que como toda criança eu costumava a perguntar sobre meu pai, onde ele estava, com quem estava, porque nunca ia me ver, se ele não me amava... mas depois de um tempo via que esse assunto não somente chateava minha mãe como me fazia ter uma raiva absoluta por criar hipótese do "porque eu não fui suficiente pro meu pai não me querer." Minha vó e minha tia nunca quiserem discutir o assunto comigo, diziam que isso deveria ser algo que minha deveria me contar e depois de um tempo eu passei menos dias pensando nessa pergunta que no fundo talvez eu soubesse que a resposta poderia não me agradar, depois da morte da mamãe eu não toquei mais no assunto não queria saber de nada que pudesse a me ligar a um homem que jamais teve algum tipo de sentimento paterno por mim.

— Com seu avô também.— Ela da uma risada.

— Saudades do vovô.— Digo com sentimentos.

Não passei muito tempo com meu avô materno, minha mãe dizia que ele era muito rigoroso e quase a expulsou quando soube da gravidez se não fosse pela minha vó ela estaria na rua mas depois que viu meu belo rostinho ele me aceitou na família. Mesmo longe morando a milhares de quilômetros de nós sempre nos ajudava, mandando algum dinheiro me ligando e visitando nunca se esquecia do meu aniversário. Isso não me impediu de crescer complexada com medo de ser abandonada e por mais que eu digo que não, isso afeta as minhas relações... eu sempre fujo no primeiro sinal de demonstração de amor.

Não quero ficar e esperar um final... se eu puder evitar, fugir o quanto antes para não machucar, eu faria.

Sim admito sou covarde.

— Promete para mim que tentará?.— Minha tia pede.

— Vou tentar...

— Morgana Louise.

— Estou sendo sincera, a senhora sabe... deveria saber ao menos.

— E quando o amor surgi na sua vida o que irá fazer, vai deixá-lo ir embora? Ou deixá-la?.

— Sou mais esperta que ele tia! A qualquer sinal de fumaça eu saio correndo para longe, sem amostras grátis.— Digo convicta.

— Minha lua você é única.— Ela da uma risada balançando a cabeça.

Gael aparece na porta do meu quarto e eu indico que estou falando com a Tia rose, sem pedir licença o intrometido se joga na minha cama e começa uma conversa sem fim com a minha tia.

— Ela é assim mesmo tia, já falei pra senhora que a Morg não tem mais jeito.— Gael diz balançando a cabeça.

— Caso perdido né fio.— Minha tia diz com a mão no rosto.

— Alo eu ainda estou aqui, ouvindo vocês sabiam?.— Pergunto encarando os dois.

— Pior que você ouve mas não tem vergonha na cara.— Gael diz.

— Tia nós temos que ir a Ly chamou a gente para um almoço.— Digo me despedindo.

— Mande um beijo para minha anjinha, um beijo para os bebês e para vocês tchau minha lua te amo.— Ela joga um beijo.

— Te amo mais titia.— Encerro a chamada e acerto um tapa no bocudo do Gael.

Término de me arrumar para o almoço minha barriga estava até roncando, já podia sentir o gosto da deliciosa comida da Cecy a quanto tempo eu não experimento algo que ela faz com aquelas mãos de fadas.

Tia Rose ⬇️

🍒🖤🍒🖤🍒Bom dia galerinha do wat

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

🍒🖤🍒🖤🍒
Bom dia galerinha do wat. 🖤
Como vocês estão?
Aiai essa família da Morgana são complicadas, não?.
Beijinhos até.
Votem
Cometem.

Segredos e Desejos.Where stories live. Discover now