Capitulo 62

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O avião estava frio, ainda bem que eu havia levado uma blusa ou melhor, o cardigan da minha mãe que minha avó fez questão de lavar para que eu pudesse viajar com ele limpo, agora estou aqui sentada em uma poltrona olhando para a janela enquanto escuto música e penso sobre a carta.

Não, não era o que eu estava esperando mas ainda sim, eu não fiquei totalmente frustrada com ela, claramente esperava por mais respostas porém como minha experiência na França foi de muito auto conhecimento e coisas novas, eu aprendi que tudo já seu tempo e tudo acontece por algum motivo, talvez agora não seja a hora eu ainda vou esperar todos os dias por uma possível resposta, só que desta vez em vez que ficar com isso guardada me martirizando e angustiando meu pobre coração, eu irei viver e deixar fluir.

O avião pousa e eu me levanto apresada pegando minha mala de mão, estranho como parece que na volta da viagem sempre trazemos mil coisas a mais e tudo fica pesado, enquanto eu esperava minha mala eu ligo meu telefone, havia várias mensagens do senhor Stefano e de Vivi me avisando que hoje seria a festa de inauguração.

Droga eu tinha me esquecido totalmente desse evento.

Respondo as mensagens confirmando que iria, qualquer vestido no meu guarda roupa teria que servir, eu não tinha tempo ou vontade de ir procurar alguma coisa, peço um táxi e vou para casa. Ao entrar vejo as luzes desligadas, as janelas estavam abertas e os raios de sol iluminava o ambiente, fui recebida com um miado longo e fúria da noite se esfrega nas minhas pernas, ele bate a cabeça peluda contra mim.

— Noite, meu amor mamãe voltou.— O pego no colo mesmo sabendo que em instantes ele iria se jogar ou me arranhar.

— Mamãe tava morrendo de saudade de você meu bebê.— Digo o apertando mais até que o miado raivoso sai dele e eu entendo que a hora do carinho já tinha acabado.

O solto no chão e vou até a mesa aonde tinha um bilhete.

" Não sei se você já chegou mas se sim, bem vinda de volta, tem comida na geladeira e novos chás no armário, não estarei aí por motivos de preciso trabalhar mas vejo você ao amanhecer."

O pobrezinho tem trabalhado tanto nos últimos meses que mal para em casa, ele está realizando seu sonho de fotografar a vida a fora, eu tenho muito orgulho dele por isso.

Levo minha mala para meu quarto e vou direto para o banho, decido lavar o cabelo, passo meus sabonetes líquidos e meus óleos de banho, eu amo meu ritual de banho para ficar cheirosa e refrescante, assim que saio passo creme por todo meu corpo, fico olhando a hora pois não quero me atrasar, seco meu cabelo e colo Bobs para definir minha franja, começo a prepara minha pele para a maquiagem, coloco uma música para animar.

Faço algo mais dramático de maquiagem, começo a procurar por alguma roupa que fosse apropriada para a ocasião e mesmo assim me deixaria uma tremenda gostosa, fiquei trocando de roupa uma quatro vezes até achar um vestido preto que ficou maravilho, decidir usar com ele um sapato Scarpin bege, passo meu perfume, termino de arrumar meu cabelo e verifico a hora no meu celular.

Bem a tempo.

Demorou um pouco até que achasse um táxi, aviso a Vivi que talvez eu demoraria um pouco.

Assim que eu chego me deslumbro somente com a frente do lugar mas nada faz jus ao que meus olhos vêm quando eu entro, estava tudo lindo e iluminado e elegante, as pinturas, as obras, as esculturas, tudo estava incrível, tinha sido um bom trabalho.

— Amiga!.— Vivi grita me abraçando.

Ela estava linda com seu cabelo loiro solto cheio de cachos e seu vestido rosa tomara que caia.

— Você está linda!.— Ela diz me olhando.

— Você também, amei o que fez no cabelo.— Digo tocando em seu cacho e ela sorri.

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