Onze

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Luria Narrando.

Nina estava cheirando e fumando demais, a despedida dela estava muito exagerava e eu tinha percebido que os meninos estavam agindo na maldade, enquanto ela se acaba eles sorriam da situação.

Sabe aquela frase as pessoas te querem bem, mas não melhor que elas? Então. Não querem sair dessa vida e querem empacar quem quer.

Nina estava tendo alucinações, hora viu a mãe dela em uma senhora, hora não lembrou de mim e depois me contou que gostava de mim a mais do a amizade deixando claro que sua orientação sexual é lésbica.

Eu fiquei sem reação nunca nem imaginei e foi um baque e tanto essa notícia, mas graças ao pai Nina sempre foi muito respeitosa comigo.

Ela não estava bem, percebi pela sua respiração, na hora em que ela colocou a mão no peito, percebi que ela queria falar algo, mas ela não conseguiu.

Nina começou a dar convulsão, eu entrei em desespero.

- Nina... Amiga fala comigo - Me aproximei dela, ela estava sentada e com cuidado eu consegui deitar ela, ela se debatia no chão.

- Alguem ajuda aqui, ela está tendo uma convulsão. - Gritei, porém esse horário quase ninguém ficava no beco.

Eu ficava na dúvida se ia pedir ajudar ou se ficava com ela, não queria deixar Nina sozinha.

Segurei seus braços e fiquei tentando conter a sua tremedeira, mas as pernas dela tremiam, eu já chorava compulsivamente.

- Socorro - Gritei alto. - Alguem ajuda por favor. Amiga volta pra mim amiga - Falei a observando e percebi que sua língua estava começando a enrolar.

Ouvi passos e chegou duas mulheres.

- Licença - Pediu pra mim e eu saí de cima de Nina mas meus olhos se mantiveram nela.

A moça puxou a língua dela e segurou sua cabeça, meu coração estava descompassado, eu estava trêmula.

- Júlia segura os braços dela e você segura pernas - Falou e assim fizemos. Com o tempo Nina parou a convulsão e eu respirei aliviada.

Mas eu percebi que ela não acordou, não se mexeu para nada.

- Moça porque ela não acordou? Porque ela não se mexeu ainda? - Perguntei entrando em desespero novamente.

Ela pegou o pulso dela e tentou sentir os batimentos dela, depois tentou pelo pescoço, eu fechei meus olhos e comecei a negar com a cabeça sentindo as lágrimas escorrerem.

Senti um sugar de ar e era Nina, me sentei e coloquei sua cabeça em meu peito rapidamente. Nesse momento já estava cheio de gente.

- Nina... Nina - Dei tapinhas leves em seus rosto.

Tentei fazer respiração boca a boca nela. Mas ela estava muito fraca e de repente Nina abriu os olhos, olhou pra mim, deu um meio sorrido, suspirou fundo e morreu.

- NÃO, NÃO NÃO - Gritei - Ninaaaaa - Gritei abraçando seu corpo. - Amiga não, volta amiga, temos que cumprir o que prometemos Nina, acorda. - Apertei ela sobre mim.

Ouvi o barulho da ambulância, me tiraram de perto dela a força não sabia nem quem era e isso não me interessava.

Eles tentaram por muito tempo reanimar ela, mas já era tarde, a minha amiga tinha ido, minha companheira, minha amiga, minha confidente fiel.

Meu peito doía de uma forma inexplicável, as lágrimas não cessavam, eu tentava correr até ela mas não deixavam, eu chamava por seu nome mas ela não me escutava mais.

Ela nunca mais iria me escutar, nem me ver, nem me olhar, nem me fazer sorrir. A única coisa boa que eu tive nessa vida ruim foi a amizade de Nina e eu vou sempre, sempre me lembrar dela.

De repente eu ouvi gritos, era os pais de Nina, não sei como conseguiam ser tão falsos a esse ponto, abandonaram ela, abriram mão dela na primeira oportunidade e agora estão aqui.

As lágrimas deles não são de tristeza, as lágrimas deles são de remorso, arrependimento, no qual eles vão levar para si a vida inteira.

Apesar da vida que levava, Nina era um ser humano brilhante, um exemplo de humildade.

Quando vi que jogaram um pano por cima dela eu não me aguentei e foi ali mesmo nos braços de desconhecido. Que eu desmaiei.

(...)

Estava ao lado do corpo da minha amiga esperando virem buscar o corpo, os pais dela estavam do outro lado, não dirigi a palavra a eles e nem eles a mim e eu prefiro desse jeito.

A muvuca já tinha se desfeito. Estava segurando a mão de Nina fazendo um carinho enquanto as lágrimas desciam por meu rosto.

Estava com muito sono do tanto que chorei, mas não vou dormir enquanto minha amiga estiver aqui.

Eu não estava conformada ainda, tudo parecia um sonho, mas não era, isso é uma realidade que acontece com pessoas dependentes a drogas. Drogas matam, quantas famílias já não perderam os entes queridos para elas, quantos famosos já não morreram pelo uso excessivo delas.

Eu posso ser a próxima vítima delas.

- Ufa! Menos uma droga nesse beco - Levantei meu olhar e era Aline, senti meu corpo ferver de raiva, soltei a mão de Nina de imediato e me levantei indo na intenção dela.

*****

Próximo capítulo vai ser babado e confusão.

Boa noite amores, demorei a postar porque minha baby estava muito e enjoadinha.

Votem e comentem bastante que amanhã eu volto.

HeroínaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora