Luria Narrando.
Me arrumei e decidir ir jantar com o Kennedy em um restaurante aqui do morro mesmo.
Descíamos de mãos dadas quando eu vi uma mãe puxando a criança pelo braço e batendo nela de chinelos eu ia ignorar, mas no momento que ela deu um tapa no rosto da criança eu fiquei possessa.
- Tá maluca? - Perguntei soltando a mão de Kennedy e me aproximando dela e a separando da criança.
- Maluca tá você de está se metendo em uma coisa que você não tem nada haver - Rebateu - Agora me dá meu filho - Falou tentando puxar o menino que se escondeu atrás de mim.
- O que ele fez pra merecer um tapa na cara? Essa criança tem quantos anos? 5? - Perguntei e ela nervosa tentava puxar a criança e acabava arranhando ela. Dei um empurrão fazendo ela cambalear para trás.
- Já falei pra tu não se meter - Veio pra cima de mim com tudo e eu a empurrei novamente a fazendo cair de bunda no chão.
- O que você fez meu amor? - Perguntei para a criança.
- Eu só queria ficar blincando no parquinho tia - Respondeu chorando.
- Quer bater em alguém, então bate em mim - Falei indo pra cima dela . - Vem.
- Já falei...
- Cala a porra da boca - A interrompi - Olha pra essa criança, teu filho cara, você não pode bater nele principalmente na cara só porque a criança queria brincar. Se você tá com problemas guarda pra si, não desconta na criança, ele não tem culpa, ele não pediu pra nascer. - Ela começou a chorar.
- Eu, eu... - Tentou falar.
- Não faz isso com teu filho, não faça ele ter medo de você e futuramente raiva. Você não sabe o quanto tem pessoas por aí querendo ter um filho e não podem. - Falei mais calma - Se eu ficar sabendo mais uma vez que você está fazendo isso com essa criança, eu vou chamar o RD pra fazer o mesmo com você ou pior. - Falei bem séria e ela assentiu com a cabeça ainda chorando.
Ela se levantou e estendeu a mão para a criança que recuou, me virei para a criança abaixando em sua frente, olhei para a mulher que abaixou junto.
- A mamãe não vai mais te bater tá bom? Ela ama muito você e sabe que você é uma criança linda que merece todo amor do mundo. - Falei e a criança me abraçou, me fazendo sorrir. - Agora dá um abraço na mamãe que ela tá precisando - Incentivei e ele foi.
- Obrigada - Ela falou me encarando.
- Seja uma boa mãe - Acariciei seu ombro e me levantei e cacei Kennedy que estava fumando. encostado na parede.
Um garoto correu até ele e lhe deu abraço depois saiu correndo. E aproximei dele e o encarei.
- Instinto materno foi? - Perguntou e depois soltou a fumaça da boca.
- Só não gostei dela bater na criança no meio da rua principalmente no rosto e se você souber o motivo vai querer dar uns cascudos nela.
- Você é contra bater? - Perguntou.
- Depende da situação, um tapa, uma chinelada na bunda as vezes não faz mal. - Ele fumou uma última vez e jogou o cigarro no chão pisando em cima - Sei que cada mãe tem sua forma de criar, mas ela exagerou e sabe disso. E eu não passo pano pra atitude errada.
- Só não vai se meter toda vez, se vê algo errado ao extremo conta pra mim e eu falo com RD e a gente resolve essas paradas. - Segurou em minha mão e voltamos a caminhar.
- Pode deixar meu patrão - Falei brincando e ele sorriu.
Chegamos no restaurante e jantamos com direito a sobremesa, andamos um pouco pelo morro e depois fomos para casa.
- Meu Deus - Falei colocando a mão na cabeça.
- Colfoi? - Kennedy perguntou.
- Eu ia para igreja hoje - Falei e ele me encarou séria.
- Faltou a igreja para fornicar, que feio Luria. Tem vergonha na cara não parceira? - Perguntou na maior cara de sonso possível.
- E você não fez nada né. Santo do pau oco.
- Que isso jamais pô. Tô só pronto pra outro round se tu quiser - Falou e eu gargalhei.
- Não cansa né? - Deitei minha cabeça em seu peito.
- Com uma mulata dessa tem nem como parceiro, gostosa pra caralho - Falou. - Nós tem que casar logo pô.
- Vivemos como casados meu bem. - Falei.
- No papel pô, tudo certinho conforme a lei rapá.
- Não me lembro de ter sido pedida nem em namoro, imagine em casamento - Dei de ombros e ele me encarou sério. - Sem pedido sem priquito - Brinquei e ele se ajoelhou na cama rapidinho me fazendo gargalhar, ele gargalhou junto e me derrubou na cama subindo em cima de mim.
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Heroína
Teen FictionPela brisa se encantava e para fugir da realidade deu ali uma tragada, e desde então a dependência é sua nova caminhada, fizeram o ruim, pior está, uma pessoa tão incrível foi cair nessa roubada. O livro contará a história de Luria, que entrou no m...