Sessenta e Três

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Luria Narrando

Estava assistindo um filme pelo celular quase cochilando quando começou o tiroteio, me levantei desesperada caçando um lugar para me esconder.

Foi aí que me lembrei que eu estava dentro de uma casa, a minha casa por sinal, respirei aliviada e acabei sorrindo da minha doideira.

As lembranças de quando eu me escondia dentro dos containers de lixo só para não correr o risco de morrer por uma bala perdida me invadiram e eu de imediato me lembrei de Nina, minha amiga.

Que saudades das nossas loucuras, o que restou foi só as boas memórias, porque infelizmente não podemos voltar no tempo e reviver os momentos.

Decidi ficar no quarto mesmo, o barulho de tiros se aproximava cada vez mais e me causava arrepios. Me lembrei que Kennedy, Lelek estão nessa guerra e pedi para Deus proteger eles.

Sei que a vida que eles levam não é um exemplo e nem certa, que os caminhos que o destino tem para eles não é bom. Mas isso não quer dizer que eles são pessoas más os tempo todo, eles são quando precisam ser para sobreviver.

Não apoio o que eles fazem, porém também não critico e não me envolvo no "trabalho" deles , cada um sabe o que faz da vida e o que faz para sobreviver ou por prazer.

Cadeia alimentar dos traficantes é matar ou morrer.

Os tiros não paravam, não conseguia ouvir o som que meu celular transmitia de tanto barulho, então decidi tentar dormir, quando estava quase cochilando ouvi um estrondo que parece ter vindo daqui de casa.

Ah meu Deus, o que será que foi agora, ouvi passos rápidos se aproximando e me joguei da cama caindo do chão.

Os passos pararam e eu olhei de baixo da cama conseguindo enxergar um par de pés, estava curiosa mas ao mesmo tempo com medo.

- Luria? - Ouvi alguém sussurrar e levantei da cama encarando Kennedy, ela estava ofegante, com colete, duas armas na cintura e uma metralhadora na mão. Ele percebeu meu olhar - Foi mal pô, vou jogar elas ali atrás do muro pra não deixar aqui na tua casa. - Foi saindo.

- O que aconteceu?  - Perguntei quando ele voltou.

- Fui encurralado pô, quase que eu morro, os inimigo tão tentando tomar o morro.- Explicou.

- Pensei que era polícia - Falei o olhando pro completo vendo se ele estava bem e sem nenhum machucado, encontrei só uns ralados na perna. - Você tá bem?

- To pô, de boa mermo. - Falou. - Só me ralei na hora que pulei o portão e entrei pela janela da cozinha.

- Ainda bem - Respondi - Bem no aniversário da sua mãe em. - Falei olhando o relógio e já marcava 3 horas da manhã.

- Foda demais esses bagulhos, mas de noite eu vou agradar ela, dar aquela moral tá ligada.

- Acho bonito você fazer isso, enquanto muitos fazem para amantes e não tem coragem de fazer para mãe, a que merece de verdade toda e qualquer surpresa.

- Esse papo aí mermo. - Falou e me encarou, ele tirou seu olhar de mim quando seu radinho não parava de apitar.

Ele tirou da cintura e aumentou o som.

- Colfoi, alguém viu o mano Kennedy? Mano sumiu parceiro

Fala aí parceiro, tô mocado (escondido), quase levo a pior com os buceta, eles iam me ganhar e eu caí pra dentro de uma goma pô, mas já tô voltando pra ativa.

Pode ficar sussa aí parceiro, tamo botando esses buceta pra correr, aqui não seus fela da puta. - Gritou a última frase.

Kennedy trocou mais algumas palavras e depois desligou o radinho.

- Você não me disse o recheio do bolo da sua mãe.

- Chocolate com morango - Respondeu e eu assenti com a cabeça.

- Tu não quer tomar uma banho não? Deve estar todo suado - Falei e ele assentiu.

- Pô, não tenho outra roupa tá ligada, aí fica foda - Falou coçando a nuca e eu decidi dar um incentivo.

Peguei a camisinha que eu tinha guardado sem ele ver, depois tirei minha blusa e meu short enquanto ele me encarava. Como estava sem sutiã fiquei apenas de calcinha na sua frente.

- Uma pena não é, porque eu adoraria tomar um banho com você. - Falei e passei a mão por seu peitoral, depois passei por ele e fui em direção do banheiro, liguei o chuveiro e entrei de baixo, foi questão de segundos para eu sentir braços rodeando minha cintura.

Me virei de frente pra ele mordendo sua boca, ele sorriu e deu um beijo no meu pescoço, eu já sentia sua ereção na minha barriga.

Peguei em seu queixo e iniciei um beijo bem demorado e gostoso, cada um explorando a boca do outro da melhor forma, paramos o beijo e eu abri a camisinha que estava em minha mão, empurrei ele na parede e desenrolei ela em seu pênis.

Em seguida pulei em seu colo, ele de imediato deu um tapa na minha bunda, comecei a beija-lo novamente, não demorou muito para eu sentir ele me penetrando, Kennedy me virou me fazendo ficar com as costas na parede, pegou velocidade e começou a meter rápido, mordi meu lábio enquanto gemia em seu ouvido falando putarias pra atiçar mais ele.

Depois de um tempo trocamos de posição comigo empinada apoiando no box e ele no comando puxando meu cabelo e batendo na minha bunda. Nem gosto. Por fim ele gozou, se lavou, pegou a toalha que ele usou da outra vez e saiu do banheiro.

HeroínaWhere stories live. Discover now