Cento e Quatro.

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Luria Narrando.

Minha fé, não está firmada, nas coisas que podes fazer, eu aprendi a te adorar pelo que és.

Fechei os olhos cantando o louvor com a mão no coração. Eu sentia uma vontade enorme de chorar,

Toda vez que venho na igreja parece que eu sinto vontade de me aliviar, de chorar o que não chorei, eu me sinto abraçada, frágil, é uma nostalgia total.

Me ajoelhei e abaixei a cabeça me permitindo chorar.

- Eu não sei qual teus planos para minha vida Deus, mas acredito e tenho fé no senhor que são os melhores. As vezes temos que cair para levantar, que passamos por lições para aprender. Só te agradeço, pela vida, pela saúde,  pela loja - Senti Kennedy segurando minha mão - Pelo anjo sem asas que o senhor me enviou, ele me faz fornicar, mas o senhor perdoa né? - Gargalhei junto de Kennedy.

Senti uma mão na minha cabeça e olhei para Kennedy que sussurrou " pastor" e eu fechei os sorrisos e me atentei no que ele iria falar.

- Deus jamais colocará um obstáculo na sua vida se você não for capaz de vencer ele. Não se fustre com ele por não ser capaz de ser mãe, antes uma esterilidade do que uma doença que te tire a vida não é? Tenha fé - Apenas assenti com a cabeça me permitindo chorar

(...)

- Foi tão bom né - Falei com Kennedy que mordia seu hambúrguer, o segundo da noite para ser mais exata.

- Daora pô, é massa ir, nós sai de lá aliviado. - Respondeu enquanto eu tomava um gole do refrigerante.

- Renovados bem dizendo - Sorri - Sua mãe não quis ir né? - Perguntei.

- Tu bota fé que dona Maria tá de rolo com um véi - Falou me encarando.

- E você como reagiu? - Perguntei curiosa.

- Pedi pra conhecer né, pra vê direitinho se o cabra presta pô, pode ter vacilação com minha coroa não. - Respondeu tranquilo.

- Nenhum ciúmes? - Perguntei.

- Ter tem né, mas tenho que respeitar as escolhas dela. Não vou bancar de louco com ela, ela é muito só, as vezes faz bem uma companhia.

- Que orgulho desse bebê gente - Falei apertando a bochecha dele.

- Bebê quer mamar - Falou apertando meu seio com gosto,  todo descarado e eu gargalhei, tirando a mão dele do meu peito.

- Estamos na rua menino, me respeita, descarado - Bati na mão dele - Sabe uma coisa que eu não faço tem tempo?

- Solta.

- Ir a praia, sei nem como é a sensação, nem me lembro do barulho do mar mais.

- Vamo agilizar esse evento pô, fica sussa - Respondeu e eu sorri selando nossos lábios.

- Não tem ficha suja não né? - Perguntei.

- Não e se tivesse também era só não ter flagrante que tava tudo certo. Agora se eles soubessem meu serviço era outro bagulho.

- A gente vai pegar ele. Porque ele é mal - Fiz careta apontando para ele,  imitando o menino do vídeo fazendo ele sorrir.

- Palhaça - Falou e eu dei língua para ele. - Vem cá - Bateu em seu colo , eu me levantei e fui.

Abracei seu pescoço e fiquei o encarando, ele deu um beijo em meu ombro e eu continuei o encarando.

- Colfoi pô? Sei que sou bonita pá porra. - Se gabou.

- É que eu amo você sabe - Falei e ele parou me encarando e aproximou seu rosto do meu pescoço.

- Também amo tú - Falou e me abraçou forte.

Estávamos indo para casa quando vimos dona Maria andando com um senhor de mãos dadas. Assim que Kennedy viu me puxou para irmos na direção deles.

- De qual foi. Quem é esse vacilão que tá com tú? Vou passar ele agora parceira. - Soltou da minha mãe e foi indo pra cima do cara com a mão na cintura. Segurei o riso e o cara se afastou pra trás negando com a cabeça rapidamente.

- Kennedy - A mãe dele brigou com ele que parou e começou a sorrir, sorri junto.

- Fala aí parceiro, sou Kennedy, filho da dona Maria - Estendeu a mão como se não tivesse feito nada.  Ele pegou na mão de Kennedy e se apresentou, nome de Geraldo. Ficamos os quatro conversando, ele parecia ser muito gente boa, depois de marcarmos um almoço com eles fomos para casa.

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+ 100 comentários.

Amores me desculpem a demora mas está tudo muito corrido pra mim. De verdade. Bebê aprendendo a andar, casa, faculdade(reta final graças a Deus).

Vou tentar finalizar a história o quanto antes para vocês.

Tenho ideias já para outra história, mas acho que não vai dar, porque eu vou demorar muito a postar para vocês e eu acho tão ruim esperar. Não sei vocês.

HeroínaWhere stories live. Discover now