Oitenta e Nove

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Luria Narrando. 

Terminei de colocar os bolos no potes na vitrine, fui para a frente e ela estava linda, repleta de doces e alguns salgados. Sorri batendo palminhas e conferi se as bebidas do freezer estavam geladinhas. 

Eu estava muito emocionada, mas muito que nem chorar eu conseguia.

Daqui a meia hora eu iria abrir a loja, que eu nomeei como Charme de Brigadeiro, já tinha banner e cartõezinhos para entregar para os clientes. Mais pela frente tenho planos para trabalhar com entregas.

Tirei uma foto e postei no Instagram da loja.

Entrei em casa e tomei um belo de um banho bem rapidinho, coloquei uma blusa branca e uma calça jeans, nos pés uma sapatilha, aproveitei para lanchar

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Entrei em casa e tomei um belo de um banho bem rapidinho, coloquei uma blusa branca e uma calça jeans, nos pés uma sapatilha, aproveitei para lanchar. 

Terminei e fui para a lojinha, como eu estaria recebendo e entregando doces, coloquei uma touca e deixei as luvas de prontidão, tudo na higiene. 

Eu estava com minha barriga doendo, vontade de ir ao banheiro, tudo isso por conta do nervosismo. 

Já havia algumas pessoas na porta, porque distribuí vouchers de desconto pelo morro e divulgamos bastante a inauguração. Deu a hora eu abri o portão e as pessoas foram entrando observando o lugar, algumas pessoas foram direto para a vitrine. 

- Olá. Bom dia. Em que posso ajudar? - Perguntei com um sorriso no rosto atendendo meu primeiro cliente. 

E assim fui atendendo cada cliente que chegava na hora, fechei para almoço e depois abri a loja novamente.

- Fala ai pedrita - Kennedy chegou e eu sorri para ele. Ele dormiu aqui comigo essa noite e me ajudou na produção das coisas, muito maravilhoso né non. 

- Oi Kenny - Abracei ele dando um selinho nele aproveitando que não tinha cliente. 

- E aí como está o movimento? - Perguntou. 

- Ótimo graças a Deus - Falei e peguei um bolo de chocolate com morango entregando pra ele. 

- Porra, valeu mermo pretinha - Falou pegando a colher e já abrindo o pote. - Se liga - Falou colocando uma colherada na boca. - Se algum dia tiver invasão e você tiver na loja, fecha ligeiro e corre pra dentro de casa morô? - Falou e eu assenti com a cabeça.

- Mas e se tiver cliente. - Perguntei abrindo a boca para receber uma colherada de bolo. 

- Deixa dentro pô, não vai botar a galera pra correr e levar bala perdida né garota - Assenti com a cabeça e ficamos conversando, logo as pessoas vinham chegando e eu atendia, ele voltou pro movimento e eu continuei na loja, Keise e Lelek chegaram de mãos dadas e eu bati palmas fazendo eles sorrirem. 

- Finalmente em gente - Coloquei as mãos na cintura. 

- Acredite, ela me forçou - Falou e Keise deu um tapa nele. - Para rapariga - Gargalhei negando com a cabeça.

- Nada de brigas na minha loja - Falei. 

- Tua amiga que não sabe se comportar, vou adestrar essa cadela mais tarde - Falou dando um tapa na bunda dela. 

- Au au - Ela latiu e balançou a bunda como se tivesse rabo, eu só sabia sorrir desses idiotas. Eles lancharam enquanto conversaram em uma das mesas.

- Quanto deu aí? – Perguntou Lelek.

- Não precisa pagar não – Falei negando com a cabeça.

- Precisa sim rapá, tu tem que comprar os bagulhos pra produzir – Tirou uma nota de cinquenta da carteira e esticou na minha direção.

-  Se ela não quer, eu quero – Keise disse esticando a mão. – Aceita logo amiga, nós consumimos temos que pagar mulher – Falou me encarando e eu neguei com a cabeça cruzando os braços.

- Quem ta pagando sou eu mulher – Ele falou e ela sorriu piscando pra ele.

- Não faz mais que sua obrigação. Alimente sua mulher e a faça feliz.

- Toma aí pô, na moral mermo. – Neguei com a cabeça e ele colocou em baixo do notebook e puxou a Keise saindo correndo.

Eu não queria que eles pagassem porque já me ajudaram muito até hoje e sei que vão continuar ajudando, por mim eu não cobro nadinha deles, de verdade.

Deu seis horas da tarde, fechei a loja, limpei tudo, quase zero o estoque, eu estava cansada, não nego, mas a felicidade e o sentimento de conquista era maior ainda. 

Estava deitada quando Kennedy chegou mandando eu me arrumar que íamos sair, mesmo cansada assenti com a cabeça e fui me vestir.

*******

Inhai beninas.

O que acham que falta acontecer ainda já história?

HeroínaWhere stories live. Discover now