Noventa e Cinco

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Luria Narrando.

- Só vou te dizer uma coisa - Apontei para ele assim que chegamos em casa - Direitos iguais

- Mas eu só estava conversando com a garota cara - Falou e eu assenti com a cabeça - Colfoi Luria, porra, olha eu...

- Se você estava só conversando tá tentando se explicar porque? Tá todo preocupado porque? Ué gente, não estou te entendendo - Falei - Deixa eu te dizer uma coisa, não nasci pra ser feito de trouxa, sei muito bem o meu valor.

- Caralho Luria, tá fazendo alarde por pouca coisa, eu só tava conversando com a garota pô.

- E quem foi que disse que conversa não tem maldade. Não é na conversa que desenrola os esquemas? Que se marca um encontro?

- Luria na moral, não tinha maldade nenhuma.

- Se eu sair dizendo que vou comprar uma coisa e demoro e  quando tu chega vê que o motivo é porque eu tô de papo com homem tu vai gostar? - Ele se calou - Ainda mais um homem que eu já tinha ficado?

- Ela só quer amizade - Respondeu e eu sorri sarcástica.

- Amizade depois de ficar? Aí que lindo, bela amizade - Bati palmas - Me poupe Kennedy, vai ficar lá com sua amiga e me deixa em paz. Mas depois só não reclama.

- Puta que pariu mermão, que desgraça.

- Já foi? - Perguntei e ele me encarou sério e depois saiu batendo a porta.

- Primeira vez que vacilo contigo Luria e tu tá desse jeito - Falou calmo.

- E eu tenho que deixar passar pra tu fazer de novo? - Coloquei as mãos na cintura e ele coçou a nuca.

- Vou pra casa jaé? - Assenti com a cabeça e ele veio me dar um beijo na boca e eu virei a bochecha - Oh mulher braba da desgraça - Falou saindo e eu sorri baixinho.

(...)

Me olhei no espelho e dei uma voltinha sorrindo, hoje eu iria para o baile, havia mudado um pouco o visual e Kennedy não havia visto ainda.

Ele não voltou depois da briga, apenas mandou mensagem, perguntou se eu ia ao baile, confirmei porém disse que não ia com ele.

Eu vou com Keise, que por falar acabou de me gritar. Peguei o dinheiro e saí de casa trancando.

- Eita que arraso, adorei amiga - Falou e eu sorri dando uma voltinha pra ela que bateu na minha bunda.

- Vamos? - Falei e ela assentiu, comecei a andar e ela me puxou - O que foi?

- Tô com a moto do Lelek fia, - Apontou para a moto montando, peguei o capacete e montei atrás dela.

Rapidinho estávamos no baile, pegamos nossa cerveja e ficamos no mesmo canto de sempre. Logo RD chegou mais Lelek.

- E aí? Tá dando bom lá na confeitaria? - RD perguntou me cumprimentando com um beijo na cabeça, falei com Lelek e me virei pra ele.

- Graças a Deus, direto tu manda gente ir lá buscar né - Respondi e ele assentiu com a cabeça

Engatamos em uma conversa sobre assuntos aleatórios, Kennedy chegou e eu fingi que nem estava vendo e continuei conversando.

Sim, eu estava fazendo a mesma coisa que ele fez comigo, porque a maioria dos homens só aprendem quando passam pela mesma coisa que já passamos.

RD ficou me falando da Myllena, o quanto sentia falta e tudo mais, aproveitei pra passar umas na cara dele também, porque ele que vacilou e feio. Logo alguém chamou ele e ele se despediu e saiu.

- Conversa tava gostosa né - Kennedy chegou na minha frente me encarando sério.

- Oi amor, nem te vi chegar - Sorri para ele que continuou me encarando sério. - Respondendo a sua pergunta, estava tão gostosa quanto a sua com a garota do mercado. - Dei um gole terminando minha bebida e me saí para comprar outra.

Voltei para meu lugar e Keise me chamou para dançar, ficamos curtindo, as vezes olhava Kennedy de rabo de olho com o boné tampando os olhos

Ele todo sério na dele, hora ou outra  bebericava sua bebida, tava lindo esse sem vergonha, vontade de agarrar e dar uns beijinhos, mas vou deixar ele de castigo um pouquinho.

HeroínaWhere stories live. Discover now