Setenta e Cinco

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Luria Narrando

Kennedy não tirava o olhar do meu e eu não tirava o olhar dele, respirei fundo e desviei o olhar para fixar em qualquer lugar do baile e acabei pensando um pouco. 

Será que tá rolando sentimento e ele já está tão aflorado que as pessoas que eu fique perdem a graça e eu só vou encontrar ela nele.

Sentimento é um negocio esquisito né, ele chega sem avisar, vai crescendo e quando a gente vê ele já está batendo em nossa cara não nos dando oportunidade de correr dele. 

Ainda bem que esse sentimento é esperto e escolheu alguém gato, bom de cama e de coração, bom pelo menos comigo, me ajudou desde que eu fui internada, por mais que as vezes pareça um touro bravo, ah desgraçado. 

Mas vamos disfarça e fingir que isso e alucinação de bêbado, pelo menos por hoje.

Olhei para Guilherme que me encarava confuso. 

- Olha meu bem, muito obrigada pelo interesse na dama que sou, porém não rolou sabe - Alisei seu rosto e ele sorriu nervoso, me afastei dele e saí andando mas senti alguém puxar meu braço com força, respirei fundo e era Guilherme.

- Se acha demais você né, você teve foi sorte que eu te quis drogada de merda. 

- Não amor, eu era drogada de pedra mesmo, de merda deve ser você porque o mau halito está grande - Fiz cara de nojo e abanei a frente do meu nariz. - Cruzes. 

- Sua vagabunda, você vai ver... - Não esperei mais nada e dei um chute em seu saco o fazendo soltar meu braço de imediato e colocar as mãos no local. Peguei uma bebida de alguém que passava e joguei em sua boca que estava aberta por conta que ele gritava. 

- Lute como uma garota - Falei para mim mesma e sorri saindo de perto dele. 

- Amiga, amiga - Lelek falou assim que eu cheguei perto dele e começou a passar a mão pelo meu cabelo, sorri negando com a cabeça. 

- Arrasou vinhada - Keise chegou, Mylena não estava mais perto - Ia lá dar na cara dele mas você foi mais rápida, que orgulho - Me abraçou me apertando, me soltei dela e tomei o copo de cerveja dela ouvindo ela resmungar e tomar o do Lelek que teve que ir buscar outro. 

Logo começou a musica da tropa e eles foram no trenzinho, quando Kennedy passou joguei meu cabelo na cara dele sabendo que ele odiava isso, ele grudou no meu cabelo e me fez ficar cara a cara com ele naquela pegada, ai gozei. 

- Depois nos conversa - Falou sério e eu mandei beijo pra ele que soltou meu cabelo e saiu acompanhado a tropa.

Tomei um gole da bebida e voltei a balançar meu corpo no ritmo da música pensando um pouco.

O ser humano é um negócio esquisito né, quer sempre te colocar pra baixo com coisas que você fez no passado.

Não tenho vergonha de ter sido uma usuária de drogas e jamais terei, foi uma fase ruim da minha que eu consegui superar graças ao pai.

Balancei minha cabeça saindo dos pensamento e Kennedy estava na minha frente.

- Vem sentando rebolando, sem sentimento, não vou me apegar, até pode me tirar da sua vida, mas meu pau não vai abandonar - Ele cantou me encarando e segurou meu queixo deixando nossos rostos quase colados.

Gargalhei e ele semicerrou os olhos  me encarando. Quando eu ia abrir a boca para responder RD chamou ele e ele foi falar com o mesmo.

- Que pena que acabou a gente, mostra que tá com saudade, vem sentando, vem sentando vem, se acabou o amor que seja eterna a sacanagem - Keise cantou gritando - Bora amiga - Matei a cerveja e coloquei o copo dela por cima do meu. Fiquei atrás dela segurando sua cintura e começamos a dançar fazendo trenzinho.

Mylena voltou toda descabelada e com o batom todo borrado e segurou na minha cintura já dançando.

Saímos dançando pelo baile dando aquele rolê, teve uma hora que puxaram um fio do meu cabelo mas eu segui o rumo com as meninas.

Quando olhei pra trás tinha altas garotas no trenzinho, paramos no meio do baile e fizemos uma rodinha, uma a uma entrava na roda e dançava a gente aplaudia e gritava.

Keise me puxou pra rodinha quando ela ia saindo, gargalhei e fui mexendo a bunda no ritmo da batida, finalizei com um quadradinho e saí puxando uma menina a qual não conhecia pra rodinha.

Senti vontade de ir ao banheiro, avisei as meninas e nós três fomos, decidimos ir no beco, eu fui a última a fazer xixi, balancei a bunda para os pingos caírem e depois subi a calcinha e o short e desci o vestido.

- Colfoi garotas, posso bater um papo cá amiga de vocês? - Kennedy chegou, as meninas assentiram e saíram, me aproximei dele e nós saímos do beco nos afastando do baile.

Ele se encostou em um carro e eu me encostei do seu lado. Decidi fazer um teste.

- Você já ficou com mais de uma em uma noite? - Perguntei e ele assentiu. - Então não tem problema - O puxei pela camisa fazendo ele ficar na minha frente e iniciei um beijo.

Logo senti a língua e os lábios de encontro com os meus, nos brincávamos com a língua um do outro, chupei e mordi o lábio inferior de Kennedy fazendo ele sorrir, voltamos a nos beijar e ele mordeu minha língua de leve, nos separamos por falta de ar.

- Tô fudida - Falei percebendo que o único beijo teria graça pra mim era o dele.

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Oi mozamores ❤️

HeroínaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant