Sessenta e Sete

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Luria Narrando.

- Eu também me lembro da senhora, acho que foi a senhora que meu deu comida quando eu estava sentada na sua calçada. - Lembrei.

- Nossa, como você mudou, tá linda, graças a Deus você conseguiu sair daquela vida em menina, que benção.

- Verdade, seu filho também me ajudou muito - Falei e ela o encarou sorrindo.

- Que orgulho do meu neném - Apertou a bochecha dele e eu sorri.

- Ah mãe, colfoi, para com esses bagulhos na frente dos outros, é só nos dois no sigilo pô. - Falou e ela sorriu.

- Se ficar com vergonha da mãe, você apanha garoto - Falou e eu só sorrindo desses dois. Uma amiga da mãe dele chamou ela  - Vou ali, mas depois quero saber mais desse negócio que ele te ajudou. - Assenti com a cabeça e ela se foi.

Ajudei o Kennedy a botar o caldo e o cachorro quente na mesa que ele havia colocado no canto da sala e ele falou para o pessoal se servir a vontade, peguei um cachorro quente e um copo de refrigerante e me sentei no sofá, fiquei observando, eram poucas pessoas mesmo, acho que se tinha umas quinze pessoas, tudo mulher.

- É hoje que eu faço um bacanal com essas cocota tudo, rapaz, bagulho vai ser frenético - Kennedy disse se sentando do meu lado, eu que estava tomando refrigerante quase cuspi ele no chão.

- Kennedy respeita as senhoras- Falei dando um tapa em seu braço.

- Ih carai, tem umas coroas que são assanhadonas pra caralho pô, tá sabendo é de nada rapá.

- Ah é, me lembrei que tu já pegou umas coroas, sabe bem do assunto. - Respondi enquanto observava as pessoas no ambiente.

- Ih, colfoi, preconceito zero tá ligada - Respondeu e eu sorri.

- É isso mesmo, se eu arrumar um coroa do meu agrado, pego também.

- Mané coroa rapá, com um novinho desse aqui vai querer porra de coroa pra que mermo. - Me encarou sério, vê se pode uma coisa dessa.

- Sempre bom conhecer novas pirocas more - O encarei sorrindo que permaneceu sério.

- Am, poucas ideias contigo, descarada da porra. 

- Nem vem que sei que tu tem seus contatinhos bebê - Alisei seu rosto.

- E vocês dois já ficaram? - A mãe de Kennedy chegou perguntando.

- Deus me livre - Me benzi.

- Já mãe, amassei ela daquele jeito, cabuloso mermo - Kennedy falou e eu o encarei incrédula. - Não tenho segredo com minha mãe - Piscou pra mim e quis bater nesse inútil.

- Vocês formam um casal bonito - Se sentou do meu lado e eu a encarei.

- E a senhora? Tem seus contatinhos? - Perguntei e ela sorriu .

-  Mané contatinho Luria, papo torto é esse rapá, minha mãe tem essas coisas não.

- Meu filho, se ninguém comer, a terra come - A mãe dele respondeu e ele ficou mais puto ainda, comecei a sorrir da cara dele.

- Se ficar puto é pior benzinho. Tá achando que só você pode desfrutar das coisas boas da vida é? - Pirracei mais e ele ficou com o maior bicão de braços cruzados.

- Já gostei de você - Ela sussurrou sorrindo.

- É recíproco - Respondi.

- Vamos bater o parabéns gente - Ela se levantou e todos fomos para a mesa. Cantamos o parabéns e ela deu o primeiro pedaço para Kennedy que desfez o bico e sorriu com o ato da mãe dele.

Depois o pessoal foi embora e ficamos nos três ajeitando a casa de Kennedy.

- Deixa isso aí pô, eu arrumo amanhã, ideia mermo - Falou enquanto eu pegava o pano e o rodo para limpar a casa, enquanto a mãe dele lavava as louças. - Mãe já falei pá tu deixar isso ai.

Nem dei ouvidos e fui logo passar o pano, a gente terminou e Kennedy foi levar a mãe dele em casa dizendo que era para eu esperar ele. Banquei a desobediente e aproveitei para ir para a minha também.

Cheguei em casa, tirei a roupa ficando de calcinha e sutiã, escovei os dentes, fiz um coque no cabelo e me joguei na cama.

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HeroínaWhere stories live. Discover now