Heroína

Sessenta e Um

Luria Narrando.

Morta estou, não tenho vontade nem de levantar da cama, Kennedy sugou todas as minhas energias noite passada e essa madrugada.

Fomos parar o dia já estava amanhecendo, minha gorete está inchada tadinha, comeu muita calabresa, venhamos e convenhamos que parece mesmo uma calabresa, grossa e grande.

Cara fode bem demais, tô aqui com a bunda toda marca e o couro cabeludo doendo, mas por um motivo bom né.

Eu estava deitada em seu peito, adormeci com ele passando a ponta dos dedos mas minhas costas. O encarei e ele ainda dormia.

Tirei seu braço de minhas costas e fui em direção ao banheiro, fiz minhas necessidades e quando voltei Kennedy já estava a acordado, ele estava com olhos bem pequenininhos de cara inchada.

Sorri para ele que me chamou com a mão e quando cheguei perto ele me derrubou na cama, me fazendo gargalhar.

- Quem mandou tu levantar rapá? - Fez cara séria.

- Ninguém me manda - Respondi e ele se levantou indo até o banheiro, continuei deitada porém me virei de bruços. Só senti o tapa na minha bunda e eu ser virada de frente.

- Filho da puta - Xinguei.

- Respeita minha mãe garota, tá maluca - Puxou meu cabelo - Tu viu o que tu fez na minha barriga e costas?  - Perguntou ele e eu olhei para os arranhões.

- Passa merthiolate que sara princeso - Respondi.

- Mané princeso rapaz, ó as idea torta. - Procurou sua camisa e jogou no ombro, pegou sua carteira e abriu tirando um dinheiro e contando, cerrei meus olhos nele e logo fiquei puta.

- Se for fazer o que eu tô pensando, vaza daqui antes que eu te taque o chinelos.

- Ih, tá maluca.  Quem tem que me pagar aqui é você pelo serviço bem feito fia - Falou.

- Não sei que bem feito, serviço da pior qualidade esse. - Retruquei.

- Teu cú - Me deu dedo.

- Pra que esse dinheiro então? - Perguntei.

- Só tô dando o confere pra vê se tu não me roubou mermo - Joguei uma almofada nele que sorriu segurando. - Ou, aniversário da coroa amanhã, quero um kit teu tá ligada? - Ele pegou um panfleto e parou para ler. - Quero esse de vinte pessoas pô, vou ajeitar um bagulho massa pra ela que ela merece.

- Qual tema? - Perguntei.

- Ih pô, faz o bolo com decoração de flor mermo e jaé - Assenti com a cabeça.

- Tá ok - Me levantei da cama e ele me estendeu o dinheiro. - Me paga quando vier buscar que é melhor. - Falou e ele deixou o dinheiro em cima da mesa.

- Pago na hora que eu quiser parceira. - Falou se aproximando.

- Tá cheio dos querer hoje né gatinho, vai com calma - Falei.

- Calma não, bagulho é ser rápido e forte mermo - Puxou meu cabelo e chupou meu lábio inferior, depois selou nossos lábios. - Tô indo, valeu mermo aí pela noite, bagulho foi mil grau.

- É nois parceiro, qualquer coisa tamo ae tá ligado, vinte e quatro por quarenta e oito - Gastei e ele sorriu de lado.

- Brinca muito, mas é isso mermo - Assenti com a cabeça.

- Vou te levar até a porta - Falei e fui andando com ele até a porta. - Tchau Kenny - Me virei pra ele que agarrou minha cintura e eu rodei meus braços em seu pescoço.

- Tchau tchuca - Depositou um beijo em minha boca e eu sorri.

(...)

Depois que Kennedy saiu eu me deitei para tentar dormir mais um pouco, mas eu não consegui, então tomei um banho e fui fazer meu almoço e meus bolos de hoje.

Olhei meu zap e havia uma encomenda para hoje, fiz os salgados e guardei a massa para fritar perto do horário da moça vir buscar.

Assei o bolo, molhei e recheei e deixei para decorar mais tarde porque o chantilly para bater tem que estar bem gelado.

Terminei os bolos no pote e fui na rua vender. Cheguei em casa e tinha um ser na minha calçada.

- Inhai bicha - Falou Keise se levantando, abri o portão e entramos. - Hoje temos compromisso.

- Eu tenho mesmo, uma encomenda - Falei e ela fez cara de tédio.

- É a noite toda? - Perguntou colocando a mão na cintura e eu neguei com a cabeça - Então pronto.

- Vai ter o que mesmo? - Perguntei indo para o banheiro - Vem pra cá que vou banhar, tô toda suada de descer e subir ladeira. - Avisei e ela sentou no vaso enquanto eu me despia dentro do box.

- Vai ter um furdunço na praça e claro que vamos bem lindas e belas né migles - Falou. - Mas me conta, como foi a noite?

- Foi ótima.

- E a piroca como é ? - Perguntou.

- GG ( grande e grossa) - Fiz uma menção do tamanho e ela pôs a mão na boca arregalando os olhos.

- E como foi lá com Kauê? - Ficamos conversando até eu terminar o bolo, fritei os salgados e enrolei os docinhos com ajuda de Keise.

Depois que a mulher veio buscar, fui me arrumar enquanto Keise foi para casa se arrumar também.

Quando ela chegou pedi pra ela tirar uma foto, postei no status do WhatsApp e nós fomos para a praça.

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Acham que está na hora de ter ciúmes?

Que venha da parte de quem primeiro?