Cinquenta e Dois

5.4K 619 83
                                    

2/3

Luria Narrando.

Eu estava levemente alterada. Antes da Keise chegar estava atiçando o Kennedy, mas quando ela chegou fiz a mona monga.

Ela sabe sim que eu já fiquei com ele, mas não gosto muito de ficar de graça com ele, com ela por perto porque ela vai ficar repetindo as frases que eu falei na cara dura, porque a bonita não tem trava na língua e nem vergonha na cara.

Não vou mentir que eu estou na vontade dele, acho que já estou até virgem de novo do tanto de tempo que estou sem fazer nada.

Ai o ser humano, no caso eu, bebe e fica viçando igual cachorra no cil. Olho pra cara séria desse traste chega a gorete pisca. Me amarro demais nessa postura toda dele, serinho demais.

(...)

Já estava amanhecendo e a gente no bailão intactos, um pouco mais alterados do que já estavamos.

Tô me achando até forte para bebida, pensei que ia sair daqui carregada de dar pt, mas é porque eu estou só na cerveja de leve.

Quando o copo esvazia Kennedy vai buscar ou manda eu buscar, não quis aceitar de início até porque não gosto de ficar nas custas dos outros.

Ele insistiu e fizemos um trato que na próxima eu vou ser a que vai pagar.

Kennedy estava até mais soltinho, balançando mais o corpo. Eu já tava com cabelo amarrado. Ainda bem que vim de rasteirinha, não sei como tem mona que vem de salto alto.

Se essa rasteirinha me machucar eu arranco ela dos pés facinho, tem água que lava o pé sujo mesmo, tenho vergonha de nada. Vergonha é ficar aceitando dor pra se amostrar.

Keise e Lelek tinham saído de fininho, esses dois é fogo demais. Espero que nenhum deles saiam queimados dessa, porque gosto dos dois demais.

- Quando eu te pegar daquele jeito, cê vai querer voltar - Kennedy cantou me encarando e dançando - Eu sou suspeito pra falar, mas que o serviço é bem feito é. - Deu um sorriso safado, comecei a dançar do seu lado e ele veio pra trás de mim sarrando na cara dura mesmo.

Coloquei a mão no joelho agachando e comecei a rebolar acompanhando seu ritmo, colocou uma mão na minha cintura enquanto a outra segurava o copo. 

Ele apertou minha cintura e eu sorri de lado, tirei a mão do joelho ficando de pé, continuei dançando com ele, tomei um gole da cerveja,

Senti seu volume sobre minha bunda e engoli em seco, aí cara na moral, isso acaba comigo, tô piscando por esse garoto.

Ele passou os dentes por meu ombro de leve me fazendo ficar arrepiada, me virei pra ele o encarando.

- Se não vai comer, não tempera, pelo amor - Eu mal conseguia ver seus olhos por causa desse boné, fico agoniada com isso, subi um pouco seu boné e seus olhos estavam bem pequenininho.

- Minha mãe me ensinou que as vezes temperar bem antes de comer, pega mais sabor tá ligada - Respondeu e eu semicerrei os olhos nele. - Ainda mais quando a gente quer muito comer tal coisa pô.

- Aê Luria - Olhei para trás e era RD - Preciso bater um lero contigo.

- Oi, pode falar. - Me virei para ele.

- É que nós fez o desenrolo da casa tá ligado e eu me lembrei que tem a casa onde seus pais morava pô, a casa é tua por direito. - Engoli em seco, eu não queria voltar para lá, foi lá que meu pai tentou me estuprar pela primeira vez.

- Não, não - Falei - Prefiro ficar naquela que a gente fechou negócio mesmo.

- Faz troca uma na outra então - Kennedy falou.

- Pode ser? - Perguntei para o RD que assentiu, fiquei muito feliz, porque realmente eu gostei daquela casinha e não vou precisar pagar o financiamento dela, o que vai me ajudar muito na produção. - Então tu vai me devolver o dinheiro que te paguei ontem né?

- Amanhã mando um moleque entregar pra tu morô? - Assenti com a cabeça.

- Tá bom, obrigada. - Agradeci.

- Cuidado em amiga, ele é brocha - Encarei a menina e era a ex mulher dele, se não me engano Myllena, Keise havia me mostrado ela, Keise é doida pra pegar o RD também, maria fuzil declarada.

- Mas não foi isso o que aconteceu ontem a noite - Keise falou, não vi nem da onde essa garota surgiu. - Né gatinho. - Piscou pra RD.

Tava só pirraçando a Myllena, porque ontem ela estava bonitinha lá em casa.

Alguém que arregalou os olhos foi Lelek, me deu vontade de sorrir mas eu mordi o lábio segurando o riso.

- Tu não vale nada mesmo Ruan - Myllena falou brava. - Diz que tá sofrendo e está desse jeito.

- Meu choro é pelo gozo - Respondeu a pirraçando de novo.

Eles começaram a discutir e eu me afastei e fingi nem estar vendo.

- Amiga vamos? - Keise chamou e eu assenti com a cabeça. - Tchau RD - Aproveitou pra tirar uma casquinha, vale nada essa garota.

Dei tchau pro Lelek e por fim pro Kennedy.

- Tchau traste - Abracei ele.

- Tchau pedrita - Respondeu e eu sorri, me afastei e dei um beijo no canto da sua boca, que o fez sorrir de lado.

Depois pegamos o bonde pra casa, chegamos, eu ainda banhei pra dormir, Keise só capotou na cama e já era.

HeroínaWhere stories live. Discover now