Trinta

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META: 100 COMENTÁRIOS.

Se liguem na meta, não vou tirar e publicar o cap de novo para vocês atingirem a meta, lembrem-se que só depende de vocês.

Luria Narrando.

- Tô ligado pô, mas sempre que der na telha, vou vir aqui vendo de qual é memo.

- Obrigada - Falei  e em seguida dei um tapa nele.

- Aí porra, colfoi cara? - Perguntou passando a mão aonde bati.

- Isso é por ter batido no Alazão, não bata nos animais.

- Eu bati devagar pô, foi só pra assustar ele mermo.

- Nem devagar, rum - Resmunguei - Você já almoçou? - Perguntei.

- Pô, comi uma marmita, mas tem rango aí? Se tiver tem espaço aqui - Passou a mão na barriga e eu sorri.

- Vamos lá no refeitório - Fomos para lá andando e ele observando,  tudo. Apontei para a mesa onde se serviam e ele me encarou - Que foi?

- Tu não vai comer não pô? - Neguei com a cabeça.

- Eu já almocei sozinha lá dentro do refeitório, pensei que não viria ninguém - Dei de ombros - Vai lá que eu vou me sentar ali - Apontei para uma mesa vaga ao fundo - Para te esperar - Ele assentiu e foi. Fui para a mesa e me sentei.

Fiquei observando as pessoas ao redor até encontrar com o olhar de Keise que me encarava curiosa, neguei com a cabeça e dei língua pra ela que sorriu.

- Boto fé que vou me internar também, rango mó dahora fi. - Disse dando uma colherada e eu sorri.

- Eu quando entrei aqui, pensei que ia ser igual comida de hospital, sem sal sem nada, mas é muito é gostosa - Comentei o observando comer.

- Papo reto, vou vir toda visita só pelo rango - Semicerrei os olhos nele e o chutei por de baixo da mesa.

- Ih, colfoi, tá mandada, comer é vida rapá - Sorriu. - Mas em, o que tu faz por aqui?

- Transo com a amiguinha - Falei séria, ele engasgou com a comida me fazendo gargalhar, me levantei dando um tapa em suas costas.

- Devagar desgraçada - Falou se recuperando e eu sorri mais ainda.

- Tava só brincando, eu malho, ando a cavalo, assisto televisão, pinto...

- Você pinta com meu pinto? - Brincou.

- Depende da espessura gatinho, gosto dos pincéis grossos e grandes - Entrei na brincadeira e ele negou com a cabeça com um meio sorriso no rosto.

- Quando você sair daqui não vai falta pra tu.

- Na verdade eu prefiro não pensar no quando eu sair daqui. - Falei esfregando um lábio ao outro. - Lá fora tem drogas, lá fora tem preconceito, você realmente acha que vão querer alguém que se prostituía por uma mísera droga? 

- Quero saber quem nunca errou, quem nunca se prejudicou por um bagulho que queria, ah qual foi, tu não pode se deixar levar por essas ideias não cara. Tu tá limpa? Se preveniu?

- Graças a Deus to limpa e sempre usei camisinha.

- Altas minas dão de graça, tu pelo menos ganhava tua droguinha - Falou me fazendo sorrir.

- O foda vai ser conviver com as drogas tão pertos, fora que nem onde ficar eu tenho.

- Não fica pesando a mente não rapá, daqui até lá tem chão e a gente dá um jeito. Agora tu vai ter que aprender a conviver com as drogas tá ligada, não tem jeito, tu tá aqui é pra isso po, aprender a viver sem mermo.

- É verdade, vou aproveitar o hoje, ninguém sabe o dia de amanhã  - Falei pensativa.

- Amanhã é quinta - Gastou e eu o encarei séria enquanto ele gargalhava de minha cara.

- Ha ha ha - Fingi gargalhar e ele sorriu mais ainda. - Tô falando sério.

- Esse papo mermo po - Falou terminando de almoçar e tomar seu suco.

- Tem bolo de sobremesa - Falei. - Cabe ainda?

- Toda hora - Respondeu e eu sorri.

- Vou lá buscar para você, está lá dentro na geladeira - Falei me levantando.

- Jaé. - Fui na cozinha e abri a geladeira pegando um bolo para ele e outro para mim. Assim que fechei Keise estava lá me fazendo levar um susto.

- Ai garota, quer me matar do coração é - Levei a mão no coração.

- Porque tu não me disse que tem um boy ? - Perguntou e eu neguei com a cabeça.

- Ele apenas se responsabilizou por mim, nem esperava que viesse me ver.

- Prevejo babys correndo pela sala de casa - Falou fechando os olhos e estalando os dedos. Bati em sua mão e ela gargalhou.

- Larga de ser palhaça - Sorri junto com ela - Vou voltar pra lá depois a gente conversa. - Avisei e sai andando.

- Gostosona - Deu um tapa em minha bunda e eu sorri.

Entreguei o bolo para ele e ele abriu comendo.

- Porra mó bom esse bolo - Falou de boca cheia.

- Eca - Fiz careta - Falta de educação é essa.

- Ih, vem de frescura não, come aí pá tu vê - Falou.

- Eu que fiz - Falei experimentando um pedaço e realmente estava muito bom.

- Caô cara, manja mermo, botei fé - Falou assentindo com a cabeça.

- Posso te fazer uma pergunta? - Falei o encarando.

- Acabou de fazer - Me olhou sério - Manda.

- Porque leva essa vida?

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Boa noite mores ♥️

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HeroínaOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz