Heroína

Cem

Kennedy Narrando.

Sou maluco na minha preta com os quatro pneus arriados tá ligado, mas na moral, vacilou hoje pô.

Tava lá na moral fazendo um rango e ela chega me machucando, pode não pô, de maneira nenhuma.

Se eu respeito e trato no amor, quero também pô. Sou desses otários que a mulher faz chachota e os cara babam não, jamais pô.

Por isso mandei a real mermo e tô aqui na minha coroa de boa até eu esfriar a cabeça pra nós não se estranhar cabuloso.

Ainda mais depois que aquela imunda fez, tramando logo pra cima de mim pô, nem cola.

Me sentei no sofá com um prato de bolo e um copo de suco enquanto minha mãe me olhava.

- Fala - Falei e ela ficou me olhando.

- Menino você come demais, pelo amor de Deus - Sorriu me fazendo sorrir também. - Não sei como tu não falou a loja da Luria meu filho.

- As vezes eu pego uns bagulhos escondido, mas ela sempre descobre e me coloca pra pagar, aquela descarada - Falei lembrando das vezes que ela vinha perguntar e me pegava na mentira.

- Claro, é o ganha pão dela - Falou e eu dei de ombros comendo meu lanche. Quando terminei decidi dar um peão pela favela pra ver como tá o movimento . - Mãe, valeu aí por tudo, se liga aí em, qualquer coisa me liga. Toma - Tirei 200 reais da carteira e entreguei pra ela.

- Obrigada. - Agradeceu.

- Amo a senhora - Beijei sua cabeça e ela sorriu dizendo que me amava também.

Se declarar e zelar da coroa enquanto tem né.

Chegando na praça vejo uma bola me acertar na perna.

- Aí tio, chuta a bola aí pra nós. - Pediu um moleque, eles estavam na quadra jogando.

- Só se eu puder jogar com vocês - Eles sorriram e eu peguei a bola e fui, logo Lelek chegou e entrou no time deles

- Toca tio - Falou e eu toquei pra ele, ele me devolveu e eu fiz o gol, os moleques do meu time correram e me abraçaram, passei a mão na cabeça de cada um deles sorrindo também.

- Tú e bom mermo tia, valeu - Fez toque comigo e voltamos para ao jogo.

Eu deixava eles fazer sainha em mim e eles ficavam se achando, tentava não usar a força para não machucar eles. Covardia né pô.

Do meio pro fim nosso time ganhou e acabou que eu e Lelek juntou e comprou lanche pra todo mundo, nos sentamos na quadra em círculo  e comemos enquanto os menor batia um papo.

- Ó lá tua namoradinha - Um menor falou e apontou.

- Pelo menos eu tenho e tu que não tem - Falou e todo mundo gastou com o moleque. Sorri negando com a cabeça.

- Ó respeita as mina em. Nada de vacilação - Falei e Lelek assentiu com a cabeça.

- Pode deixar tio - Respondeu enquanto os outros assentiram com a cabeça.

- Tá tudo sussa na casa de vocês?.- Lelek perguntou e eles falaram, alguns estavam precisando de ajuda e nós ia falar com RD, pra ajudar da melhor forma.

- Aí menorzada, tô indo, depois nós marca aquele foot de novo - Falei me levantando - Dá um abraço aqui no tio - Eles correram e me abraçaram. Fiz toque com eles e fui mais Lelek.

Saindo da quadra tinha um grupinho de garotas. Tava tudo me encarando, fingi que nem vi e passei direto.

Não é porque estou brigado com a mulher que vou dar mole pra outras. Isso é coisa de otário.

- Já serve para ser pai. Se quiser me dar de mama eu aceito - Uma garota falou e eu a encarei, era do grupo da otária lá que queria me dá o golpe.

- Só abrir a boca que eu boto o oitão na tua boca e encho de bala - Falei e ela engoliu em seco. Virei meu rosto e continuei a caminhar.

Passei pela boca e RD estava lá, a outra já tinha virado pão careca, cabelo tava todo falhado.

- Olha ele lá, bora faz o teu - Empurrou ela e ela veio em minha direção, se ajoelhou e eu a encarei.

- Me perdoa por ter agido na trairagem e querer estragar teu relacionamento - Pediu e eu só assenti com a cabeça e sai de perto dela deixando ela lá de joelhos.

- Por culpa dessa desgraçada Luria quase arranca meu ovo fora parceiro, bolei legal com ela. - Contei para RD que gargalhou.

- Desconta batendo ele( o saco) na bunda dela besta - Falou e eu sorri, peguei um cigarro e acendi. Fiquei um tempo lá e depois me mandei.

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