Setenta e Três

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Luria Narrando.

Acordei e nem parece que dormi, estou em um sono danado, misericórdia, me sentei na cama coçando o olho e no travesseiro do lado tinha um remédio, no mínimo Kennedy deixou pra mim peguei ele e engoli com a saliva mesmo.

Fui no banheiro fazer minhas higienes e aproveitei para tomar um banho para ver se eu desperto, hoje tenho 3 encomendas de kit festa e como gosto de entregar tudo fresquinho, faço tudo no dia, então tenho que agilizar.

Fiz os bolos no pote para vender, depois fiz meu almoço, almocei, fiz as massas dos salgadinhos, dos docinhos, assei os bolos e fiz os recheios.

Saí para vender os bolos no pote e parei para olhar a área que tenho entre o portão e a porta de casa, uma ideia me surgiu na cabeça e eu sorri com ela.

Seria melhor pra mim se os clientes viessem até mim comprar meus produtos, eu teria mais tempo de produção e colocaria mais produtos.

Vou começar a procurar balcão com vitrine e ver a melhor forma de deixar esse cantinho aconchegante para eu trabalhar e para os clientes também.

E pensar também em um nome lacrador para fazer aquele banner bem maravilhoso.

Estava voltando da venda dos bolos e ouvi me gritarem.

- Luria - Olhei para trás encontrando Keise com o olhar na porta do salão. - Vem cá - Me chamou com a mão e eu olhei para os lados para atravessar a rua e depois chegar até ela. - Giovanna, dê um trato nesta mulher por favor, com tudo que ela tem direito. - Falou.

- Presente é amiga? - Perguntei já sorrindo.

- Sim, de você para você. Rala tanto e não pode tirar um dinheiro para cuidar de você? Né possível - Falou colocando os braços na cintura e eu dei língua a ela, já que estava aqui, me sentei na cadeira e a moça começou a lavar meus cabelos - Quando for fazer a unha só vir pra cá.

Fiz apenas hidratação no cabelo já deixando os cachos maravilhosos. Depois fiz depilação, sobrancelha e por último fui na vaca da minha amiga.

- Acho que não vou fazer a unha não, daqui a pouco vou ter que mexer com bolo - Falei pensativa.

- Eu passo spray e depois tu coloca aquela luva de confeiteira - Assenti com a cabeça e ela começou.

- E você e Lelek ontem? - Perguntei baixo.

- Fui parar na casa do cretino, dei horrores, tá doendo até pra sentar, ele aproveitou da minha embriaguez e comeu meu cuzinho - Fiz cara de nojo e ela gargalhou.

- Vou catucar seu boga - Cantei fazendo voz grossa e remexendo o corpo

- Vem catucar meu boga - Fez voz enjoada cantando e mexeu os ombros - Caralho catucou meu boga - Gargalhando e ela continuou a tirar minha cutícula.

- E você e Kennedy? - Perguntou.

- Ih menina, não rolou nada não, eu tava meia azuretada, ele foi fazer comida pra mim e eu dormi. - Falei me lembrando da madrugada de hoje.

- Depois agradeça ao coitado pelo esforço - Falou e eu assenti.

Ficamos conversando enquanto ela fazia minha unha, marcamos de ir para o baile mais tarde, quando ela terminou eu agradeci.

- Não precisa cobrar o meu - Ela falou para a dona, fui lá e fiz questão de pagar, porque esse é o ganha pão dela.

Cheguei em casa coloquei a touca com todo o cuidado do mundo para não desmanchar meus cachos, coloquei uma luva na mão e fui terminar os pedidos de hoje.

- Graças a Deus - Agradeci quando terminei tudo e arrumei. Não gosto de deixar nada para o outro dia ainda mais louça.

Banhei e me joguei na cama cansada pensando seriamente se eu iria para o baile, está tão cansada e se eu bebesse iria ficar alta rapidinho.

Estava cochilando quando sinto alguém me balançar. Certeza que não era Keise pela forma que me acordava.

Abri meus olhos devagar e vi Kennedy todo arrumado em minha frente.

- Estou no céu - Fingi um sonho e ele gargalhou. - Que delicinha você tá em - Falei o observando de cima a baixo.

- Muito otária mané, colfoi, Keise pediu pra eu levar tu e tu tá é dormindo pô - Falou e eu me levantei.

- Tô tão cansadinha - Falei bocejando.

- Então fica pô, rala pra caralho - Encarei ele.

- Não, eu vou, combinei com Keise, se eu ficar lerdando lá eu volto pra casa. Vou me arrumar rapidinho tá? - Ele se jogou na cama deitando, cruzou as pernas e colocou um braço detrás da cabeça, pegando o celular e começando a mexer no mesmo.

Puta que pariu, gostoso demais af.

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Mais tarde volto com outro. Se vocês comentarem muito.

HeroínaWhere stories live. Discover now