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Luria Narrando.
Eu estava só o cú e a catinga, meu Deus, parece que passou um caminhão por cima de mim, misericórdia.
O foda é que eu não consigo dormir até mais tarde, tipo pessoas que acordam dua horas da tarde, cheguei sete horas, agora são dez e eu bem aqui de pé.
- Acorda vaca - Joguei uma almofada na cara de Keise que resmungou e só virou para o lado.
Me levantei sentindo uma dorzinha nas costas, sinal que os dias sangrentos estão por vir, quando eu sinto a dor e ela costuma descer um ou dois dias depois.
Fui ao banheiro fazer minhas higiene e quando voltei para o quarto Keise estava sentada na cama pensativa.
- Você tem mesmo que se mudar? - Perguntou.
- Amiga, não posso ficar vivendo as custas dos seus pais, não gosto disso. Já ouviu dizer que o melhor lugar é o nosso cantinho?
- Aham - Falou - Vou viver lá mesmo, tanto faz. - Deu de ombros.
- Vamos descer para lanchar - Falei e ela se levantou indo em direção ao banheiro, quando voltou nós fomos. - Bom dia - Cumprimentei a tia e o tio.
Bom dia - O tio respondeu.
- Bom dia meninas, como foi ontem? - Tia perguntou.
- Foi bom mãe, nos divertimos muito, fazia tanto tempo que não curtiamos nada. - Keise respondeu.
- Verdade - Me sentei e peguei um pão para lanchar.
Ficamos conversando e logo eu subi para arrumar minhas poucas coisas, para me mudar.
Estava descendo com minhas coisas e deixei no chão, a tia e o tio estavam no sofá assistindo televisão.
- Já estou indo - Parei de frente para eles - Muito obrigado por me hospedarem na casa de vocês, eu vou ser eternamente grata a vocês. Eu vou sempre estar mandando bolo pra vocês e tudo de gostoso que eu fizer viu?
- Não precisa agradecer minha linda, sempre que precisar estamos aqui. - Tia Thayná falou vindo me abraçar.
- Boa sorte e bom sucesso nessa sua nova jornada. - Tio Hugo falou me dando um beijo na testa - E vá a igreja em, não se esqueça de quem sempre te protege. - Apontou para cima.
- Jamais esquecerei, Deus é minha âncora - Falei e ele sorriu, peguei minhas coisas de volta para ir.
- Espera - Keise chegou com uma caixa na mão, li o que estava escrito e era um forno elétrico.
- Ai não acredito - Falei emocionada - Gente não precisava, ai obrigada, obrigada mesmo vocês são demais. - Falei abraçando cada um.
(...)
- Ai amiga, essa casa é muito lindinha - Keise falou assim que entramos.
E era mesmo muito lindinha, toda conservada, pintadinha, era um quarto, banheiro, sala, cozinha americana ambos espaçosos e ainda tinha uma varanda no quarto e uma pequena área entre o portão e a porta da sala.
Coloquei o forno na bancada da cozinha enquanto não tinha nenhum móvel para colocar em cima.
- Vamos no mercadinho comprar umas para limpar a casa. - Chamei e ela assentiu.
Chegamos no mercado, comprei detergente, bucha, sabão em pó, água sanitária, cloro, vassoura, escova de pé e rodo.
Tinha um dinheirinho guardado para as comprar do bolo, mas como RD vai devolver o que tinha dado pra ele, posso gastar esse, quando ele dar eu compro coisa pra casa e vejo se acho uns móveis em conta porque vou precisar, principalmente os de cozinha.
Coloquei um top e uma calcinha box, Keise tirou a blusa ficando de sutiã e começamos a limpar a casa.
Demos aquela faxina, ficou tudo no brilho. Me sentei no chão um pouco pra descansar enquanto Keise foi tomar um banho.
Ouvi baterem na porta e me levantei indo em direção, abri a porta e depois fui para o portão o abrindo, era um rapaz, acho que do movimento.
- Colfoi, patrão mandou trazer essa meta aqui pa tu pô - Falou e tirou um bolo de nota de cem do bolso.
Contei e tinha 1.500, eu tinha dado apenas 700, separei o que eu tinha dado e estendi a mão com o resto.
- Tem dinheiro a mais aqui.
- Quando o morador precisa, o patrão sempre dá uma força tá ligada, não tem malícia nenhuma não, pode ficar na moral quanto a isso.
- Daqui a pouco tem cara batendo moto no poste por causa desse seu traje super comportado aí parceira - Lelek chegou e eu sorri - Pode botar moral no papo do mano aí - Assenti com a cabeça e guardei o dinheiro.
Se é assim sim.
- Várias garotas de top e short por aí e tu quer vir de coisa pro meu lado, se saia viu.
- É minha querida mas tu não tem um rabo não meu amor, tu têm uma companhia de esgoto toda tá ligada.
- Ai deixa de ser nojento.- Fiz cara de nojo e ele gargalhou.
- Cadê a tarada da tua amiga? - Perguntou.
- Tá tomando banho - Falei.
- Opa, vou lá - Falou entrando mais eu fechei o portão - Ah qual é, tá tirando.
- A primeira a transar na minha casa tem que ser eu, da licença. - Me virei e entrei em casa.
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É hora de dar tchau 👋
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Heroína
Teen FictionPela brisa se encantava e para fugir da realidade deu ali uma tragada, e desde então a dependência é sua nova caminhada, fizeram o ruim, pior está, uma pessoa tão incrível foi cair nessa roubada. O livro contará a história de Luria, que entrou no m...