Noventa e Quatro

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Luria Narrando.

A sensação de impotência é horrível, imagine só, você fazer planos com seu namorado para ter uma família, vai ao médico e ele te diz que você não pode ter filhos.

Planos interrompidos mas nem tanto, como Kennedy disse podemos adotar, sei que é complicado adotar legalmente, muita burocracia, mas tentar não custa né, fora que podemos achar um bingulinho por aí e pegar pra gente.

Kennedy estava triste mas não deixava transparecer tanto, o conhecia o bastante para saber disso.

Mas também não posso parar a vida e ficar sempre me lamentando por isso, porque ante ser estéril do que ter uma doença grave.

Apesar da suspeita de Hepatite, eu estou bastante confiante de que não vai dar nada, tenho que estar, pensamento positivo para atrais coisas positivas.

Kennedy ficou o dia todo comigo me dengando e eu dengando ele, como prometemos que ia para a mãe dele, antes de acontecer o incidente, decidimos ir hoje para distrair um pouco.

- Cheguei em - Falei entrando na casa dela.

- Ah não acredito - Falou vindo me abraçar - Que carinha é essa em? - Perguntou, pouco tempo e já me conhece tão bem.

- Se ela falar agora ela chora mãe, depois eu conto para a senhora - Kennedy falou e eu sorri para ele.

- Então, qual a programação para hoje?

- Assistir filme, fazer comida, comer besteiras - Sugeriu a mãe de Kennedy e eu assenti com a cabeça.

- Então vamos começar com a comida, depois compramos as besteiras no mercadinho e voltamos para assistir filme - Falei e ela assentiu separando as coisas do jantar, depois foi até o som e ligou, começando a tocar Amado Batista.

Ela puxou Kennedy pra dançar e eu sorri dos dois enquanto já preparava as coisas, íamos fazer uma lasanha, deduzi pelas coisas em cima da mesa.

- Princesa, a deusa da minha poesia - Kennedy cantou me abraçando por trás e dando um beijo no meu rosto, sorri e me virei pra ele selando nossos lábios.

Vi um flash e a mãe de Kennedy estava tirando foto da gente.

Eles me ajudaram na cozinha e logo colocamos a lasanha no fogo, Kennedy foi comprar um refrigerante.

- Luria,  esqueci de pedir para o Kennedy comprar as besteiras e pedir pra comprar meu remédio da pressão que acabou, vai lá pra mim ? - Estendeu o dinheiro e eu peguei assentindo.

Fui primeiro no mercadinho, estava pegando os doces, caminhando para a filha do caixa passando pelo corredor, vejo Kennedy de papinho gostoso com uma garota, aquela mesmo que ele ficou quando nós dois apenas ficávamos, por isso esse otário tava demorando.

O cara sai para comprar um refrigerante e fica de papinho gostoso com uma garota no corredor do mercado. Ah me poupe, sou nem obrigada.

Assim que ele me viu eu fingi que não tava vendo ele e fui em passos rápidos pro caixa, ainda ouvi a garota chamando ele.

- Luria. - Veio pegar no meu braço e eu me esquivei.

- Te conheço? - Falei me virando pra ele que respirou fundo.

- Colfoi cara - Fogo que não estava ouvindo e esperei a caixa passar minhas compras, paguei e fui na farmácia.

Cheguei na casa da mãe do Kennedy e ele já estava lá.

- Prontinho - Falei pra mãe dele colocando as sacolas na mesa e entregando o remédio na mão dela.

- Obrigada minha filha, vou guardar. - Fui para a sala e cara de cachorro já veio querendo falar comigo.

- Roupa suja a gente lava em casa - Falei e ele se calou. Passamos a noite ali, jantamos, assistimos filme, eu morrendo de rir da mãe dele contando o que ia acontecer no filme, era tipo automático quando ela via já tinha falado.

Eu no meu canto e Kennedy no del, não gosto desse negócio de viver de aparência e nem vou ficar forçando uma coisa, se não estamos bem, não estamos e pronto, ele sabia tão bem disso que ficou no canto dele.

As vezes falava comigo e eu respondia normal, não vou ficar destratando e fazendo feio na casa da mãe dele, não gosto dessas coisas, acho muito sem lógica, até porque ninguém tem nada haver com nossos problemas.

Dormi com a mãe dele no quarto deixei ele dormindo no sofá, e ela fez foi gostar, porque ficou agarrada em mim a noite toda.

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Meus amores peço desculpas pela demora, esse próximo final de semana é o aniversário da minha filha e eu estou na correria ( minha pitucha nasceu dia 06/02). Vou tentar finalizar o mais rápido possível pra não ficar chato pra vocês.

Mas jaja venho postar outro para vocês.

Cheiro

HeroínaOnde histórias criam vida. Descubra agora