três

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"nós só percebemos o quanto somos congelados quando alguém começa a derreter nosso gelo" - bridgett devoue

O ator decidiu então esperar pelo amigo enquanto pairava os olhos pelo salão, olhando ávido para cada acompanhante, tal qual um predador buscando o jantar. 

Ele não tinha especificidades, qualquer homem daqueles serviria já que o efeito do álcool e das drogas - além do borrão normal que era seu dia a dia - faziam qualquer sensação ser multiplicada por mil.

***(CENA DE USO DE DROGAS)***

Não demorou até enxergar a figura do amigo surgindo por entre as cabines, e, como ele mesmo havia dito, andava em passos lentos demonstrando certa fraqueza. Usava uma camisa branca de seda que estava aberta - se vestiu de prontidão para não ir ao encontro do amigo nu - e calças que definiam suas pernas. 

Seu cabelo estava um pouco mais curto do que da última vez que Harry havia visto, as pontas antes estilizadas com gel agora se encontravam bagunçadas, e estampado em seu rosto uma tranquilidade que só alguns cigarros de maconha poderiam proporcionar.

- E aí, bro? - a voz do modelo estava baixa em meio à música

- Percebo que começou sem mim hoje - Harry riu

- Culpe a morena que assim que cheguei veio conversar comigo no bar e muito educadamente se ofereceu para enrolar meus baseados - falou enrolado enquanto colocava um cigarro na boca

- Ah sim, maldita morena! - Harry quase cuspiu o drink enquanto gargalhava

- E você, bro? Afim de alguns estimulantes? Um amigo me deu essas pílulas que vieram direto da França, qualidade comprovada - tragou o cigarro enquanto mostrou um saquinho transparente com dois círculos azuis e o que Harry identificou como uma carinha feliz desenhado nelas

- França é? Aceito uma - sorriu enquanto tirou uma delas do saquinho e a colocou na ponta da língua

- A noite hoje vai ser boa, estou sentindo - fumaça saía por entre seus lábios a cada sílaba

- Também acho Z, também acho - engoliu o comprimido com um gole de Spritz

***(FIM DA CENA)***

O estimulante não demorou muito para fazer efeito e logo seu corpo foi tomado por um estado febril que só cessaria se seu corpo fosse tocado pelas vorazes mãos dos homens ali presentes. 

Com alguns lapsos de memória, Harry retornou brevemente à consciência e se encontrou em um dos quartos da mansão, ajoelhado nos lençóis brancos da cama e de frente a dois membros duros e pulsando em antecipação de serem chupados pelos lábios do ator.

A febre que ainda o tomava parecia controlar seus movimentos. Rapidamente levantou uma das mãos para masturbar o da direita enquanto abocanhou o da esquerda com vontade até a base e subir novamente até enlambuzar toda a extensão com saliva. 

Palavras enroladas e quase incompreensíveis saíram de seus lábios comandando que o da esquerda o tomasse por trás, e logo em seguida voltou-se para o que estava entre seus dedos, levantando-o para que pudesse apertar suas bolas enquanto passava a língua em sua extensão, fazendo quem quer que fosse - o ator não fazia ideia de quem estava na cama com ele - soltar um suspiro pesado.

Naquele momento só existia prazer, aquele prazer que Harry buscava toda semana e que o fazia esquecer quem era.

Ainda alterado, bateu com as mãos na cabeceira da cama quando um dos rapazes que surrava sua próstata, e outro que estava o chupava - com certa dificuldade já que a posição não era a mais adequada para chupar o ator e o outro rapaz o penetrava de ...

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Ainda alterado, bateu com as mãos na cabeceira da cama quando um dos rapazes que surrava sua próstata, e outro que estava o chupava - com certa dificuldade já que a posição não era a mais adequada para chupar o ator e o outro rapaz o penetrava de forma brusca - o fizeram gozar. 

Soltou um balbucio tão alto que foi ecoado por entre as paredes do quase-castelo.

Ficou alguns segundos sem se mexer, só aproveitando ao máximo a onda de calor e, em seguida, alívio que se espalhou por seu corpo. Abriu os olhos e observou os dedos de sua mão esquerda ainda agarrados nos lençóis encharcados de suor.

Em um rápido movimento se levantou da cama e perguntou para os quatro homens ali - Harry pediu por mais dois funcionários já que a pílula que tomou o deixou mais insaciável que o normal - onde estavam suas roupas. 

Aparentemente ele começou a se despir na pista de dança, mas não se lembrava muito bem. 

"Por favor que não tenham amassado minha jaqueta nova da coleção de primavera da Gucci" pensou consigo mesmo enquanto vestia suas calças e seus sapatos de couro italiano.

O ator saiu do quarto e, ainda cambaleando, foi em busca de sua jaqueta. Não fazia ideia de que horas eram e no caminho tentou encontrar Zayn mas sem sucesso, como chegara mais cedo provavelmente fora embora mais cedo também.

A festa ainda estava em pleno vapor, música alta, dançarinas rodopiando nos colos dos clientes, modelos cheirando linhas e em seguida vomitando nos tapetes... Harry riu pra si mesmo e deu mais alguns passos até se apoiar na mesa do bar. 

Pediu uma água para tentar se recompor e começar a procurar a peça de roupa, mas assim que voltou seus olhos pro salão, avisou sua jaqueta nas costas de alguém baixinho de cabelos curtos e bagunçados.

Ainda com a visão turva, partiu em direção àquele rapaz para que pudesse pegar a roupa de volta. 

No meio do caminho, no entanto, o pequeno se virou e seus olhos se cruzaram por alguns instantes. Harry titubeou e soltou o que pareceu mais um soluço do que um suspiro... havia sido pego de surpresa!

Durante todos esses anos via os rostos de incontáveis pessoas como meros borrões, mas ali estava, pela primeira vez em tanto tempo, um rosto nítido.

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