The Mansion

setenta e um

"como qualquer coisa não amada, eu não sei se sou real quando não estou sendo tocado" - natalie wee

Dois meses de pura felicidade passaram como um piscar de olhos. 

Styles havia começado a filmar um charmoso suspense em um estúdio da cidade, mas mesmo o tempo ausente não impediu que Louis contasse aqueles dias como os mais extraordinários de sua vida. 

Era reconfortante saber que, no fim do dia repleto de pessoas encantadas pelo ator, era Louis quem dirigia até o set e o tomava de volta para si, retornando para o quarto que era agora como um santuário, trancando dentro de quatro paredes o sexo escaldante, as risadas agudas e as carícias sonolentas.

Tomlinson sempre acordava sozinho nos lençóis acetinados, e por vezes o tempo com Harry parecia pouco, mas ele logo falava com as irmãs - se segurava para não contar que estava na casa de Harry Styles -, com Liam - que estava positivamente radiante com a nova rotina, mostrando os corredores e as salas da universidade, as ruas movimentadas da cidade, além de sempre mandar fotos das mais complexas sobremesas que confeccionava, que brilhavam com camadas reluzentes de chocolate ou geleia -, dirigia pela cidade, encontrava amigos, ia ao cinema ou caminhava pelo Griffith Park e sabia que havia aproveitado bem o tempo sozinho. Nada que custasse muito, no entanto. 

Em certos dias, ia até o set para almoçar com a equipe e se impressionar com o trabalho dos figurinistas e cenógrafos. Chegou até a passar boas horas com os supervisores de som e acabou lhes mostrando uma música que eles gostaram tanto que acabaram por colocar em uma das cenas do filme. Louis se sentiu mais orgulhoso disso do que de qualquer outra coisa que já havia feito.

Fanning esteve majoritariamente ausente durante os dois meses, hospedada na maior parte do tempo em Toronto para ensaios, reuniões de trabalho e, nos dias em que recebia visitas de Niall, para curtir jogos de basquete do Toronto Raptors bebendo cerveja em copos plásticos.