muito obrigado!

59 5 7
                                    

Hoje essa história chega ao fim, e eu queria dizer algumas coisas.

Eu comecei a escrever essa história no dia 18 de Dezembro de 2020. De início era uma ideia boba e simples, uma AU no Twitter sobre um ator famoso e um prostituto, e eu não tinha como imaginar a forma que isso mudaria minha vida. Eu já senti e presenciei muita dor nesse mundo, já machuquei e fui machucada de formas que sempre foram difíceis para mim dizer. Então eu acho que, mesmo seguindo a regra de que toda obra é de alguma forma uma auto biografia, eu me coloquei tanto nesses personagens. Todos eles são um pedaço de mim, para o bem ou para o mal, e o fato de que eu passei os último - quase exatos - dois anos dando tudo que eu tinha para essa história me curou em inúmeros aspectos. Eu sinto que essa história estava guardada no meu peito desde a minha adolescência, e poder finalmente entregar para o meu pequeno eu de 14 anos essa obra pronta me enche com um amor e uma sensação de alívio indescritíveis. Suponho que o que eu pretendi com essa história é mostrar de forma mais autêntica possível a dualidade cinzenta do ser humano. Todos nós somos falhos e faremos escolhas erradas e machucaremos outras pessoas, mas nós também ajudaremos os outros, amaremos, faremos os nossos amigos rirem, e todo esse potencial existe dentro de nós, e precisamos entender isso tanto dentro de nós mesmos quanto dos outros. Harry não é um vilão. Louis não é um vilão. Nem Elle é. Estamos todos quebrados do nosso jeito e tentamos fazer o nosso melhor. Claro que outro objetivo meu era explicar a natureza complicada das relações humanas, mas o quanto é importante estabelecer limites e sair de situações que não te fazem bem. É preciso coragem para isso. Louis teve e Harry não teve. Nenhum é melhor do que o outro, mas cada um faz sua própria jornada em seu próprio tempo. 

Muita gente me pergunta se o Harry ama mesmo o Louis. Acho que a resposta é clara. Mas eu queria representar todas as pessoas que realmente tem transtornos (depressão, BPD, etc.) e tem uma dificuldade homérica para lutar contra a própria cabeça e amar e segurar o amor de uma forma saudável. Mas nem sempre conseguimos sozinhos, e precisamos de ajuda e pessoas que nos amem e estejam dispostas a estarem ali conosco.

No final de tudo, acho que o que eu quero que vocês peguem dessa história é esperança. Existe dor mas existe esperança. Existirão dias melhores. Talvez não hoje, talvez não amanhã, mas um dia. E, dentro de tudo na vida, existe o amor.

Enfim, eu quero agradecer a todos que leram essa insana história de quase infinitas páginas, e saibam que vocês me fizeram a pessoa mais feliz do mundo. Saber que eu toquei corações significa tudo para mim. Vocês foram a minha motivação e força vital nesses últimos dois anos, e eu não tenho palavras pra explicar o quanto isso significa pra mim e para a Laura de 14 anos. Eu gostaria de poder encontrá-la e dizer a ela para não chorar tanto, pois dias melhores virão. O dia que ela sentirá orgulho dela mesma virá. 

Agora então, se aconchegue e entre comigo, pela última vez, na Mansão. 

Muito obrigada! 

The MansionDonde viven las historias. Descúbrelo ahora