oitenta e três

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"alguém me perguntou o que era meu lar e tudo que eu conseguia pensar eram as estrelas na ponta da sua língua, as flores brotando da sua boca, as raízes entrelaçadas nos espaços entre seus dedos, o oceano ecoando dentro de sua caixa torácica" - e.e. cummings

A manhã seguinte foi silenciosa. Nenhum dos dois queria sair da cama, mas Niall - como empregado pontual e sob pressão - prontamente encheu o celular do chefe com mensagens sobre o horário do voo que os retornaria para Los Angeles e outros compromissos que haviam sido adiados. 

Harry quis voltar com o carro pela costa, tentando estender o tempo que lhe restava, mas o assistente argumentou que não tinha mais desculpas para dar a Simon, que ficava cada vez mais impaciente.

- Que horas a gente vai? - Louis ainda estava com a cabeça no travesseiro

- Ahm, acho que ainda temos umas duas horas antes do carro chegar - bocejou

O menor só assentiu, lentamente levantando o corpo até ficar sentado na beirada da cama. Estava de costas para Harry, mas o ator sabia por sua cabeça baixa que o menor soltava um longo suspiro, na iminência de falar alguma coisa. 

Harry engatinhou pela cama e passou as duas mãos pelas costas nuas de Louis até abraçá-lo totalmente por trás, depositando dois pequenos beijos em seu ombro, o que fez a nuca do menor arrepiar.

- A gente devia organizar as malas - Louis permaneceu imóvel

- Daqui a pouco - sussurrou

- Você quer café? - pegou umas das mãos de Harry e a beijou

- Daqui a pouco - o sussurro saiu exatamente igual ao anterior

- Depois eu que sou o preguiçoso

Harry soltou uma risada suave.

- Não é preguiça - desceu as mãos pelo abdômen de Louis e traçou os dedos por debaixo de seus shorts

Os olhos azuis se fecharam e engoliu seco. Louis poderia derreter sob o toque do maior.

- A gente ainda nem levantou, mas eu já tô com saudade dessa cama - passou a ponta do nariz do ombro até a nuca, dando beijos pelo caminho

- Eu também - podia sentir a respiração morna de Harry em suas orelhas

O membro de Louis endureceu entre os longos dedos e Harry, em movimentos lentos, começou a masturbá-lo. 

O sol que entrava pela fresta da janela ia até os joelhos do menor, aquecendo ligeiramente suas pernas enquanto as solas dos pés pisavam em um contrastante chão frio. A vista da janela dava para uma aleatoriedade de árvores tortas e prédios retos, mas agora Louis não conseguia abrir os olhos. Só pendeu a cabeça para trás e mordeu os lábios:

- Bom, a gente tava indo tomar banho mesmo né

Os dois riram.

- Vou te pegar uma toalha - Louis continuou

O ator limpou as mãos enquanto o menor pegou uma blusa e colocou em cima da cama.

- Banho e depois café? - as covinhas apareceram nas bochechas

Louis assentiu. Depois de propriamente limpos e energizados, começaram a organizar as malas.

- Isso me lembra que... - Harry dobrava algumas peças - Você ainda me deve aquela camiseta do David Bowie.

Tomlinson jamais se esqueceria disso.

- Tô lembrando, sou um homem de palavra

- É bom mesmo - Styles riu - Se bem que... acho que nem vai fazer diferença, você ainda vai poder usar ela quando quiser.

The MansionWhere stories live. Discover now