setenta e nove

141 13 151
                                    

"mas eu não vou descansar até que você esteja comigo. eu nunca vou." - emily brontë

Louis estava mais do que feliz de estar em Nashville. 

Os primeiros dias foram estranhos com a cidade que ainda era irreconhecível, os nomes das ruas, os parques, os pontos de referência, os meios de transporte e principalmente as pessoas, mas desde que pisou no Blackbird Studio, até as dificuldades ficaram interessantes. 

O estúdio era um dos mais famosos de Nashville, tendo sido usado por inúmeros artistas que Louis tinha como deuses, como REM, Lynyrd Skynyrd, The Killers e, obviamente, a banda de seu novo conhecido Caleb, Kings of Leon. Cada respiração daquele ar carregado de criatividade e talento era tão surreal e inspiradora que Louis não teve tempo de pensar em qualquer outra coisa senão em música, guitarras e isolamento acústico. 

Caleb foi uma ótima companhia mostrando tudo que conhecia da cidade em que havia nascido, indicando os melhores restaurantes e contando história sobre como ele e os primos - o resto da banda - costumavam atirar em garrafas de vidro nos fundos da casa da avó enquanto bebiam um dos marcos do estado do Tennessee: uísque. A palavra o fez lembrar de Harry, mas estava sorrindo tanto com a conversa que a memória do ator não o incomodou. 

Com o passar dos dias Louis sentiu como se finalmente pertencesse em algum lugar, não pela cidade ou pela comida ou pela cultura de rodeios e música country, mas sim pelas pessoas incríveis que ele conhecia todo dia. Ficou cercado de ídolos, mas também de pessoas gravando músicas pela primeira vez, desenvolvendo letras e arranjos musicais em um ambiente fluído e livre. E, quase como um instinto, Louis sentiu como se pudesse ajudá-los e guiá-los com tudo que estava aprendendo mas também tudo que já sabia. Levou novos artistas para jantares, bares e até o Hall da Fama da música country. Louis realmente se sentiu... correto, limpo e brilhante. 

Claro que a mente não poderia deixar de pensar no fato de que só estava ali por causa de Harry, e parecia até injusto que o ator levaria todo o crédito por aquela oportunidade depois de tudo que havia feito, mas, infelizmente, os fatos não mudariam. Ele devia aquela oportunidade à Harry, e ele não gostava de pensar isso, mas ele se esforçaria e faria daquele caminho, daquele vislumbre de carreira, algo total e unicamente dele.

Foi só quando estava se preparando para dormir depois de um dia longo e gratificante é que ele ouviu batidas na porta. Achou que talvez pudesse ser o serviço de quarto para entregar toalhas extras ou algo assim, mas já era tão tarde da noite que parecia improvável. Abriu a porta e seu coração afundou como uma âncora.

- Hey!

A figura de olhos verdes, cachos e sorriso arrebatador formando covinhas nas bochechas era tanto uma cena saída diretamente de um sonho quanto de um pesadelo, e Louis notou imediatamente o quanto ele estava bonito.

- O quê você tá fazendo aqui?

- Eu queria te ver - a voz de Harry saiu tão leve quanto seda

Louis estava muito atordoado para conseguir falar, sem entender o ar gracioso e alegre de Harry, se perguntando se talvez ele teria esquecido a briga que tiveram, afinal, estava bêbado demais naquele dia.

- Olha, Harry...

- Posso entrar?

Tomlinson não se moveu.

- Eu não acho que a gente tenha mais nada pra conversar - fechou lentamente um pouco da porta

- Por favor - o maior se aproximou

- Como é que você sabia onde eu tav...

Styles afastou a porta e entrou mesmo assim.

- Eu preciso que você faça as malas! - parou no meio da sala observando as paredes escuras do quarto de hotel

The Mansionजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें