epílogo

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"acho que merecemos um epílogo doce, meu amor. somos boas pessoas e já sofremos o suficiente" - nikki ursula

O voo tinha sido terrível. Quase nove horas com o pescoço torto tentando dormir, sendo ainda mais difícil já que o passageiro do lado assistia Step Brothers de novo e de novo porque acabava dormindo sempre que colocava e Louis olhava o tempo todo tendo quase decorado as falas de tantas vezes que já havia assistido antes.

Do lado de fora do aeroporto, Louis esfregou o rosto enquanto esperava um táxi, pensando na cama macia do hotel onde ele dormiria por pelo menos umas quatro horas, mas nem mesmo o cansaço roubou a magia da cidade de Nova Iorque, que ainda conseguiu impressionar Louis enquanto a via pela janela do tradicional táxi amarelo.

Faziam anos que não via a Grande Maçã, quase sete para ser mais exato, desde o breve período em que morou no West Village com Liam e Zayn imediatamente depois de ter saído de Los Angeles.

Bom, ele tinha ido para o casamento dos dois há três anos, mas tinha sido ao norte do estado, em Greenville, uma área cheia de chalés que mais pareciam palácios e cheirava a dinheiro herdado e arrogância.

Liam quem havia escolhido, claro, e Zayn concordou porque no final de semana que seria o casamento os convidados - e ele, principalmente - poderiam andar a cavalo na propriedade, uma atividade que Zayn achava ser muito terapêutica.

Tinha boas memórias de West Village, mesmo que não tivesse ficado tanto tempo. Zayn tinha comprado o amplo apartamento no bairro movimentado para ele e Liam morarem, mas alugou o andar de cima para Louis, que passava a maior parte do tempo com eles no andar de baixo de qualquer forma.

Zayn movimentou todos os seus contatos na costa leste para que Louis voltasse a produzir e gerenciar artistas, mas Louis não quis ficar, e assim, depois de alguns meses, voltou para a Inglaterra.

Depois das quatro horas de um merecido cochilo, Louis acordou para começar a se arrumar. Tomou banho, fez a barba, secou o cabelo, pós-barba e desodorante, e então colocou a camisa, a calça, e os sapatos. Olhou no espelho enquanto colocava o blazer. "Mais um casamento", ele pensou. Notou os cabelos brancos crescendo nas têmporas. Cresciam mais e mais a cada ano que passava, mas fora isso Louis não achava que seu rosto havia mudado muito, e definitivamente não se sentia com 32 anos. Lutou para decidir se usaria gravata ou não, mas como elas apertavam seu pescoço e sempre o deixavam desconfortável, resolveu não usar.

Louis não gostava particularmente de casamentos, eram tediosos e desnecessariamente longos, ainda mais este onde ele não conhecia quase ninguém, mas era o casamento de um publicista de uma gravadora que assinava algumas das bandas que gerenciava com quem Louis tinha uma ótima relação, então era importante que fosse, apesar de estar muito mais animado para a recepção pela música e pela comida.

A cerimônia foi bonita e Louis sorriu quando reconheceu She Moves Her Own Way como a música de entrada da noiva, pensando em como Owen - o noivo - havia achado uma esposa com o mesmo bom gosto musical. Trocaram os votos - o que fez todos ao seu redor chorarem - e logo mais, a recepção e os brindes começaram com as típicas piadas sobre o fato daquele ser o segundo casamento de Owen e sobre como ele deveria melhorar para dessa vez conseguir manter a mulher que era aparentemente querida por todos.

Louis respirou aliviado depois dos brindes, já que agora era só dar seus parabéns aos noivos, socializar por um tempo, talvez até conhecer novos contatos na indústria que possam vir a ser necessários, comer e ir embora. Depois de desejar um casamento feliz e duradouro aos noivos, Louis contou histórias engraçadas de Owen para a nova esposa, sempre pontuando suas qualidades no meio de uma ou outra piada, antes de deixar os recém-casados para os outros convidados.

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