vinte e oito

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"tudo é tão puro quando você fuma erva. conversas se tornam interessantes, amor se torna amor verdadeiro e sexo se torna o paraíso" - seerat

Quando o menor cessou o beijo, olhou para os lábios agora molhados de saliva e passou o dedão sobre eles, em movimentos tão lentos quanto a fumaça parada no carro. 

Se antes os estimulantes os proporcionaram momentos rápidos e desesperados, a maconha os desacelerou e os encheu de significado. 

A música que tocava agora não muito alta na playlist do maior era I Wanna Be Adored, do The Stone Roses, que preencheu o ar com uma certa magia idílica, fazendo os dois entrarem em um estado de quase-transe. 

O dedão traçou o caminho do queixo pelo pescoço até o peito aberto de Harry, que desejava o toque do de olhos azuis como as flores desejam o calor do sol no final do inverno. 

E era como se elas se desabrochassem no corpo dele sob o dedo do menor, o sol.

Louis continuou descendo até chegar no botão da calça que Harry prontamente desabotoou e abaixou o zíper, ainda com os olhos fixos um no outro, intoxicados pela música e pela erva. 

O menor passou a ponta dos dedos até a virilha dele, que sentiu um frio daqueles que sentimos quando estamos prestes a cair em um looping de uma montanha-russa. 

E esse frio era frequente quando estava com Tomlinson. 

Sabendo o que estava por vir, o ator se ajustou no banco de forma a abaixar as calças até os tornozelos, expondo o membro que já estava duro e, ainda com os olhos nos lábios do rapaz, Louis continuou agora contornando a mão pelas coxas do maior até pegar com firmeza nas bolas agora comprimidas contra o banco de couro, fazendo o maior apertar os olhos e soltar um gemido forte. 

Se antes Styles gostava de observá-lo atentamente enquanto o chupava, agora seria a sua vez de estudar cada detalhe do rosto do de olhos verdes enquanto ele contorcia de prazer.

Massageou as bolas em sua mão e ficou ali próximo de seu rosto vendo como Harry mordia os lábios, como as rugas dos olhos apareciam quando ele os apertava de prazer ou como a ponta do nariz se mexia quando ele gemia, e apesar de não estar pensando na hora, ele se sentia talvez sortudo de estar ali, em mais um momento tão íntimo com aquela celebridade tão falada e tão cobiçada pelos tablóides, mesmo que a maioria de seus clientes também fossem. 

Ele não saberia dizer o porquê agora ele se sentia assim, como se a sorte houvesse sorrido para ele depois de vinte e quatro anos. 

Talvez por ele conhecer mais daquele cliente do que os outros... mas também não era isso. Ele já conheceu até esposas e filhos de alguns clientes. 

Talvez conhecesse Harry há mais tempo e já se sentisse confortável com ele. Mas tinha clientes que conhecia há mais de dois anos...

Talvez tudo que conhecia sobre ele até agora, havia gostado. 

Era definitivamente o cliente mais bonito que ele já teve, mas também apreciava seu senso de humor, sua personalidade, as músicas que ele ouvia tão parecidas com a do ator que ele se surpreendia toda vez e sim, os orgasmos extraordinários contavam bastante. 

Também o admirava por ser tão bem sucedido e dedicado na profissão, que, mesmo sabendo que era exaustivo para ele, ele ainda dava o seu melhor. 

Em meio a tantas racionalizações, talvez ele o inveja por completo. Talvez ele desejasse ser Harry Styles e o sexo fosse uma loucura psicanalítica de transar com uma versão melhorada de si mesmo. 

The MansionWhere stories live. Discover now