quarenta e quatro

110 20 13
                                    

"você.por que eu não tenho mais nenhuma outra palavra hoje." - perry poetry

Foi inusitado como os dois aproveitaram mais o beijo dessa vez. 

O ator o puxou para mais perto até que ele estivesse de joelhos no meio das longas pernas de Styles, que estava sentado encostado na parede. Enrolavam as línguas com pressa mas também com saudade, vez ou outra sugando ou mordendo os lábios um do outro enquanto passavam as mãos pelas bochechas, pescoço, costas ou pelas mechas de cabelo. 

Rápido porém devagar. Desesperado porém carinhoso. O beijo conseguiu ser tudo que eles eram, tudo que sentiram falta. 

As pontas das línguas falando tudo que não foi dito. Tudo que queria ser dito. 

Mesmo estando escuro naquele pedacinho escondido do lado de fora da mansão, Louis ainda conseguia ver como os olhos verdes brilhavam, mesmo que agora a cor verde contrastasse com o vermelho vivo do pequeno corte na sobrancelha esquerda que fez com que um pouco de sangue escorresse pelo rosto. 

Mas Harry não sentia nada; poderia ter quebrado o nariz e alguns dentes que não sentiria nada se continuasse ali beijando os suaves lábios de Tomlinson.

E não era diferente com o acompanhante, que mesmo ciente do que havia feito e suas possíveis consequências, não estava preocupado. Não agora. 

Só queria descansar naqueles lábios ó tão pacientes que o observaram por semanas, o provocando. 

Provocando raiva, curiosidade, saudade, não importa, mas o faziam sentir algo. Harry Styles o fazia sentir algo, mas que no momento era tesão. 

Puxou os cachos para depositar beijos intensos pela mandíbula até o pescoço, para depois percorrer o mesmo caminho de volta lambendo até as línguas se encontrarem novamente, tudo enquanto passavam as mãos pelos corpos como se estivessem descobrindo tudo de novo, mas ao mesmo tempo como se fosse tão familiar, como se soubessem recitar cada centímetro quadrado de pele um do outro, de olhos fechados. 

Os dedos cheios de anéis desceram até o cinto do menor, onde o tirou de forma habilidosa, abriu o zíper e abaixou as calças, expondo o membro já duro enquanto soltava um pequeno gemido de alívio. Fechou a mão direita na circunferência e já espalhou o pré gozo por toda a extensão.

Tanto pela briga quanto pelo tesão, os corpos estavam quentes, o que fez Louis arrepiar com a corrente de ar mais fria que circulava ali, mas logo a causa do arrepio mudou quando o maior passou as mãos por suas coxas, apertou as nádegas com força e puxou seu quadril para si, abocanhando de forma voraz o membro latejante, que fez o de olhos azuis soltar quase um grunhido. 

Era impressionante como ninguém mais o fazia se sentir assim, como se estivesse finalmente vivo. As ondas arrebentando de novo contra as rochas. 

Louis não imaginava que era assim que sua noite acabaria, mas não ia acabar ali. Aquilo era só o começo. 

De início Harry não buscou o contato visual que tanto gostava, mas só por que queria aproveitar cada chupada de olhos fechados, focado só nos sons dos gemidos do menor, mas tão logo que o tirou da boca e o levantou com a mão para que lambesse devagar da base até a cabeça, o ator abriu os olhos e encontrou as esferas azuis, que estavam quase fechadas pela expressão de prazer que estampava no rosto.

Louis pensou que nunca mais teria aquele ponto de vista de novo, ver aqueles traços delicados fazendo as coisas mais perversas, como um demônio disfarçado de anjo. 

Se não conhecesse exatamente cada milímetro da língua do de olhos verdes poderia jurar que seria bifurcada. 

E talvez fosse, dado que ele não conseguia entender por que fazia as coisas que fazia quando Harry estava envolvido; era como se os olhos verdes o deixassem sob um estado de insanidade temporária, o que era muito bom para o ator mas muito, muito ruim para o acompanhante, e talvez pior ainda pelo fato de que fazia quase um ano desde que o conheceu pela primeira vez, o que tornaria a insanidade muito mais do que temporária. 

The MansionWhere stories live. Discover now