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Heitor🥋
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Assim que saio do quarto vou direto para o andar de baixo, pego um baseado na mesa e sigo até o portão.

Me esforço o máximo pra me controlar com essas parada, tá ligado. As vezes é mais forte que eu, aí eu paro, penso e me arrependo do que fiz com ela.

Eu já prometi que mudaria e tô tentando pra caralho. Eu melhorei muito, já não sou mais o mermo de anos atrás, e a Anna sabe disso. Ela podia pelo menos me ajudar. As coisas que ela faz acaba me fazendo perder o controle. Então muitas das vezes pra não me arrepender opto por mete o pé pra rua.

Bg: fala chefe - soltei a fumaça e fiz toque com ele - tranquilo?

Rei: tudo na paz

Esse aí é meu mano. Depois que o pai matou a mãe dele, minha coroa cuidou, deu comida, teto, proteção e hoje é meu irmão.

Bg é um dos meus melhores soldados, agradeço por isso. Posso confiar de olhos fechados e saber que ele sabe fazer um ótimo trabalho.

Bg: aqui o celular da patroa - peguei a sacola da mão dele - não acha melhor para com essa parada não irmão, não tem necessidade de fazer essas merdas com ela

Rei: ai, irmão - toquei em seu ombro - nisso eu já falei pra você não se meter

Bg: tranquilo - levantou a mão em redenção - só estou te dando um toque por que tú é meu irmão. Não queira estragar tua família por bobeira não

Rei: vai rodar bg - empurrei ele - vamo se ligar na tua responsa, vamo?

Apaguei o baseado na minha mão e ouvi meu filho me gritar na sala.

Theo: pai - ele desceu as escadas com a Bruna - cadê o peixe?

Rei: pô filhão, nem coloquei ele no aquário ainda - ele mandou uma cara que ele faz quando tá puto - mas fica puto não pô, vou fazer isso amanhã

Theo: tem certeza?

Rei: tô falando caralho, palavra de homem

Theo: tá bom. Não pode esquecer se não ele morre

Rei: morre não - peguei ele no colo - vai lá na sua mãe e leva esse negócio pra ela - dei o celular na mão dele - fala que o pai vai sair

Theo: vai onde papai?

Rei: vou trabalhar filhão, mas vou trazer um presente pra tu. Pode ser?

Theo: pode - sorriu - quero um boneco gigante

Rei: tá bom então, vai lá na sua mãe

O mesmo pegou o tablet no carregador e subiu as escadas.

Rei: é ai Bruninha - fui na direção dela - bora da uma volta?

Bruna: nossa, pensei que não ia me chamar nunca - sorriu - não aguento mais a chata da tua mulher reclamando

Rei: nunca mais fala assim dela - segurei no pescoço dela - você está falando da minha mulher, não se esqueça do respeito

Bruna: sai rei, tá me machucando

Rei: repete comigo - apertei mais forte o pescoço dela - nunca mais vou falar assim da mulher do rei

Bruna: nunca mais v-vou falar assim da mulher do rei - repetiu quase chorando - me solta

Rei: bora logo antes que eu desista de você

Peguei a chave de uma das minha motos. Ela ainda estava parada no meio da sala com cara de choro. Cheguei perto dela e passei a mão na sua bunda.

Rei: vamos logo morena - beijei a bochecha dela - vou até deixar você escolher onde a gente vai

Bruna limpou o rosto e saiu de cabeça levantada. Segui ela que parou do lado da moto, subiu na garupa e sai da garagem.

Vi o bg no portão e parei do lado dele.

Rei: toma conta deles aí, bg - ele olhou pra Bruna e negou com a cabeça - não deixa ela sair, qualquer coisa me liga

Bg: tranquilo rei - olhei no olho dele e vi que meu irmão não estava nem um pouco feliz por ver a Bruna novamente na minha garupa - vai lá

Respirei fundo não dando importância e guiei pro asfalto. Não demorou muito paramos em um bar maneirinho, pouca gente, decoração tipo rústica.

Bruna: compra uma batata pra mim? - ela passou a unha na minha nuca chegando mais perto - por favor - afirmei. Abri a carteira e puxei uma nota de cem - quero um churrasquinho também

Rei: pode comprar pô, vai lá

Vi ela sair rebolando aquela bunda linda e logo em seguida chegou um a cara todo de terno preto e parou na minha frente. Até de óculos escuro o cara estava, e olha que estava de noite.

- Heitor! - ele me chamou, meus olhos encontram com o dele, achei estranho e coloquei a mão na pistola preparado pra qualquer coisa - pode ficar tranquilo - ele estendeu a mão - me chamam de tio, vim a pedido do pai

Rei: pai? Ih doidão tá me confundindo, tenho nem pai. Papo doido

Tio: ele quer te fazer uma proposta - depositou uma maleta preta na mesa e abriu, pegou um cartão e me entregou - se for do seu interesse, vá á esse lugar amanhã, nesse horário

Rei: foi mal cara, mas nem conheço vocês pô - estendi o cartão pra devolver - quero não

Tio: fique com ele, pense melhor e se mudar de ideia, leia o cartão

Olhei o cartão, tinha mesmo um horário, lugar e o nome do cara lá. Quando olhei pra cima novamente o cara de preto tinha sumido, já não estava mais ali.

Rei: caralho - levantei a procura dele - cadê esse doidão?

Bruna: quem amor?

Rei: ninguém não, deixa baixo - abri um dos latão e coloquei no nosso copo - e já falei pra você parar de me chamar assim

Bruna: desculpa.

Ficamos na resenha só nós dois mermo por um bom tempo, mas eu não tirava aquele cara da mente.

Pode ser qualquer coisa, nunca ouvi nada desse mano. Pelo menos nunca ouvi ao meu redor.

Amante Do Perigo  - Filipe RetWhere stories live. Discover now