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W I L L I A M

Ela passou a mão no rosto tirando a água.

Ret: vai se afogar aninha - ri chegando perto pra ajudar ela. Se eu não ajudar ela vai se afogar e eu não tô querendo ninguém morto na minha piscina não - segura aqui

Anna: você é ridículo - falou tossindo, segurou na borda da piscina fazendo força pra cima, subiu um pouco pra fora da água  pra dentro da água e veio na minha direção com um sorriso no canto da boca.


Meu sorriso fechou assim que ela colocou a mão nos meus ombros e fez força pra baixo tentando fazer meu corpo afundar. Foi em vão, eu sou mais forte, ela tentou e tentou, até que eu mesmo mergulhei só pra ela achar que conseguiu me afogar.

Anna: parece que você não é tão forte assim - sorriu vitoriosa. Passei a mão no rosto e ri.

Ret: eu que mergulhei

Anna: a desculpa esfarrapada - colocou a mão na cintura debochando - aceita que eu sou mais forte que você

Ret: aceitar a mentira?

Anna: aí,aí. Aceita que dói menos - assim que ela virou eu senti sua bunda esbarrar no meu braço - agora vamos almoçar? - se afastou indo pra escada da piscina.

Sai junto com ela. Agora deu pra vê todo seu corpo no biquíni, e caralho, eu tô me segurando pra não arrancar ela de dentro dele.

Anna: vem William - me chamou da porta com a sacola do frango na mão.

Entrei molhando o chão da sala, subi as escadas junto com ela e entrei no meu quarto, peguei minha toalha passando no cabelo, rosto e braços. Tirei a bermuda molhada e coloquei uma seca.

Ret: cadê teu muleque - perguntei descendo as escadas passando a toalha outra vez no cabelo. Ela virou pra trás antes de entrar na cozinha e me olhou de cima a baixo.

Anna: ele saiu com o Daniel - olhou no meu olho e se virou entrando na cozinha.

Rei: confiou o muleque na mão dele? - ri
- coragem

Anna: agora você me deixou com medo

Entrei na cozinha também, abri a geladeira, passei por trás dela pra pegar o copo e voltei. Assim que voltei ela se virou também batendo de frente comigo.

Olhei um pouco pra baixo vendo nossos corpos colados, ela me olhou com os olhos brilhando e sorriu de canto.

Anna: licença - falou quase em um sussurro.

Me afastei dando passagem. Ela passou a mão no cabelo com vergonha e foi até o armário.

Eu voltei pra geladeira e peguei a coca, dois copos e fui até a mesa na sala. Arrumei os copos junto com os pratos.

Anna saiu com o frango em uma travessa branca e colocou na mesa.

Sentei na ponta e ela puxou uma cadeira colocando na lateral da mesa perto de mim. Colocamos nossa comida começando a matar a fome que eu estava.

[...]

Fiquei o dia todo com a Anna assistindo filme na televisão. Depois do almoço a gente fico batendo papo aleatório, rindo, fazendo graça e ela fez umas parada pra comer, mas nem sou muito chegado em pipoca, ela comeu a maioria.

Ela deu mais uma gargalhada me fazendo rir também. Olhei pra fora vendo já começar a escurecer, a cigarra começou a cantar, mas o barulho do portão soou mais alto.

Theo: mamãe! - ela levou a cabeça do braço do sofá e olhou pra fora sorrindo.

O muleque chegou todo sujo, soado, com a blusa no ombro e a corrente do Daniel no pescoço.

Anna: meu filho, o que o Daniel fez com você - riu chegando perto dele - tudo bem?

Theo: mamãe eu fiz um gol no tio foguete - puxou o ar atropelando as palavras. Anna se abaixou pegando ele no colo. Olhei pra bunda dela quase de fora no Short de moleton.

Foguete: cuidado pra não babar - chegou por trás do sofá falando baixo no meu ouvido - tranquilo?

Ret: vai tomar no seu cu Daniel - levantei a mão fazendo toque com ele.

Anna: vamos tomar banho - falo com o muleque - ta com fome?

Theo: não - passou os braços no pescoço da mãe.

Anna: comeu o que lá? - ela saiu para o andar de cima enquanto o muleque contava as parada pra ela.

Foguete: tem uma parada pra resolver - desviei meu olhar pra ele sentado no sofá comendo a pipoca - magrinho... - colocou uma mão cheia na boca - roubou morador - terminou de falar com a boca cheia.

Ret: tem muito o que resolver não, já sabe o que vai acontecer - tirei meu celular do bolso. Nem peguei nele hoje.

Foguete: vou meter o pé - balancei a mão dando tchau pra ele sem falar nada. Continuei olhando pro celular sentindo um beijo molhado no meu pescoço - delícia

Ele correu rindo antes de eu dar um tapa nas suas costas.

Ret: viadinho - ele passou pelo portão rindo pra mim e acabou esbarrando no Matheus, olhou pra ele fechando o sorriso e saiu - estava onde?

MT: na rua, não está vendo - subiu os pequenos degraus até pisar na sala - Ret, tu já pensou naquela parada lá? - coçou o nariz - mó tempão que tu falo que ia pensar

Ret: tu deve ter esquecido então, porque eu já respondi e não vou responder outra vez. Você não vai entrar pra essa porra - falei firme - escutou bem né, espero não ter que repetir, odeio ficar repetindo as coisas

MT: mas...

Ret: não tem mais - cortei a fala dele - e outra, fica pianinho que tem gente em casa, não vai dá seu show hoje não

MT: tá bom - falou bolado e subiu as escadas.

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Amante Do Perigo  - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora