•071•

6.5K 478 221
                                    

W I L L A M

A adrenalina corre pelo meu sangue quente como um vulcão entrando em erupções. Eu quero descontar minha raiva em alguém específico, escuto esse alguém subindo as escadas do portão e sento no sofá deixando minha pistola na minha coxa, relaxo o corpo e descanso o braço no braço do estofado.

Ele chega na porta, levanta a cabeça me encarando surpreso, eu olho nos olhos dele deixando tudo em silêncio.

Ret: estava me procurando? - ele fecha a cara segurando o fuzil firme - vamos resolver isso?

Rei: cadê ela? - entra rápido pisando nos vidros da porta no chão - o que você fez?

Ret: eu fiz? - ri falso - você que fez né. Foi no meu morro, pego minhas drogas....minha mulher - seu olhar muda começando a me queimar. Ele aponta o cano da arma pra mim, continuo sentado sem tocar na minha pistola - melhor me matar, porque se eu ficar vivo é você que morre

Rei: ela não é tua mulher seu viadinho - do de ombros. Ele tá nervoso, da pra vê na sua cara, as mãos segurando o fuzil está tremendo. Passo o olhar por ele de cima a baixo, correu pra chegar aqui.....- vou perguntar só mais uma vez...

Ret: se não o que? - cruzo os braços na altura do peito serrando os olhos. Os dentes dele arrasta um no outro fazendo um barulhinho - tu é um muleque porra. Tem moral pra fazer e nem falar nada

Rei segura a arma mais pra cima mirando em mim, observo o pente com duas balas, ele veio me enfrentar só com duas balas. Tá mais fácil que eu imaginava.

Rei: eu vou te matar - movimento a cabeça concordando tranquilo. Quanto mais eu demonstro tranquilidade, mais ele se enche de odio - me fala onde ela tá! - grito balançando o fuzil.

Ret: eu não vou te falar - sorrio de canto
- vai ter que me matar - respiro fundo desviando o olhar lá pra fora - estava pensando aqui....será que tu merece ficar vivo?

Rei: não fica rodando no bagulho, Ret. Pra onde você levo ela? - um disparo e feito
- fala!

Uma queimação toma meu braço, olho pra ele vendo o furo no sofá que a bala fez. O sangue escorre pelo meu braço mostrando que pegou de raspão.

Ótimo, agora ele só tem uma bala.

Ret: se eu fosse você não teria feito isso
- encaro seus olhos vermelhos - não tem como se defender com uma bala só - aponto com a cabeça pro pente da arma. Ele movimento a mão pra conseguir enxergar, arregala os olhos e me olha abrindo e fechando a boca várias vezes - foi um erro, né? - reprimi os lábios - tu errou quando resolveu mexer comigo

Rei: para de falar caralho! - se agita fechando os olhos forte - para! - bate na própria cabeça e volta a mira do fuzil pra minha testa agora - eu posso fazer estrago com uma única bala

Ret: vai lá, confio no teu potencial - aperto os olhos surgindo um sorriso no conto do meu rosto - bora rei, atira

- abaixa a arma - a voz grossa surge fazendo nós dois olhar pra porta, viro a cabeça pro lado vendo um homem de terno, barbudo....tá escuro não dá pra vê muito bem, mas a pistola apontada pro rei eu consigo vê - tô falando pra abaixar

Rei: você...- franzi a testa confuso - eu te vi no final da rua quase agora - intercalo o olhar entre os dois - quem é você? - vira a mira pro velho na varanda.

- eu sou o pai - fico paralisado no lugar. Rei vacila a perna dando um passo pra trás, levanto dando um chute na dobra do seu joelho fazendo ele cair de joelhos e um disparo é feito - filho da puta - abaixa colocando a mão sobre a coxa onde a bala pegou.

Ret: você é o pai? - ele afirma. Rio nervoso negando com o dedo, ele afirma mais uma vez gemendo de dor - vou chamar o Camillo - ajudo ele a se sentar no sofá e pego meu celular tentando entrar em contato com o cara que saiu daqui com a Anna - o que você tá fazendo aqui? - levo o celular até o ouvido escutando chamar.

Pai: cade ela? - levanto uma sombrancelha pra ele - me fala onde ela tá

Ret: já saiu daqui - olho pro rei no chão olhando pro velho - a gente ainda não terminou- falei com ele - o que é teu está te esperando - a voz surge pelo outro lado
- Camillo? - a ligação cai - porra...

Rei: atira logo - olho pra frente vendo o cara sentado no sofá apontando a pistola pra ele. O filho da puta levanta do chão levando a mão pra trás das costas.

Aponto minha pistola pra ele disparando no seu pé, ele cai outra vez gemendo de dor.

Ret: falei pra que não acabamos ainda - suspiro voltando a olhar pro velho bem vestido - o que tu tá querendo aqui?

Pai: vim acabar com isso - os seguranças dele aponta na porta parecendo surpresos
- não atirem - estende a mão pra ele - não agora

Ret: e nem depois, porque quem vai matar ele sou eu - aponto pra mim - fala o que você veio fazer aqui

Pai: vim acabar com isso, já falei. Minha família está em risco com vocês dois em guerra, tô correndo risco da polícia aproveitar pra cair matando em cima da facção

Ret: e então decidiu sair da toca? - ele fica calado - não foi só por isso - reparo no seu terno, já vi a logo do broche em algum lugar, olho pros seguranças com a mira no rei e volto a falar - quem é você?

Pai: já falei - nego. Aponto o cano da minha pistola de ouro na testa dele, os fuzil dos caras secam meu corpo prontos pra atirar
- não atirem - ele olha pra eles e volta e me encarar - tira essa merda da minha cara

Ret: eu vi tua cara, posso acabar contigo a qualquer momento, então me fala quem você é - falo firme.

Pai: eu sou o dono da família! - passo a mão no rosto tenso - já falei

Ret: cadê o tio? - ele da de ombros - sai daqui - movimento a cabeça pra fora - sai que eu tenho outras coisas pra fazer

Pai: cadê a Anna?

Ret: cala a boca! - empurro o cano na testa dele - para de falar dela. Ela não está mais aqui e nunca mais vai chegar perto de vocês

Pai: melhor me falar, eu coloco o país atrás dela de for preciso

Ret: o que você quer com ela?

Pai: resolver isso tudo - serro os dentes sentindo meu peito apertar.

Ret: sai daqui - falo entre dentes - sai antes que eu te mate

Pai: eu quero ela - olho pra fora ouvindo a sirene da polícia ficando próximo - e eu vou chega nela - se levanta indo pra trás dos seguranças - até mais meu filho

Ret: seu cú, arrombado - eles saem. Sento no sofá respirando fundo tentando manter a calma, a cabeça no lugar porque eu preciso pensar.

Rei: vai fazer o que? - a voz dele entra na minha cabeça fazendo meu estômago revirar. Abro os olhos abaixando a cabeça e encaro seus olhos pequenos e vermelhos
- vai ter culhão pra enfrentar tudo que vem pela frente, Ret?

Ret: sempre tive, é vou resolver o primeiro - levanto olhando pra ele nos meus pés sangrando - que é você - acerto um chute no abdômen dele que recolhe o corpo fazendo cara de dor.

Maratona 4/5

Amante Do Perigo  - Filipe RetNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ