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D A N I E L

Tio: Está tudo aí dentro - os homens me entregaram uma bolsa grande da cor
preta - esse será só teste, vamos ver como as vendas vai se sair

Eu abri a bolsa no chão mesmo. Assim que abri, via fileiras de cápsulas como as que vimos na reunião. Elas estavam todas bem organizadas, pelo peso parecia ser uma grande quantidade.

Foguete: Então eu já posso ir? - perguntei fechando a bolsa e olhando para ele - quem vai me levar?

Tio: Você! - levantei deixando a bolsa no chão, olhei pra ele e franzi a testa - escolhe um carro aí, fica a vontade

Foguete: como assim eu vou sozinho. Tio eu tô cheio de drogas. E se os polícia pegar?

Tio: Meu filho, pra que toda essa preocupação? Fique calmo, não vai acontecer nada

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele virou e saiu.

Bufei puto e olhei pra alguns homens que tinha ali, provavelmente estão esperando eu escolher o carro. Também só por essa sacanagem vou escolher o melhor, se for da merda, vai dá merda com o melhor carros deles.

Foguete: cadê a chave daquele ali? - apontei para um Audi RS6 - Quero aquele ali

Eles se olharam e depois um deles foi pegar a chave, me entregou e voltou para a posição de antes.

Parecia uma estátua.

Foguete: Me ajuda aqui, porra - olhei pra eles - vão ficar só olhando? Tá pesado isso aqui

Tentei levantar a bolsa sozinho, até que eles vieram me ajudar colocando a mesma no porta malas do carro na minha frente.

Entrei no carro bolado e sai dali sem falar com ninguém.

Isso foi muita sacanagem, sempre foi o mesmo esquema. Eu venho pegar as drogas e os seguranças me levam até o morro.

Não é duvidando da minha capacidade, mas é uma parada que nem os cana viu na vida deles. Se eu caio com essas porra, vou ter que trabalhar a vida inteira pra repor.

No meio do caminho estava tudo normal, nada de problema, agradeço por isso. Faltava poucos quilômetros para chegar.

Não durou muito quando entrei em uma rua e consegui vê dois carros de polícia parados fazendo blitz.

Foguete: buceta, caralho, que porra! - bati no volante - só isso que falava

Me olhei no retrovisor, tirei o boné passando a mão no rosto tentando desfaça.

Um polícia bigodudo veio andando na minha reta enquanto analisava os carros da minha frente e deixava eles passarem.

Ele parou do meu lado e deu duas partidinhas no vidro, em seguida eu abaixei olhando pra ele.

- Boa tarde senhor, desce do veículo por favor - ele deu algumas olhadas pelo carro até eu descer e parar na frente dele - um carro bonito pra está andando pros lados de cá né - sorriu irônico. Coloquei minhas mãos suadas no bolso da calça e disfarcei com uma risada fraca - qual é esse?

Foguete: é o Audi RS6 - respondi olhando pro carro - troquei esses dias

- documentos do carro e seus - peguei os documentos e entreguei na mão dele - está vindo de onde?

Foguete: estou vindo da empresa onde trabalho

- trabalho com o que? - falou olhando para os documentos - deve trabalhar muito, um carro desses não é barato aqui no Brasil

Foguete: trabalho com meu pai, ele tem uma empresa de apartamentos

- apartamentos? - olhou pra mim confuso.

Foguete: somos corretores de imóveis

- Ah..... Vamos dar uma olhadinha no veículo...... - o rádio dele apitou com uma mulher falando sobre um assalto perto daqui - pode ir embora - me entregou os documentos e correu entre os carro pra perto do carro deles. Eles entram e saíram acelerando ligando a sirene.

Ufa! Deus trabalhou firme agora.

Entrei no carro suado de tanto que meu cu estava trancado, ainda mais depois dele falar que ia olhar o carro.

[...]

Foguete: cara, o tio fez a maior filha da putagem comigo hoje. Quase caí - entrei no quarto do Ret falando sobre o que tinha acontecido. Quando eu entrei me deparei com ele olhando o anel - outra vez vendo esse anel, irmão? - não tive resposta, parecia que ele nem estava aqui - William, me escutou?

Ret: qu-que? Escutei sim

Foguete: pensei que já tinha vendido ele

Ret: Matheus pegou outra corrente - guardou o diamante dentro da caixa e fechou rápido o guarda roupa - manda trazerem ele aqui

Foguete: você está bem? - parei na frente antes dele sair - tá tranquilo?

Ret: claro que estou, Daniel. Faz o que eu te mandei - me empurrou e saiu do quarto

Cocei a cabeça impaciente e olhei pra janela.

Ret: vou ter que falar de novo? - gritou fazendo eu sair e ir fazer o que mandou.

Foguete: já tô indo vacilão

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Amante Do Perigo  - Filipe RetWhere stories live. Discover now