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H E I T O R
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Estava conversando com o Breno sobre o cara que apareceu lá na pista pra falar comigo e descobri que é uma facção. Essa que se chama "família", comandada por um cara que ninguém nunca viu.

Em notícias, jornas, ninguém nunca consegui colocar a mão no cara que se indentificar como "pai". Aquele que falou comigo é o tio. Ele é braço direito do chefe e o único que já falou e viu o líder. Todos do grupo se identificam como algum membro de família.

Bg: dizem que ele sabe tudo sobre você. Nada passa batido - olhei outra vez pro cartão na minha mão - já se decidiu?

Rei: o que tu acha? - desviei o olhar pra ele.

Bg: acho uma boa cara, com eles os negócios expandem rápido

Rei: Mais dinheiro, mais viciados, mais armas.....

Bg: exatamente - sorri imaginado tudo - mas pensa menos, pelo menos por agora

Rei: que pensar baixo o que, Breno. Desde agora temos que pensar alto, se não eles passa a gente pra trás

Bg: tá bom então - ele levantou as sombrancelha negando - então você vai?

Rei: vou! Está marcado pra hoje a noite

Bg: vai querer homens contigo?

Rei: não. Melhor só ir você, sem muita gente sabendo pra não fazer muito alarde

Ele não vai entrar comigo, vai ficar de fora dando cobertura. Qualquer coisa mandamos sinal um pro outro.

Parai o carro onde o cartão indicava. Era uma boate, a porta pequena e encima dela tinha o nome do local. Na porta tinha dois homens de preto.

Bg: povo estranho - ri - mó calor e eles todo de preto. Já vou avisando, não vou andar assim nem fudendo

Rei: nem entrei ainda e tu já tá reclamando

Dei duas batidas no capô do carro mandando ele sair da porta. Quando ia entrar, os seguranças me barraram.

Rei: ih, qual foi? - olhei pra cima. Eles eram maiores que eu, tipo um poste. Então pra ver eles tinha que olhar pra cima - fui chamado pra vim aqui meu parceiro, sai da frente

- armas, celular, objetos cortantes e qualquer tipo de vidro. Aqui! - tirou um saco preto do bolso e abriu.

Rei: que drama - coloquei a arma e celular - não tenho mais nada

- perfeito. Não precisava do seu soldado ficar observando - o outro riu - não vai acontecer nada com o senhor

Rei: segurança nunca é demais - sorri irônico - vocês deviam da saber disso

Os dois fechou a cara e deu passagem. O lugar era bem luxuoso. Tinha um palco onde três meninas dançavam com a música ambiente, umas mesas redondas pelo lugar e atrás do bar também tinha um espelho e encima dele tinha várias bebidas.

Uma das garotas me olhava enquanto dançava, ela acenou pra mim e eu respondi com um sorriso malicioso.

Tio: aqui! - o mesmo daquele dia me chamou pra uma mesa perto do bar. Só tinha ele sentado - sente-se aqui - Sentei de frente pra ele - aceita beber alguma coisa? - neguei - quer um cigarro?

Rei: não quero nada. Cadê o pai?

Tio: o pai? - ele riu assim que concordei com sua pergunta - não se preocupa, ele vai saber de cada palavra que você falar aqui

Rei: então me fala, o que vocês querem?

[...]

Tio: então é isso - ele apagou o cigarro no copo de bebida.

Levantei terminando o último gole de água. Apertei a mão dele e fui em direção a saída.

Rei: valeu seus puto - passei pelos seguranças.

Bg: aei rei! - senti ele pular no meu ombro - como foi?

Rei: tá fazendo o que aqui viado, falei pra tu ficar na escondida pô

Bg: esse cú me achou - apontou pros cara - mandou eu ficar aqui - ri - mas eai, Entrou?

Rei: entrei! Tamo dentro porra - sorriu e me abraçou - ainda peguei o contato de uma mina que dança aí dentro - ele rolou os olhos para o lado e negou com a cabeça - cara, só tem gostosa lá dentro. Tu tem que ver

Bg: eu vou falar nada, se eu falar, tô errado

Dei de ombros entrando no carro.

Amante Do Perigo  - Filipe RetWhere stories live. Discover now