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H E I T O R

Ela deitada no meu braço me olhando,aí  eu lembro das mancadas que eu dei e de novo tento sumir com esses pensamentos e só aproveitar esse memento, porque daqui pra frente vou recuperar tudo que perdi dela.

Anna: abaixa a televisão, Rei. O Theo vai acordar e os vizinhos vão reclamar

Rei: Ala, esqueceu com quem está falando? Eu sou o dono dessa porra toda caralho

Anna: Eu sei cara - deu aquela risada gostosa - me solta, deixa eu pegar o controle

Tirei meu braço que estava envolta dela e fiquei admirando a Deusa que eu tenho em casa.

Anna: Que porra é essa aqui Heitor?

Vi ela levantar lentamente a mão até eu conseguir ver uma camisinha usada na ponta dos dedos dela.

Sem falar nada eu levantei ficando de frente com ela enquanto seus olhos de horas atrás mudavam completamente, de ódio agora.

Rei: Anna isso aí......

Anna: Com quem você usou - cortou minha fala - Com a ruiva do baile, com a morena da praça, com a loira do asfalto? Com qual? Não fode Heitor, tem criança aqui não caralho

Rei: Vamos conversar de boa cara

Anna: De boa é o caralho, achou que eu não sabia? - riu falso - você é filho da puta, otário. Eu cansei desse Papinho furado. Você gosta de me fazer de palhaça né, é disso que você gosta. Na hora que nenhuma delas te quer você vem atrás de mim, faz juras e depois eu tomo no cu porque aí elas te liga e você vai que nem cachorro. Você acha que elas te quer? - riu - só eu que te aturava, te dava moral. Ninguém quer um safado que nem você não

Rei: você vai nem me ouvir mermo? - dei um passo na direção dela e toquei seu braço - deixa eu te explicar cara

Anna: Não chega perto de mim não, se você me tocar eu vôo em você - jugou a parada em mim fazendo a porra toda cair na minha blusa - Tô cansada de ouvir suas desculpas, foram anos porra - gritou - Acabo esse caralho! Vai atrás das puta que você gosta, que você banca, que você ostenta que nem um idiota. Por que agora quem vai ser filha da puta vai ser eu

Rei: que nojo caralho - fiz cara feia vendo a camiseta seja - vai ficar gritando mermo?

Anna: Eu vou gritar sim, vou gritar porque agora acabou o respeito dentro dessa casa. Você bate tanto no peito pra falar que é homem e na primeira oportunidade foi um muleque, trouxe mulher pra dentro de casa onde seu filho mora, nem pra respeitar ele? Sinceramente Rei

Rei: Anna, para de gritar, tô mandando o papo - me afastei dela.

Anna: Porque se não você vai fazer o que? Me bater? Me bate então porra - deu alguns tapas no rosto chegando perto - é só isso que você sabe fazer. Me bater, me esculachar - prendeu o cabelo em um coque - quero vê elas aceitar um filho da puta que nem você

Rei: Já te falei várias vezes que não tem elas cara. Errei contigo, mas foi no passado caralho, você não entende?

Anna: Nunca vou entender! Eu achei que você tinha capacidade de ser menos egocêntrico, mas você é incapaz de mudar, essa babaquice já nasceu em você, Heitor.

Rei: Merma coisa? Todo dia isso - abri os braços estalando a língua no céu da boca e dei uns passos - sempre falando isso

Anna: Eu vou continuar falando. Você não tem disposição? Cadê o machão?

Rei: caralho...... Para de gritar Anna! tô falando sério, o Theo aí cara

Anna: Não ligo! Ele já viu o cara que você é, ele já sabe o que você faz comigo. Ou acha que ele gosta de saber que você me bate, me faz de idiota? Se manca caralho, olha pra você, um fudido, tem nada de bom pra oferecer pra ninguém, nem pro próprio filho você tem coisas boas pra ensinar

Rei: Vai usar ele pra brigar?

Anna: você usa ele pra me prender nessa merda de vida - fui pra cozinha e logo atrás ela veio gritando - vira as costas pra mim não que agora tu vai ter que ter disposição pra aguentar - correu parando na minha frente - Imagina se eu fizesse o que você faz? Eu seria a piranha né. Tu tem sorte que eu deixava você me fazer de otária, por que se eu me valorizasse, meu filho....

Rei: Eu não fazia ninguém de otária não, foi por que quis

Anna: Tá certo. Fui por que eu tinha medo, por que eu pensava no meu filho, diferente de você. Mas agora eu cansei - apontou o dedo na minha cara.

Rei: vai fazer o que? Ir embora? Você não tem nem dinheiro, imagina lugar pra ficar
- agarrei o braço dela - para de fazer graça e fica pianinha

Anna: Me larga! - dessa vez o grito foi alto como ela nunca tinha gritado. Anna veio pra cima de mim com tapas no peitoral, parceria que tinha encorporado algo que o olhar dela chegava a ficar vermelho - Cadê a marra? Bora, me bate, anda Heitor

Ela distribuiu várias sequência de tapa, chegava a chorar, parava e continuava me batendo. E eu fiquei parado, não encostei um dedo nela.

Rei: Anna.... - senti seu corpo perder a força e aos poucos cair sobre mim - me escuta

Anna: me deixa sozinha - tampou o rosto chorando - sai de perto de mim, não me encosta, não fala comigo, sai!

Levantei mesmo não querendo deixar ela ali sozinha no chão da cozinha, peguei a meu celular junto com a carteira e levantei.

Anna: Eu te odeio - assim que cheguei na porta ela tacou um copo de vidro. Rapidamente coloquei o braço na frente do rosto fazendo os pedaços de vidro arranhar meu braço - Eu quero que você vá pra puta que pariu, merece morrer sozinho, você é um mostro que destrói tudo que toca e com meu filho você não vai fazer isso

Rei: Quando você se acalmar eu volto

Anna: Não volta! Nunca mais.....

Bati a porta, senti o vento da madrugada bater no meu rosto e respirei fundo.

No portão tinha alguns vapor me olhando e o bg chegou atrás deles correndo.

Bg: O que aconteceu? Deu pra ouvir lá da praça. Caralho Heitor, teu braço - olhei pra ele com os olhos quase transbordando.

Rei: Cuida deles. Me liga quando ela melhorar

Bg: Você vai pra onde? - não respondi, sai empurrando alguns na minha frente e subi na moto arrancando dali - rei!

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Amante Do Perigo  - Filipe RetWhere stories live. Discover now