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A N N A

Acordei com a claridade da luz batendo no quarto, olhei pra trás vendo a cortina aberta mostrando céu limpinho e um tom de azul lindo.

Passo a mão na cama sem virar o rosto procurando William, mas não acho. Viro de barriga pra cima vendo o lado dele vazio, tiro a coberta de cima do meu corpo sentando no colchão, sinto meus pés tocando em alguma coisa no chão, olho pro lençol sujo da noite passada que tiramos.

Levanto animada, o sol está batendo na mesinha em baixo da janela aparentando está ótimo pra pegar uma corzinha.

Vou até a suíte do quarto, que por sinal é lindo demais. Ele é todo branco, mas a cabeceira em um tom amadeirado faz um contraste lindo, em baixo da janela tem uma mesa com duas cadeiras, uma cômoda de frete pra cama com uma televisão pendurada no suporte da parede.

Limpo o rosto, escovo os dentes e volto pro quarto pegando meu biquíni de florzinha azul, visto um shorts jeans claro por cima e pego meu celular indo lá pra baixo.

Passo no quarto do Theo e está vazio também, chegando na escada eu escuto duas vozes que de longe eu reconheceria.

Chego na sala vendo meu filho sentado na mesa com uma caixinha de suco na mão, William na pia de costas para a sala.

Anna: bom dia - beijo o topo da cabeça do Theo, ele me olha tocando o suco pelo canudo e acena, caminho olhando lá pra fora confirmando os ia lindo que está lá fora, vou até a pia atrás da ilha ontem tem o fogão e abraço o corpo dele por trás - bom dia meu amor

Ret: bom dia mais gostoso não tem - vira com um copo cheio de um suco amarelo, segura meu pescoço com a mão tatuada me dando um selinho demorado - pra você - me estende o copo.

Anna: obrigada - sorrio pegando e tomando um gole - acordaram muito cedo, ou eu que acordei muito tarde?

Me afasto virando a caminho da mesa, puxo uma na lateral me sentando de frente para o Theo. Passo o olho vendo o que tem, eu diria que é café da manhã de hotel, tem pequenas porções de várias comidas diferentes.

Ret: levantei pra abrir a porta pra Rute - viro pra trás olhando pra ele sem entender - a mulher que trabalha aqui, ela vem cuidar da casa e quando eu venho pra cá, ela faz as parada - levanto a sombrancelha entendendo, viro pra frente outra vez apontando as mãos na mesa decidindo o que vou comer - e o Theo levantou agora também - viro outra vez pra trás, mas agora mais rápido abrindo um pouco mais o olho e surgindo um leve sorriso no meu rosto
- qual foi? - faz careta - que cara é essa?

Theo: Theo...- reprimi os lábios.

Anna: nada não - volto a minha posição de antes, Theo me olha espremendo os olhos
- já comeu? - afirma várias vezes com a cabeça - quer mais alguma coisa?

Theo: piscina - ponta com o dedo lá pra fora. Ele balança a caixinha de suco avisando que está vazia, coloca na mesa e volta a me olhar - pode ir?

Anna: que hora a gente vai sair? - pego um pão francês com queijo e presunto dentro, olho pro William por cima do ombro esperando ele responder - lá na casa do seu amigo

Ret: se quiser a gente vai na hora do almoço - concordo dando uma mordida no pão.

Anna: pode ir filho, mas só um pouquinho tá bom? Vamos sair daqui a pouco - ele levanta da cadeira ficando de pé, olho pra ele do outro lado da mesa - já está até com a roupa - Theo corre pra parte de fora da casa com a blusa de proteção solar e a sunga por baixo - você que colocou?

Ret: ele pediu - sorrio. William senta na cadeira onde o Theo estava colocando uma jara do mesmo suco do meu colo na mesa
- você quer ir na casa do Camillo? - franzi a testa mastigando o pão - se quiser não vamos

Anna: ué, você não quer ir? - ele da de ombros pegando um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate
- tô indo porque ele é seu amigo e chamou a gente

Ret: tô a fim de ir não - reviro os olhos - por mim a gente ficava pela praia - da um gole no subo.

Anna: para de ser anti social, William. Não custa nada a gente ir lá, não precisamos ficar o dia todo

Ret: e nem da pra ficar o dia todo - aperto os olhos vendo a cara de pimentinha dele
- qual foi? - movimenta a cabeça na minha direção.

Anna: tá aprontando o que? - ele ri sem mostras os dentes - te conheço seu safado

Ret: tô querendo te levar pra sair mais tarde - relaxo o rosto sorrindo - quer ir?

Anna: pra onde? - solto o pão no prato limpando as mãos no short, olho nos seus olhos curiosa apoiando o cotuvelo na mesa e apoio o queixo na mão - hein?

Ret: surpresa pô - estalo a língua no céu da boca triste - mais tarde tu fica sabendo

Anna: e vou ter que ficar na curiosidade o dia todo? - afirma comendo uma garfada do bolo - tá né - volto a comer.

A manhã foi tranquila. Depois que terminamos de comer, William entrou na piscina com o Theo e eu fui tomar meu solzinho.

Ret: vem Theo - abre a porta de trás do carro, o menino corre pra fora da casa com uma pistolinha de água que o William comprou pra ele quando o moço passou na rua vendendo no carro - vambora Anna!

Pego a bolsa no sofá caminhando pro carro enquanto fecho o botão do meu short.

Anna: nem parece que não queria ir - ele fecha a porta de trás parando na minha frente - tanta presa

Ret: quanto mais cedo a gente for, mais cedo eu deixo de vê a cara do Camillo

Ri dando um selinho nele, afasto entrando no carro e fecho a porta, ele da a volta por trás do automóvel e entra fechando a porta dele.

Anna: tá cheia não né, Theo? - viro pra trás vendo a arminha com ele na cadeirinha.

Ret: atira nela Theo - ele mira em mim e eu fecho o olho colocando a mão na frente, mas não vem água - tá vazia né, aninha

Anna: palhaço - dei um tapinha no ombro dele virando pra frente - vai ter muita gente lá? - pego o sinto passando na frente do meu corpo - tá bom esse biquíni?

Ret: quer mesmo que eu responda? - me olha de cima abaixo passando a língua nos lábios - você está uma....

Anna: não precisa - cortei a fala dele - já sei a reposta

Ret: hm - gira a chave ligando o carro e saindo pela rua de pedra - ele disse que está com a família dele

Anna: ele é aquele que estava lá naquele dia - olho pras minhas unhas sentindo meu estômago revirar só de lembrar daquele maldito dia.

Ret: o que te levou pro carro, é esse - vento o olhar olhando pra frente - esquece aquele dia, valeu? - senti o olhar dele sobre mim
- já acabou essa merda toda, vamos viver uma outra fase, uma onde não tem rei. Vai ser só nós três agora.....fechou?

Anna: fechou - sua mão descansa sobre minha pele da coxa, ele aperta mandando um beijo pra mim - te amo

Ret: minha gostosa - sussurra.

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Amante Do Perigo  - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora