•080•

6.3K 430 76
                                    

W I L L I A M

Dou a volta pela frente do carro parando do lado da minha princesa, guardo a chave no bolso da bermuda da nike, passo o braço pela sua cintura colocando a mão no bolso do short dela, Anna pega na mão do cabeludinho colocando a mochila pequena no ombro.

A casa é parecida com as outras da rua, a frente, o muro baixo com o portão pequeno e baixo também, três degraus para varanda eu passo o olhar parando no cara alto parado com um copo na mão.

Camillo: Juliana, eles chegaram - vira a cabeça pra trás e volta a olhar pra gente abrindo um sorriso - ae Ret - desce a escadinha abrindo o portão pequeno
- Anna, theozinho - fala chegando perto dela, eles trocam beijo no rosto e com o muleque ele faz toque - entra...

Ret: fala tu - ele troca o copo de mão fazendo um aperto comigo. Desvio o olhar pra trás dele vendo uma mulher saindo de dentro da casa, ela aparece na porta fazendo a luz do sol bater na sua pele preta e brilha.

Anna: oi...- ela sorri toda sem jeito se afastando de mim, passa pelo portão subindo os degraus com o Theo - Anna- começa a falar com a mulher de cabelos soltos com as pontas loiras enrolada.

Camillo: vem cara, bora lá pra trás - bate no meu ombro, medi ele de cima a baixo levantando a sombrancelha - fica aí então- se vira entrando.

Uma menininha parecida com a mulher que entrou com a Anna aparece correndo pra perto do camillo, ele pega ela no colo e entra dentro da casa.

Não sei quanto tempo ele está na família, mas o cara deve ganhar bem pra caralho, só pela parte de fora da casa me faz imaginar como é por dentro.

Entro na casa passando pela sala, de um lado tem a cozinha e na minha frente a porta aberta que dá pra parte de fora da onde vem uma música não muito alta.

Juliana: oi Ret - ela para do meu lado com um pote nas mão - prazer, mulher do camillo, Juliana - movimento a cabeça falando com ela - fica a vontade - entra dentro da casa.

Olho o camillo na outra cobertura onde fica uma churrasqueira, ele coloca a menina no chão e ela sai correndo pra piscina. Ele me olha, abre um freezer e estende uma cerveja pra mim.

Agora com ele falando minha língua eu fico mais feliz, caminho passando pela piscina onde o muleque da Anna está com a menina de cabelos enroladinho que estava quase agora com o Camillo.

Camillo: ninguém morde aqui não, Ret - se vira de frente pra churrasqueira saindo fumaça - e não somos ameaça - revirei os olhos me encostando no freezer branco cruzando os braços ficando de frente pra piscina um pouco distante da onde a gente está - pega uma - olho pra ele do meu lado mexendo na grelha com carne.

Desencosto abrindo o bagulho, vejo as cracudinhas de Brahma e pego uma, ele me estende um abridor, pego tirando a tampa de metal fazendo ela cair no chão.

Fecho outro vez voltando a me encostar. Encaro a varanda lá do outro lado onde fica a porta que dá pra cá pra fora. Olho a janela vendo a Juliana aparecer nela, ela olha pra baixo padecendo mexer em alguma coisa e falando com a Anna que aparece se sentando atrás do balcão.

Camillo: vai fazer o que agora? - desvio o olhar da janela olhando pro cara do meu lado cortando um pedaço grande de carne na tábua - já resolveu tudo, vai seguir na procura da tua paz?

Amante Do Perigo  - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora