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W I L L I A M

Saio do box passando a toalha no corpo, braços, pernas e termino tirando o excesso de água do cabelo. Tomei esse banho pra vê se eu consigo colocar a cabeça no lugar porque tem tanta coisa pra resolver. A bope entrou aqui fazendo bagunça mesmo, foram certinho nas banca pegando os muleque de surpresa. Alguns conseguiram mete o pé, outros foram baleados, mas não morreram.

Eu fui de frente com o foguete, só que eles sumiram por um tempo, quando apareceram entramos na troca de tiro fudida. Quando eles foram descendo eu pensei que já estava ganho, aí eles viram pra cima e depois de um tempo meteram o pé vendo que nós não ia abrir espaço.

Esse tempo que eles sumiram pelo morro foi porque estavam varrendo as três baca principalmente da favela. Limparam geral, levaram tudo e metade um uma quarta, só não pegaram tudo dessa porque chegaram tacando bala, aí foi onde eles correram pra fora aparecendo nas ruas principais.

Anna: esse ponto aí - apontou com a cabeça pra minha perna. Outra parada que me prejudicou hoje, por causa da dor eu vacilei pra caralho. Tava impossível de correr, abriu os pontos no meio do conflito, tive que ir só de berrada - tem que ir no médico

Ret: abriu os pontos - olhei o machado com a coloração diferente - vou passar no postinho depois

Anna: quem entrou? - sai do banheiro indo perto da cama onde estava minha bermuda. Vesti uma cueca, a bermuda preta da Nike e uma camisa vermelha com o verde no peito.

Ret: foi a bope - olhei pra ela passando minha correntes pra fora da blusa - já vazaram já - sorri sem mostrar dos dentes.

Anna: hm- voltei no banheiro vendo ela parar cruzando os braços debaixo dos peitos, deu uma levantada eu lembrei deles na minha boca - vai sair de novo?

Ret: tenho que resolver umas parada - passei meu perfume, olhei meu rosto no espelho arrumando a sombrancelha com a ponta do dedo. Passei a mão na barba no queixo e sorri - muito gostoso - falei saindo - vim só pra tomar um banho e tirar o sangue da perna

Anna: cuidado tá? - parei na frente dela - não perde um membro do corpo não, tá bom - ri negando com a cabeça - tô falando sério William

Ret: tá bom, aninha. Vou tentar voltar inteiro - beijei a testa dela saindo entre o espaço que ela estava na porta. Desci rodando a chave da moto no pulso e fui pra fora saindo com a moto.

Tô martelando essa invasão desde que acabou. Eles foram certinho nas banca, sabiam até onde estava das drogas. Pra mim não é coincidência o vt ter vindo aqui no mesmo dia que os cara entrou, tem dedo dele e de mais gente, gente que falou onde eles encontrariam as drogas nas bancas. Vou achar cada um que tá nessa história, tô batendo no peito tendo disposição pra caça cada um que tá tentando passar a perna em mim.

Acerola: levaram as minhas também - desci da moto, guardei a chave no bolso e caminhei vendo ele pular de uma laje pra cá pra baixo no beco. Não é alto, ele caiu de pé e eu vi seu rosto todo estourado - eu pulei no beco dando de cara com eles

Ret: caralho muleque - fiz careta pra ele. Um dos olhos estava inchado quase fechando, uns arranhão pela bochecha, o outro olho estava roxo também....feião - acabaram contigo

Acerola: quase quebraram minha costela - ele levantou a camisa revelando a costela toda fudida - arriei, patrão

Ret: já não era bonito, estragaram mais ainda - ele riu - mas eu quero meu dinheiro das drogas perdida - apontei o dedo pra ele - foi pega contigo, vacilão

Amante Do Perigo  - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora