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E D G A R (tio)

Parei a mão na cabeça vendo o carro sair acelerando pela rua com duas motos do lado. Eu entro em desespero, sinto minha arma no cós querendo pegar ela e atirar no carro daquele filho da puta.

Olho pra dentro do restaurante todo mundo nervoso e agitados, alguns chorando e me olhando andar de ado para o outro. Tento agir como eles, pra não cair pra cima de mim já que várias pessoas me viram com ela

Procuro meus seguranças pela rua com o olhar, mas lembro que mandei eles não virem por causa da Anna. Queria deixar ela confortável pra me falar sobre ela, no final eu que deixei ela desconfortável por não conseguir tirar aquela garota tão parecida com ela da minha cabeça. Meu sangue fever por ter subestimando o rei, não achei que ele fosse capaz de fazer algo a esse nível.

Pra mim ele não passa de um muleque no corpo de trinta e três anos. Se dependesse de mim ele nem tinha entrado na família, só de olhar pra ele pela primeira vez, eu já sabia que ele não era bom investimento. Agora eu tenho certeza.

Eu não posso fazer nada agora, por mais que isso vá criar uma guerra, tenho certeza que rei não vai fazer nada com ela, disso eu tenho certeza. Rei é apaixonado na Anna, de um jeito maluco, mas é e não esconde. O problema é que ele é doente.

É minha culpa essa situação que vai se formar, mas não só minha e para o pai querer entrar pra resolver eu tenho que ir pra outro lugar agora, não posso ir atrás dela e nem me preocupar com isso nesse momento. Eu preciso de resposta se não vai pior tudo.

Pego meu celular do bolso interno do palito ligando pra uns dos seguranças, minha mão treme de tanta raiva. Eu queria ter pegado minha pistola e enchido ele de bala quando vi ela sendo colocada no carro dele. Rei não faz ideia de onde está se metendo, se fosse um pouco mais esperto não estaria mechendo com ela.

Tio: comillo? - tento buscar ar em meio as palavras - tô precisando da sua ajuda

Camillo: tio? O que aconteceu...- parece levantar de algum lugar - tá por onde?

Tio: eu tô em um restaurante...- olho pra trás vendo a placa com o nome - o rei veio aqui, pegou ela

Camillo: não..- fala nervoso - caralho! Você tá bem tio?

Tio: tô bem - coço minha nunca olhando pro chão vendo o frasco da bomba que fez tudo ficar uma nuvem branca impossível de vê qualquer coisa - eu preciso fazer uma coisa, vai pro alemão e conta pro Ret, fala que eu chego lá daqui a pouco

Camillo: e o pai, ele sabe? - respiro fundo - tio ele não vai gostar de saber, não era pra você ter levado ela sem os seguranças

Tio: Camillo faz o que eu falei, vai pra lá e conta que levaram ela. Com o pai eu me resolvo

Desligo sem deixar ele falar mais nada. Viro para as pessoas saindo nervosas do lugar e entro meu carro na minha frente. Não demora muito pras pessoas chamarem a polícia, ainda mais por ser bairro da sona sul e se eu for pego aqui com minha arma acaba pra mim.

Acelero saindo do foco que a rua ganhou, já surgiu muitas pessoas em volta do restaurante, olho pelo retrovisor e vejo o garçom parado no meio da rua olhando meu carro. Se ele abri a boca é o fim pra ele mesmo.

Amante Do Perigo  - Filipe RetWhere stories live. Discover now